Carta da Congregação para o Clero: Identidade missionária do presbítero na Igreja (Parte 3)

No âmbito
do munus sanctificandi:

1. O
exercício do munus sanctificandi está também ligado à capacidade de transmitir
um sentido vivo do sobrenatural e do sagrado, que fascine e conduza a uma real
experiência de Deus, existencialmente significativa.

Faz parte
de toda celebração sacramental a proclamação da Palavra de Deus, dado que o
sacramento exige a fé de quem o recebe. Esse fato é já uma primeira indicação
de como o ministério presbiteral, na administração dos sacramentos e de modo
especial na celebração da Eucaristia, possui uma dimensão missionária
intrínseca, que pode ser desenvolvida como anúncio do Senhor Jesus e de seu
Reino àqueles que pouco ou, até agora, nada foram evangelizados.

2. É
preciso, ainda, sublinhar que a Eucaristia é o ponto de chegada da missão. O
missionário deve ir em busca das pessoas e dos povos para levá-los à mesa do
Senhor, prenúncio escatológico do banquete de vida eterna com Deus, no céu, que
será a realização plena da salvação, segundo o desígnio redentor de Deus. Será
preciso, portanto, uma grande, calorosa e fraterna acolhida daqueles que vêm
pela primeira vez à Eucaristia, ou a esta voltam, depois de terem sido
instruídos pelos missionários.

Além disso,
a Eucaristia tem uma dimensão de envio missionário. Cada Santa Missa, ao seu
final, envia todos os participantes a atuar missionariamente na sociedade. A
Eucaristia, como memorial da Páscoa do Senhor, torna presente, sempre de novo,
a morte e a ressurreição de Jesus Cristo, que, por amor ao Pai e a nós, deu a
vida por nossa redenção, amando-nos até o fim. Esse sacrifício de Cristo é a
ação suprema de amor de Deus pelos homens.

A
comunidade cristã, ao celebrar a Eucaristia e ao receber dignamente o
sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus, fica profundamente unida ao Senhor e
cumulada de seu amor desmedido. Ao mesmo tempo, todas as vezes recebe de novo o
mandamento de Jesus: «Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei», e se sente
impelida pelo Espírito de Cristo a ir e anunciar a todas as criaturas a Boa
Nova do amor de Deus e da esperança, certa de sua misericórdia salvadora. No
Decreto Presbyterorum ordinis, o Concílio Vaticano II diz: «A Eucaristia é a
fonte e o ápice de toda a evangelização» (no 5). Portanto, é fundamental que os
sacerdotes tenham o cuidado de celebrar cotidianamente a Eucaristia, mesmo na
ausência do povo.

3. Os
outros sacramentos também recebem sua força santificante da morte e
ressurreição de Cristo e, assim, proclamam a misericórdia indefectível de Deus.
A própria celebração dos sacramentos, bela, condigna e devota, respeitando
todas as normas litúrgicas, transforma-se numa evangelização muito especial
para os fiéis presentes. Deus é Beleza, e a beleza da celebração litúrgica é um
dos caminho que nos conduz a seu mistério.

4. Devemos
rogar ao Senhor que desperte a vocação missionária da comunidade eclesial, de
seus pastores e membros. Jesus disse: «A colheita é grande, mas os
trabalhadores são poucos! Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie
trabalhadores para sua colheita!» (Mt 9,37-38). A oração tem uma enorme força
diante de Deus. Jesus nos assegura dessa força: «Pedi e vos será dado» (Mt
7,7); «Tudo o que, na oração, pedirdes com fé, vós o recebereis!» (Mt 21,22);
«o que pedirdes em meu nome, eu o farei, a fim de que o Pai seja glorificado no
Filho. Se pedirdes algo em meu nome, eu o farei» (Jo 14,13-14).

5. É
oportuno recordar que o sacramento da Reconciliação, na forma da confissão
individual, possui uma profunda e intrínseca missionariedade. O sacerdote é
chamado, para a fecundidade da missão que lhe está confiada e para sua
santificação, a ser solícito, em primeiro lugar em seu próprio benefício, na
celebração regular e freqüente desse sacramento e, ao mesmo tempo, a ser seu
fiel e generoso ministro.

6. O
ministério pastoral do presbítero está a serviço da unidade da comunidade
cristã. A regeneração do povo cristão e o cuidado com a dimensão comunitária da
experiência cristã são, por isso, a primeira tarefa missionária do presbítero.

7.
Concluindo, o presbítero deverá entender melhor a natureza da sede que
atormenta, às vezes até inconscientemente, os homens e as mulheres de nosso
tempo: sede de Deus, de uma experiência e doutrina de verdadeira salvação, de
um anúncio da verdade sobre o destino último, pessoal e comunitário, de uma
religião cristã que seja capaz de permear toda a organização da vida e dia a
dia a transforme cada vez mais. [34] Uma sede que só o Senhor Jesus poderá, em
última instância, satisfazer, tendo sempre presente que «a caridade pastoral
constitui o princípio interior e dinâmico capaz de unificar as múltiplas e diversas
atividades pastorais do presbítero ». [35]

No âmbito
do munus regendi:

1. São
indispensáveis a preparação e a organização da missão nas comunidades
eclesiais, nas paróquias. Uma boa preparação e uma organização clara da missão
já constituem um penhor de êxito frutuoso. Obviamente, o primado da graça não
pode ser esquecido, deve ser evidenciado. O Espírito Santo é o primeiro
operador missionário. Por isso, é preciso invocá-lo insistentemente e com muita
confiança. Será ele que acenderá aquele fogo novo, aquela paixão missionária
que é necessária nos corações dos membros da comunidade. Mas é necessário o
concurso da liberdade humana. Os pastores da comunidade devem pensar, também do
ponto de vista organizacional, nas formas mais incisivas e oportunas de missão.

2. É
preciso buscar a execução de uma boa metodologia missionária. A Igreja tem
disso uma experiência bimilenar. Todavia, cada época histórica traz consigo
novas circunstâncias, que devem ser levadas em consideração ao estabelecer como
praticar a missão. Há muitas metodologias já elaboradas e comprovadas na práxis
das Igrejas particulares. As Conferências Episcopais e as dioceses poderiam
oferecer oportunas indicações sobre esse ponto.

3. É
preciso que nos dirijamos, em primeiro lugar, aos pobres das periferias urbanas
e das zonas rurais. São eles os destinatários prediletos do Evangelho. Isso
significa que o anúncio deve ser acompanhado por uma ação eficaz e amorosa de
promoção humana integral. Jesus Cristo deve ser proclamado como uma boa notícia
para os pobres. Estes devem-se sentir contentes e cheios de segura esperança em
virtude desse anúncio. [36]

4. Seria
oportuno que a missão na paróquia e na diocese não se reduzisse a um período
determinado. A Igreja é, por sua própria natureza, missionária. Assim, a missão
deve fazer parte das dimensões permanentes do ser e do agir da Igreja. Por
conseguinte, a missão deve ser permanente. É claro que podem existir períodos
mais intensos, mas a missão não deveria jamais ser dada por concluída ou
interrompida. Antes, a missionariedade deve ser firme e amplamente integrada na
própria estrutura da atividade pastoral e da vida da Igreja particular e de
suas comunidades.

Isso
poderia levar a uma autêntica renovação, e viria a constituir um elemento muito
válido para revigorar e rejuvenescer a Igreja nos dias de hoje. É permanente,
também, a missionariedade dos próprios presbíteros, os quais, independentemente
do ofício exercido e da idade cronológica, são chamados à missão sempre até o
último dia de sua existência terrena, porque a missão está indissoluvelmente
ligada à ordenação que receberam.

3.4. A
formação missionária dos presbíteros

Todos os
presbíteros devem receber uma formação missionária específica e cuidadosa, dado
que a Igreja quer empenhar-se, com renovado ardor e urgência, na missão ad
gentes e numa evangelização missionária, dirigida a seus batizados, de modo
particular àqueles que se afastaram da participação na vida e atividade da
comunidade eclesial. Essa formação deveria ter início já no seminário, sobretudo
mediante a direção espiritual e um estudo cuidadoso e aprofundado do sacra-
mento da Ordem, a fim de salientar como a dinâmica missionária é intrínseca ao
sacramento.

Aos
presbíteros já ordenados muito beneficiará, e pode-se até tornar necessária, a
formação missionária, integrada no programa de formação permanente. A
consciência, por um lado, da urgência da missão e, por outro, da formação e
espiritualidade missionárias talvez insuficientes do presbitério há de indicar,
a cada Bispo ou Superior Maior, as medidas que devem ser tomadas para dar
início a uma renovada preparação para a missão e a uma mais profunda e
estimulante espiritualidade missionária nos presbíteros.

Parece-nos
útil destacar que um dos principais aspectos da missão é a tomada de consciência
de sua urgência, que inclui o aspecto da formação dos candidatos ao ministério
presbiteral, com sua específica vertente missionária.

Se o número
de vocações vem crescendo globalmente no mundo, embora ainda modestamente
(isso, enquanto sobretudo o Ocidente desperta algumas apreensões), o aspecto
absolutamente determinante para o futuro da Igreja é a formação: um sacerdote
com uma identidade clara e específica, com uma sólida formação humana,
intelectual, espiritual e pastoral, gerará mais facilmente novas vocações, pois
viverá a consagração como missão e, contente e seguro do amor que o Senhor tem
por sua existência sacerdotal, saberá difundir o «bom perfume de Cristo » ao
seu redor e viver cada instante de seu ministério como uma oportunidade missionária.

Mostra-se
cada vez mais urgente, então, criar um «círculo virtuoso» entre o tempo da
formação no seminário e o do ministério ini- cial e da formação permanente.
[37] 37 Esses momentos devem permanecer firmemente unidos e absolutamente
harmônicos, para que também nessa obra o clero possa tornar-se cada vez mais
plenamente o que é: uma pérola preciosa e indispensável, oferecida por Cristo à
Igreja e à humanidade inteira.

Conclusão

Se a
missionariedade é um elemento constitutivo da identidade eclesial, devemos ser
gratos ao Senhor, que renova, também por intermédio do Magistério pontifício
recente, essa clara consciência em toda a sua Igreja, e em particular nos
presbíteros.

A urgência
missionária no mundo é verdadeiramente grande e exige uma renovação da
pastoral, no sentido de que a comunidade cristã deveria conceber-se em «missão
permanente», tanto ad gentes como onde a Igreja já está estabelecida, ou seja,
indo em busca daqueles que batizamos e têm o direito de ser evangelizados por
nós.

As melhores
energias da Igreja e dos presbíteros sempre foram empregadas no anúncio do
querigma, que é a essência da missão que nos foi dada pelo Senhor. Essa «
tensão missionária » permanente não poderá deixar de ser útil também à
identidade do presbítero, que, precisamente no exercício missionário dos tria
munera, encontra o principal caminho para sua santificação pessoal e, portanto,
também para sua plena realização humana.

Além disso,
o envolvimento real e efetivo de todos os membros do Corpo eclesial (bispos,
presbíteros, diáconos, religiosos, religiosas e leigos) na missão favorecerá a
experiência de unidade visível, tão essencial à eficácia de todo e qualquer
testemunho cristão.

A
identidade missionária do presbítero, para se manter, deve olhar
incessantemente para a Bem-Aventurada Virgem Maria, que, cheia de graça, foi
levar e apresentar o Senhor ao mundo e que continua, sem- pre, a visitar os
homens de todos os tempos, ainda peregrinos neste mundo, para mostrar-lhes o
rosto de Jesus de Nazaré, Senhor e Cristo, e para introduzi-los na comunhão
eterna com Deus.

Vaticano,
29 de junho de 2010

Solenidade
de São Pedro e São Paulo

[1] CONC.
ECUM. VAT. II, Decr. Ad gentes, 2; cf. também 5-6; 9-10; Const. dogm. Lumen
gentium, 8; 13; 17; 23; Decr. Christus Dominus, 6.

[2] Cf.
PAULO VI, Exort. ap. Evangelii nuntiandi (8 de dezembro de 1975), 2; 4-5; 14;
JOÃO PAULO II, Cart. enc. Redemptoris missio (7 de dezembro de 1990), 1; ID.,
Cart. ap. Novo millennio ineunte (6 de janeiro de 2001), 1; 40; 58.

[3] BENTO
XVI, falando aos bispos alemães durante a Jornada Mundial da Ju- ventude
(2005), disse: «Sabemos que o secularismo e a descristianização estão a
alastrar-se, que o relativismo cresce e que a influência da ética e da moral
católicas diminui cada vez mais. Não poucas pessoas abandonam a Igreja ou
então, se nela per- manecem, somente aceitam uma parte do ensinamento católico,
escolhendo apenas determinados aspectos do cristianismo. Permanece preocupante
a situação religiosa no Leste, onde sabemos que a maioria da população ainda
não recebeu o batismo, não mantém qualquer contato com a Igreja e muitas vezes
não tem nenhum conhe- cimento acerca de Cristo e da Igreja. […] Diletos
Irmãos, vós mesmos afirmastes […]: ‘Nós tornamo-nos terra de missão’. […]
Deveríamos refletir seriamente sobre o modo como hoje podemos realizar uma
verdadeira evangelização […]. As pessoas não conhecem a Deus, não conhecem a
Cristo. Existe um novo paganismo e não é suficiente que procuremos manter o
rebanho já existente, embora isso seja muito importante; mas impõe-se esta
grande interrogação: o que é realmente a vida? Penso que todos juntos devemos
procurar descobrir novos modos de apresentar o Evange- lho ao mundo
contemporâneo, anunciar de novo Cristo e estabelecer a fé » (Disc. no Seminário
de Colônia, 21 de agosto de 2005). Ao Clero de Roma, Bento XVI, no início do
pontificado, sublinhou a importância da Missão na Cidade, já em andamento (cf.
Discurso ao Clero de Roma [13 de maio de 2005]). Em sua viagem ao Brasil, em
maio de 2007, para abrir a 5a Conferência Geral do Episcopado da América Latina
e do Caribe, cujo tema era « Discípulos e missionários de Jesus Cristo, para
que n’Ele os nossos povos tenham vida », o Papa encorajou os Bispos brasileiros
a uma verdadeira «missão», voltada àqueles que, mesmo tendo sido batizados por
nós, por diversas circunstâncias históricas não foram suficientemente
evangelizados (cf. Discurso aos Bispos do Brasil na Catedral da Sé, em São Paulo [11 de maio de
2007]).

[4] Entre
os textos da missão encontramos Jo 3,14; 4,34; 5,23-24.30.37; 6,39.44.57;
7,16.18.28; 8,18.26.29.42; 9,4; 11,42; 14,24; 17,3.18; 1 Jo 4,9.14.

[5] Cf.
Catecismo da Igreja Católica, 690.

[6] Cf.
também JOÃO PAULO II, Exort. ap. pós-sinodal Pastores dabo vobis (25 de março
de 1992), 22.

7 Ibid., 12:
«A referência a Cristo é, então, a chave absolutamente necessária para a
compreensão das realidades sacerdotais ».

[8] Cf.
CONC. ECUM. VAT. II, Const. dogm. Lumen gentium, 28.

[9] Cf.
Catecismo da Igreja Católica, 1582.

[10] Cf.
BENTO XVI, Homilia para a Santa Missa Crismal (9 de abril de 2009); JOÃO PAULO
II, Exort. ap. pós-sinodal Pastores dabo vobis (25 de março de 1992), 12;
16. 

[11] BENTO
XVI, Discurso aos participantes da Plenária da Congregação para o Clero (16 de
março de 2009). É, sem dúvida, o batismo que torna todos os fiéis « homens no-
vos ». O sacramento da Ordem, portanto, se por um lado especifica e atualiza o
que os presbíteros têm em comum com todos os batizados, por outro revela qual é
a na- tureza própria do sacerdócio ordenado: permanecer em tudo orientado para
Cristo, cabeça e pastor da Igreja, servir à nova criação que nasce do banho
batismal: Vobis enim sum episcopus – afirma Agostinho – vobiscum sum
christianus.

[12] Cf.
CONC. ECUM. VAT. II, Decr. Presbyterorum Ordinis, 4-6. Sobre os tria munera
debruça-se também longamente João Paulo II, Exort. ap. pós-sinodal Pastores
dabo vobis (25 de março de 1992), 26.

[13] JOÃO
PAULO II, ibid., 32.

[14] Cf.
ibid., 26; JOÃO PAULO II, Cart. enc. Redemptoris missio (7 de dezembro de
1990), 67.

[15] Cf. A.
VANHOYE, Prêtres anciens, prêtre nouveau selon le Nouveau Testament, Paris
1980, 346.

[16] 
JOÃO PAULO II, Exort. ap. pós-sinodal Pastores dabo vobis (25 de março de
1992), 12.

[17] Cf.
CONC. ECUM. VAT. II, Decr. Ad gentes, 1.

[18] Cf.
CONC. ECUM. VAT. II, Declar. Nostra aetate, 1; Const. past. Gaudium et spes,
24; cf. ibid., 29; 22; 92.

[19] Cf.
CONC. ECUM. VAT. II, Const. past. Gaudium et spes, 45.

[20] JOÃO
PAULO II, Exort. ap. pós-sinodal Pastores gregis (16 de outubro de 2003), 9: «
Trata-se efetivamente de funções intimamente ligadas entre si, que
reciprocamen- te se explicam, condicionam e iluminam. Por isso mesmo, o Bispo,
quando ensina, ao mesmo tempo santifica e governa o Povo de Deus; enquanto
santifica, também ensina e governa; quando governa, também ensina e santifica.
Santo Agostinho defi- ne a totalidade deste ministério episcopal como amoris
officium ». O que é dito aqui dos bispos pode também ser aplicado, com as
devidas distinções, aos presbíteros.

[21] Disc.
no Seminário de Colônia (21 de agosto de 2005).

[22] Cf.
JOÃO PAULO II, Exort. ap. pós-sinodal Ecclesia in America (22 de janeiro de
1999), 12.

[23] Na
alocução para a apresentação dos votos de Natal à Cúria Romana, em 21 de
dezembro de 2007, Bento XVI disse: « Nunca se pode conhecer Cristo apenas
teori- camente. Com grande doutrina pode-se conhecer tudo sobre as Sagradas
Escrituras, sem nunca O ter encontrado. É parte integrante do facto de O
conhecer, caminhar juntamente com Ele, entrar nos seus sentimentos, como diz a
Carta aos Filipenses (2, 5). […] O encontro com Jesus Cristo exige escuta,
exige a resposta na oração e em praticar o que Ele nos diz. Com o conhecimento
de Cristo chegamos ao conhecimen- to de Deus, e só a partir de Deus
compreendemos o homem e o mundo, um mundo que de outra forma permanece uma
pergunta sem sentido. Tornar-se discípulos de Cristo é portanto um caminho de
educação para o nosso verdadeiro ser, para o justo ser homens ».

[24] CONC.
ECUM. VAT. II, Const. dogm. Lumen gentium, 9.

[25] CONC.
ECUM. VAT. II, Decr. Presbyterorum ordinis, 10.

[26] Cf.
CONC. ECUM. VAT. II, Const. dogm. Lumen gentium, 28; Decr. Ad gentes, 39; PAULO
VI, Exort. ap. Evangelii nuntiandi (8 de dezembro de 1975), 68; JOÃO PAULO II,
Cart. enc. Redemptoris missio (7 de dezembro de 1990), 67.

[27] O Papa
Bento XVI, estimulando os Bispos brasileiros a « encaminhar a ativi- dade
apostólica como uma verdadeira missão dentro do rebanho que constitui a Igre-
ja Católica », acrescentou que « trata-se efetivamente de não poupar esforços
na busca dos católicos afastados e daqueles que pouco ou nada conhecem sobre
Jesus Cristo. […] Uma missão evangelizadora que convoque todas as forças
vivas deste imenso rebanho. Meu pensamento dirige-se, portanto, aos sacerdotes,
religiosos, religiosas e leigos que se prodigalizam, muitas vezes com imensas
dificuldades, para a difusão da verdade evangélica. […] Neste esforço
evangelizador, a comunidade eclesial se destaca pelas iniciativas pastorais, ao
enviar, sobretudo às casas das periferias urbanas e do interior, seus
missionários, leigos ou religiosos. […] O povo pobre das periferias urbanas
ou do campo precisa sentir a proximidade da Igreja, seja no socorro de suas
necessidades mais urgentes, seja na defesa de seus direitos e na promoção comum
de uma sociedade fundamentada na justiça e na paz. Os pobres são os
destinatários pri- vilegiados do Evangelho, e um Bispo, modelado segundo a
imagem do Bom Pastor, deve estar particularmente atento a oferecer o divino
bálsamo da fé, sem descuidar do ‘pão material’. Como pude evidenciar na
Encíclica Deus caritas est, ‘a Igreja não pode descurar o serviço da caridade,
tal como não pode negligenciar os Sacramentos nem a Palavra’ » (Discurso aos
Bispos do Brasil na Catedral da Sé, em São Paulo [11 de maio de 2007]).

[28] Cf.
Código de Direito Canônico, cân. 229-§1 e 757.

[29] Cf.
CONC. ECUM. VAT. II, Decr. Presbyterorum ordinis, 14.

[30] Cf.
JOÃO PAULO II, Cart. enc. Redemptoris missio (7 de dezembro de 1990), 44.

[31] BENTO
XVI, Exort. ap. Sacramentum caritatis, 84.

[32] Cf.
BENTO XVI, Discurso aos Bispos do Brasil na Catedral da Sé, em São Paulo (11 de maio de
2007), 3.

[33] Cf.
CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Declaração Dominus Iesus (6 de agosto de
2000), 4.

[34] Cf.
CONC. ECUM. VAT. II, Const. dogm

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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