Gérard-François Dumont
Professor, economista e geógrafo. Professor da Universidade La Sorbonne de Paris. Membro de seção do Conselho Econômico e Social da França. Autor de mais de vinte livros e duzentos e cinquenta publicações.
[Resumo]
É frequente hoje evocar o espectro de uma “explosão demográfica” e convencer-se de poder encontrar no crescimento da população a causa da pobreza de muitas nações. Na realida- de, a demografia é frequentemente invocada abusivamente, para conferir uma aparência de justificação cientifica a programas de ação, com forte conotação ideológica. É, portanto, necessário considerar os ensinamentos da ciência da população para compreender a notável diversidade das situações, como também para apreender os mecanismos que explicam o porquê e em que modo as evoluções demográficas variam no tempo e no espaço, Estes mesmos ensinamentos exigem uma atenta análise das políticas de desenvolvimento. Ciência humana e social – se assim se pode definir -, a ciência da população não pode limitar-se a dados contáveis, Ela é, certamente, fruto da observação e da experiência histórica, Mas denuncia as diagnoses errôneas, sobre cuja base se pode arquitetar somente planos de ação tanto mais inaceitáveis quando postulam métodos mais ou menos abertamente coercitivos. Assim, uma vez posta ao reparo de qualquer manipulação ideológica, a ciência da população é chamada a esclarecer os processos de decisão política, onde a família e as nações serão os primeiros beneficiários.
(Controle dos nascimentos e implosão demográfica; Economia doméstica; Família e desenvolvimento sustentável; Família e princípio de subsidiariedade; Implosão demográfica na Europa?; Leis imperfeitas e iníquas; Novo modelo de “Welfare State”, Paternidade responsável).
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Leia o texto integral, entre outros, em Lexicon: termos ambíguos e discutidos sobre família, vida e questões éticas, Pontifício Conselho para a Família, Edições CNBB.