Jean D. Lecaillon
Professor da Universidade Panthéon-Assas (Paris II). Doutor d´Etat em ciências econômicas. Membro do Comitê Europeu sobre a População do Conselho da Europa. Numerosas publicações.
[Resumo]
A economia doméstica se exprime em diversas manifestações: a produção, a riqueza, o valor, a atividade (ou trabalho) doméstica etc. A definição de produção está-se refinando ao longo dos séculos: da produção agrícola ao artesanato, do capital ao trabalho, da indústria ao comércio, da utilidade à satisfação das necessidades. Com o propósito de análise e comparação da riqueza e da performance global das políticas no espaço e no tempo para os políticos, a mídia, o mundo dos negócios, o público, a referência essencial é o conceito de Produto interno bruto (PIR). Este conceito exclui todos os processos puramente naturais e todos os bens e serviços produzidos mas não comerciáveis. Isto torna difícil a definição do limite da produção, em particular quando se trata dos serviços prestados e, de forma mais especifica, os serviços domésticos. Dado que o PIR não reflete o bem-estar nem considera a produção de serviços domésticos, recorre-se a um outro conceito: o de economia paralela, que inclui uma vasta gama de atividades, do mercado negro à atividade ilegal, até ao voluntariado e ao trabalho doméstico. No último caso, a complexidade da avaliação reside em determinar sua natureza, os modos de avaliação, a análise econômica. Também a inclusão sob o perfil de renda ampliada não resolve adequadamente o problema, porque o valor do tempo não é unívoco.
(Controle dos nascimentos e implosão demográfica; Demografia, transição demográfica e política demográfica; Família e desenvolvimento sustentável; Família e princípio de subsidiariedade; Implosão demográfica na Europa?; Novo modelo de “Welfare State”).