Bento XVI: Padres devem anunciar «toda a vontade de Deus», mesmo que seja «incômoda»

Cidade do Vaticano, 10 Mar (Ecclesia) – Bento XVI afirmou hoje que os padres não se devem abster de “anunciar toda, toda a vontade de Deus”, mesmo a “incômoda”, evitando pregar um cristianismo de acordo com o seu “gosto” e “ideias teológicas”.

As palavras do Papa, citadas pela Rádio Vaticano, foram proferidas, durante o encontro com o clero da diocese de Roma, que se realiza habitualmente no início da Quaresma.

“Não é critério decisivo pensar o que dirão de nós na imprensa”, salientou Bento XVI, para quem é preciso “voltar a aprender” a “felicidade” e a “alegria” de “ser Igreja”, cuja maior beleza “não é triunfalismo mas humildade”.

Depois de frisar que “não se é sacerdote só a tempo parcial”, mas sempre com todo o “coração”, o Papa apelou ao clero da sua diocese para não perder “o zelo” nem “a alegria” de ser chamado por Deus, tendo-o convidado a renovar a sua “juventude espiritual”.

Durante a sessão realizada no Vaticano, o Papa sublinhou também que o sacerdócio não é “uma ocupação, uma profissão útil, bela” de que se gosta e escolhe, mas que “só Deus” pode eleger e constituir sacerdotes.

Para Bento XVI, a meditação da Bíblia “não é tempo perdido” para o cuidado com a vida espiritual dos fiéis, mas condição para “estar realmente em contacto” com Cristo” e assim falar dele “em primeira mão”.

RM

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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