Lahore (Quinta-feira, 16-02-2012, Gaudium Press) A Comissão Nacional “Justiça e Paz” dos bispos do Paquistão apresentou recentemente um recurso oficial à Corte Suprema de Lahore contra o governo do país, pedindo que, nos concursos públicos, não sejam inseridas indicações ou requisitos inerentes à religião islâmica como “o estudo do Corão”.
O protesto da Comissão surgiu após o estudante cristão Aroon Arif obter notas muita elevadas no exame de admissão da Faculdade de Medicina da Universidade estatal de Ciência de Lahore, capital paquistanesa, e não ser admitido na instituição de ensino. Isto porque, segundo a Agência Fides, concorrentes islâmicos ganharam 20 pontos a mais graças a prova de “conhecimento do Corão”.
Criticando a interferência da universidade na escolha religiosa dos alunos, o bispo protestante de Lahore, da “Igreja do Paquistão, Dom Alexander John Malik, declarou que seus pares acreditam firmemente “que fazer as crianças crescerem na religião seja responsabilidade dos pais ou dos familiares, e não de um instituto universitário público, ao qual pode ingressar qualquer estudante, para além de sua fé religiosa”.
Com forma de evitar que a religião decida quem possa ou não entrar na universidade, alguns líderes políticos locais aplicam provas de informática com o intuito de oferecer os 20 pontos extras. Segundo a Comissão “Justiça e Paz”, no entanto, “o importante é acabar com a discriminação institucionalizada com base na religião, removendo referências e preconceitos de natureza religiosa no currículo educativo estatal, que deveria se concentrar nos valores humanos universais”.
De acordo com a agência Fides, a Corte Suprema de Lahore já examinou o recurso no último mês de janeiro e deverá emitir um veredicto em breve.
Com informações da Agência Fides.
Bispos do Paquistão denunciam discriminação contra estudantes cristãos
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