Conselho Pontifício para a Família: Família e Desenvolvimento sustentável

Alban D´Entremont

Professor. Doutor em geografia (Universidade de Navarra). Laureado em sociologia (Universidade de Sainte-Anne, Canadá). Professor da Livre Universidade das Américas. Membro da União Geográfica Internacional, da National Geografic Society e da Fundação Interamericana Ciência e Vida. Vários livros, mais de cem artigos sobre população, economia, sociedade, família, política e geografia.

[Resumo]
                                               
O termo “desenvolvimento sustentável” refere-se à necessidade que as sociedades humanas sentem de tornar proporcional o seu desenvolvimento – particularmente demográfico – aos recursos que lhes são disponíveis, salvaguardando tais recursos para as gerações futuras e respeitando o equilíbrio ecológico e a diversidade biológica do planeta. Este termo vem frequentemente associado às táticas de planejamento familial; sobretudo em relação ao número de filhos. Somos hoje extremamente sensíveis ao devido respeito pelo ambiente natural. O homem deve administrar a natureza de forma responsável. O papa João Paulo II chegou a falar de uma “ecologia humana”.
O modo de se comportar em relação ao ambiente que nos circunda não pode causar dano aos nossos contemporâneos, nem hipotecar a qualidade de vida das futuras gerações. Em vista de um desenvolvimento duradouro, o homem deve evitar a dissipação dos recursos naturais e a degradação do ambiente que o circunda, particularmente quando ela se dá sob o efeito de uma poluição incontrolável. Observa-se em nossos dias o surgimento de uma concepção de ecologia muito radical, segundo a qual o homem seria o produto de uma evolução da matéria e destinado a uma morte definitiva. Deveria, pois, submeter-se às “leis naturais “, ou seja, àquilo que lhe impõe “a natureza”. Nas suas formas mais radicais, tal visão holística do mundo requer uma “carta dos direitos da Terra” e em particular a instauração de um culto novo: o culto de Gaia, a Terra-mãe. Na realidade, é na família que o homem aprende a administrar de forma responsável, a criação que ele recebe de Deus e na qual é convidado a descobrir e seguir os sinais de Deus. É também na família que o homem descobre o pleno significado do trabalho humano, enquanto é cooperação com a obra criadora de Deus e serviço à comunidade humana.
 
(Controle dos nascimentos e implosão demográfica; Demografia, transição demo- gráfica e política demográfica; Economia doméstica; Família e princípio de subsidiariedade; Implosão demográfica na Europa?; Leis imperfeitas e iníquas; Novo modelo de “Welfare State”)

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Leia o texto integral, entre outros, em Lexicon: termos ambíguos e discutidos sobre família, vida e questões éticas,  Pontifício Conselho para a Família, Edições CNBB.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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