Dorotas Kornas-Biela
Professor de artes. Doutor em filosofia-psicologia. Professor visitante da Escola de Medicina da Universidade de Harvard. Mais de cem publicações científicas.
[Resumo]
A indústria midiática difunde a propaganda da cultura da morte e revela seus inumeráveis aspectos. Uma análise de cada um destes aspectos revela-nos um nexo constante entre mentira e violência. As próprias crianças são engolidas pelo aluvião da secularização. Um dos discursos, usados por potentes organizações públicas e privadas e divulgados pelos meios de comunicação, exalta enfaticamente os direitos da criança. Este discurso segue os traços da retórica dos direitos individuais da mulher:
Seria urgente – segundo este discurso – proclamar o direito das crianças e, mais especificamente dos adolescentes, ao acesso a uma liberdade sexual sem restrições, à contracepção, ao aborto. Aos pais não caberia o dever e nem mesmo o direito de exercer sua responsabilidade na formação afetiva dos filhos. Há quem insinue que os pais sejam os inimigos virtuais dos seus próprios filhos. Estes deveriam ser abandonados a si mesmos e entregues a outros. É este exatamente o problema, porque, mesmo admitindo que o discurso midiático procura proteger as crianças de qualquer violência sexual, o efeito que produz é na realidade o oposto. À força de invocar uma concessão dos direitos da criança, que não considera, contudo, a imaturidade desta idade, o discurso midiático expõe a criança a várias formas de violência sexual. Cria-se assim, em nome dos “novos direitos”, uma zona minada, onde se movem os mercadores da violência e da morte.
(Dignidade da criança; Direitos das crianças; Família e direitos dos menores; Paternidade responsável; Personalização; Pessoa e procriação integral; Trabalho infantil).
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Leia o texto integral, entre outros, em Lexicon: termos ambíguos e discutidos sobre família, vida e questões éticas, Pontifício Conselho para a Família, Edições CNBB.
Conselho Pontifício para a Família: Direitos da criança, violência e exploração sexual
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