Aquilino Polaino-Lorente
Catedrático de psicopatologia na Universidade Complutense de Madri. Doutor em medicina, laureado em psicologia e filosofia. Estudos nas universidades de Madri, Colônia, Heidelbert, Munique, Georgetown (EUA). Autor de mais de cinqüenta livros e monografias e mais de trezentos artigos em publicações nacionais e internacionais.
[Resumo]
Passamos, com uma rapidez surpreendente, de uma reivindicação a outra, por parte dos grupos homossexuais. A intensificação foi bem orquestrada e parece não se embater senão contra uma vaga oposição, que teme ser taxada de “homofobismo” e, por isso mesmo, destinada a ser alvo de ataques. Após sua ruptura com a psicanálise e com os psicanalistas, depois da Segunda Guerra Mundial, os grupos homossexuais não mais cessaram de proclamar de modo frequentemente desproporcional se não mesmo agressivo, Sua “normalidade”. Neste exercício de autojustificação, a exigência do “não-desgaste” e dos “direitos à homossexualidade” assumiu rapidamente forma de uma exigência de legitimação civil. Por isso, a proposta de “contratos” ou de “pactos” tornou-se um cavalo de batalha dos grupos homossexuais.
Chegamos hoje à exigência de um “matrimônio” homossexual, para o qual seriam concedidos os mesmos direitos do verdadeiro matrimônio. Recentemente, alguns países incluíram na sua legislação um “matrimônio” desse tipo. Agora, alguns “casais” homossexuais reclamam o direito de adotar crianças. A própria ideia de um “matrimônio” homossexual é uma mistificação que contradiz a própria essência do matrimônio.
Numa época em que a proteção da instituição familiar deveria estar em primeiro lugar nas preocupações dos governos dos países ricos, pressionados pelo inverno demográfico e pela crescente criminalidade dos jovens nascidos de famílias separadas e de “famílias” reconstruídas, a proposta de um “matrimônio” homossexual e o fato que ela seja levada a sério pelos governantes demonstra uma profunda desordem nas mentes desses países.
(Discriminação da mulher e CEDAW; Homossexualidade e homofobia; Identidade e diferença sexual; Igualdade de direitos entre homens e mulheres; Uniões de fato).
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Leia o texto integral, entre outros, em Lexicon: termos ambíguos e discutidos sobre família, vida e questões éticas, Pontifício Conselho para a Família, Edições CNBB.