Segundo o ACI (17/02/2022), o padre José Luis Rubio Willen, responsável da Comissão para a Beatificação e a Canonização da Rainha Isabel, a Católica (1451-1504), disse que a causa já está com a Santa Sé e “espera o momento em que o papa veja a oportunidade de sua beatificação. Só falta isso.”
Em declarações ao meio Alfa y Omega, padre Rubio Willen disse que foram inúmeras as graças e favores que a Rainha Isabel a Católica fez, mas que já há um milagre reconhecido realizado por sua intercessão que cumpre o requisito necessário para a sua beatificação.
Trata-se da cura repentina, total e inexplicável de um padre que “estava no hospital por causa de um câncer de pâncreas muito avançado. Quando a família deste padre desceu à capela dos Reis Católicos em Granada, Espanha, para pedir à rainha a sua intercessão, o padre, nesse momento, recuperou-se imediatamente. E esse favor já foi reconhecido por Roma como um milagre atribuído a Isabel”, explicou Rubio Willen.
Segundo Alfa y Ômega, o processo de canonização da rainha Isabel, a Católica, começou em 1957 graças a uma mulher argentina que pediu ao papa Pio XII que abrisse o processo. Ele foi aberto formalmente dez anos depois na arquidiocese de Valladolid, Espanha, onde Isabel morreu e onde há mais de 20 volumes de documentação histórica e favores realizados por sua intercessão.
A Comissão Isabel a Católica promove o culto entre os fiéis por meio de gravuras, livros, vídeos, além de simpósios. “Nosso objetivo é que as pessoas a vejam como uma santa, a venerem e acolham sua intercessão”, disse o padre Rubio Willen ao meio espanhol.
O responsável da causa de canonização diz que se o milagre for reconhecido e aprovado pelo papa Francisco, “será beatificada a maior rainha da história universal. Não há nenhuma outra mulher como ela, sendo que há outras rainhas santas. Com Isabel a história mudou e entrou na época moderna. Ela mudou os mapas que havia então e sua missão passou a ser levar a evangelização à América”.
A vida da rainha é a prova de que “a paixão cristã pode ser compatível com a política”, pois “ela nunca trabalhou para si mesma e para se engrandecer, mas para engrandecer todos os seus súditos, inclusive os índios, aos quais quis que tivessem os mesmos direitos que os espanhóis”.
O padre disse que Isabel a Católica é um exemplo para os cristãos de hoje porque “ela sempre foi ela mesma e foi com a verdade diante dela. Não tinha uma vida dupla, foi uma mulher de uma peça só.”
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