Segundo o ACI Digital (16/05/2024), o papa Francisco abençoou na quarta-feira (15), na audiência geral, três camisas do time de futebol francês Paris Saint-Germain autografadas pelos jogadores Neymar Jr., Lionel Messi e Kylian Mbappé, que serão leiloadas em prol das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. As camisas foram levadas ao Vaticano pelo reitor do santuário do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (RJ), padre Omar Raposo, e pelo casal Carla e Rodrigo Ferro, de Bandeirantes (PR), que doou as camisas de sua coleção particular.
“Na nossa coleção pessoal, nós tínhamos ali aquilo que tanto agrada ao Santo Padre: as camisas raras de Messi, o argentino que ele tanto gosta, assinado e dedicado. Essa camisa é uma das últimas assinadas por ele antes de sair do Paris Saint-Germain. Tínhamos também do Neymar que também logo na sua saída nos presenteou com a sua camiseta; e do próprio Mbappé”, disse Rodrigo Ferro a Vatican News, serviço oficial de notícias da Santa Sé.
Ferro destacou que as camisas abençoadas por Francisco serão “leiloadas pelo Instituto Redentor” e “toda essa verba” será “destinada aos nossos irmãos do Rio Grande do Sul”.
O Rio Grande do Sul enfrenta há mais de 15 dias uma enchente histórica, causada por fortes chuvas. Segundo boletim da Defesa Civil divulgado na quinta-feira (16), às 9h, 458 das 497 cidades do Estado foram atingidas, mais de 90%. Há mais de 2,2 milhões de pessoas afetadas, sendo que 151 morreram, 104 estão desaparecidas, 538.164 estão desalojadas, 77.199 estão em abrigos.
O nível do Guaíba, na capital Porto Alegre, que tinha subido para 5,21 metros na segunda-feira (13), baixou pela primeira vez para menos de cinco metros desde então e na quinta-feira (16) por volta das 5h15 estava em 4,98 metros.
As camisas de Neymar, Messi e Mbappé abençoadas pelo papa Francisco serão leiloadas na modalidade online, a ser divulgado em breve pelos canais oficiais do Cristo Redentor. Segundo o padre Omar, “o motivo” da estada no Vaticano foi “primeiramente rezar por todos” e também “fazer um gesto concreto, pois a fé sem obras é morta”.
“Estávamos ali por um motivo, trazendo as intenções do povo brasileiro, de modo especial, com o coração voltado para a grande dor do nosso país neste momento: o povo gaúcho, o povo do Rio Grande do Sul que está padecendo, com muitos vulneráveis, muitos faleceram, e hoje existe uma grande corrente em todo o Brasil. Um olhar caridoso voltado para o Rio Grande do Sul como algo jamais visto na história deste país”, disse a Vatican News.
A iniciativa do leilão das camisas se soma à campanha SOS Redentor, que está sendo promovida pelo santuário do Cristo Redentor, o Instituto Redemptor e a paróquia São José da Lagoa, no Rio de Janeiro, da qual padre Omar é pároco. Segundo o site oficial do Cristo, toda arrecadação dessa campanha será destinada à arquidiocese de Porto Alegre.
O padre Omar ressaltou a Vatican News que muitas vezes as doações são pontuais e “depois tem uma descontinuidade”. Mas, segundo ele, a campanha SOS Redentor vai durar o “tempo que durar o estágio calamidade pública e de situação de emergência no Rio Grande do Sul”.
“Dou ênfase nisso porque às vezes a gente faz aquelas campanhas emergenciais, pontuais, depois a grande mídia sai, já entra uma outra pauta, aquilo sai da cena e da comoção nacional. Mas o problema continua. Então a gente está começando a educar, a criar um novo caminho, uma nova lógica para as doações. Elas precisam ter recorrência”, disse.
A colaboração com a campanha SOS Redentor pode ser feita pelo siteinstitutoredemptor.com/sos.
