Como foi o processo de beatificação de João Paulo II

Os passos
que permitiram o anúncio

CIDADE DO
VATICANO, segunda-feira, 17 de janeiro de 2011 (ZENIT.org) – A causa de beatificação de João Paulo II
começou mais cedo que de costume, mas o seu processo seguiu os passos normais
previstos para qualquer causa, confirmou a Santa Sé nessa sexta-feira.

Uma nota
informativa da Congregação para as Causas dos Santos explica quais foram os
passos que permitirão elevar Karol Wojtyla aos altares no próximo 1º de maio,
domingo da Divina Misericórdia. 

O anúncio
foi feito depois que Bento XVI autorizou a promulgação do decreto sobre o
milagre atribuído à intercessão do venerável servo de Deus. Este ato encerra a
etapa precedente ao rito de beatificação.

O
dicastério vaticano esclarece que “a causa, por dispensa pontifícia,
começou antes de passarem cinco anos da morte do servo de Deus, como é exigido
pela normativa vigente”. 

“Esta
medida foi solicitada pela imponente fama de santidade que João Paulo II teve
em vida, na morte e depois da morte. No mais, todas as disposições canônicas
comuns das causas de beatificação e canonização foram observadas
integralmente”.

“De
junho de 2005 a
abril de 2007, foi realizada a investigação diocesana principal romana e as
rogatoriais em várias dioceses, sobre a vida, as virtudes, a fama de santidade
e os milagres”. 

“A
validade jurídica dos processos canônicos foi reconhecida pela Congregação para
as Causas dos Santos com o Decreto de 4 de maio de 2007”. 

“Em
junho de 2009, examinada a Positio, nove consultores teólogos da
Congregação deram parecer positivo ao heroísmo das virtudes do servo de Deus.
Em novembro, seguindo o procedimento habitual, a mesma Positio foi
submetida ao juízo dos cardeais e bispos da Congregação para as Causas dos
Santos, cuja sentença foi afirmativa”.

“Em 19
de dezembro de 2009, o Sumo Pontífice Bento XVI autorizou a promulgação do
decreto sobre a heroicidade das virtudes”.

“Em
vista da beatificação do venerável servo de Deus, a postulação da causa
apresentou para exame da Congregação para as Causas dos Santos a cura do
“mal de Parkinson” da irmã Marie Simon Pierre, religiosa das
Irmãzinhas das Maternidades Católicas (Cf. ZENIT, O
milagre que permitirá a beatificação de João Paulo II
).

“Como
de praxe, as numerosas atas da investigação canônica, regularmente instruída,
junto com os detalhados exames médico-legais, foram submetidos ao exame
científico da Consulta Médica da Congregação para as Causas dos Santos, em 21
de outubro de 2010. Os peritos, depois de estudarem com a habitual minúcia os
testemunhos processuais e toda a documentação, concluíram que a cura era
cientificamente inexplicável”. 

“Os
consultores teólogos, depois de revisadas as conclusões médicas, iniciaram em
14 de dezembro de 2010 a
ponderação teológica do caso. Reconheceram por unanimidade a unicidade, a
antecedência e a invocação coral dirigida ao Servo de Deus João Paulo II, cuja
intercessão tinha sido eficaz para a cura milagrosa”.

“Por
último, em 11 de janeiro de 2011, ocorreu a sessão ordinária de cardeais e
bispos da Congregação para as Causas dos Santos, que emitiu um parecer unânime
e afirmativo, considerando milagrosa a cura da irmã Marie Simon Pierre, como
realizada por Deus de modo cientificamente inexplicável, depois de rogada a
intercessão do Papa João Paulo II, invocado com confiança tanto pela pessoa
curada como por muitos outros fiéis”.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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