Maria Luisa Di Pietro
Doutora em medicina e cirurgia. Professora associada de bioética na Faculdade de Medicina e Cirurgia da Universidade Católica Sacro Cuore. Membro do Comitê Nacional de Bioética Italiano. Publicou mais de duzentos trabalhos sobre deontologia médica, educação sanitária e sexualidade.
[Resumo]
O termo “contragestação” lançado pelo professor Bealieu quando apresentava a ‘pílula abortiva” RU486 – o mifepristone – não teve nenhum impacto na linguagem habitual, porque aquilo que pretendia designar quase como um eufemismo – o aborto químico precoce – hoje quase não levanta mais objeções. Este termo conserva, porém, seu valor descritivo e explicativo, em particular para as pessoas sensíveis à surpreendente banalização do aborto que os contraceptivos – e em primeiro lugar está o mifepristone associado às prostaglandinas- introduziram onde seu uso foi difundido. Enquanto isso, embora tenha sido eliminado do procedimento tudo o que implique hospitalização e tudo pareça acontecer com “delicadeza”, a realidade do aborto persiste. O pior é que a mulher que ingere o mifepristone é deixada a sós com a receita, a sós para confrontar-se com o drama que nela se produz, a sós também para sofrer os efeitos secundários e as complicações de um medicamento, do qual o mínimo que se pode dizer é que não respeita nem o corpo, nem a vida, nem a consciência, nem a alma.
(Contracepção pré-implantatória e de emergência; Dignidade do embrião humano;
Maternidade sem riscos; Seleção e redução embrionária; Status jurídico do embrião humano).
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Leia o texto integral em Lexicon: termos ambíguos e discutidos sobre família, vida e questões éticas, Pontifício Conselho para a Família, Edições CNBB.
Conselho Pontifício para a Família: Contragestação
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