“Os
que são batizados por nós são levados para um lugar onde haja água e são
regenerados da mesma forma como nós o fomos. É em nome do Pai de todos e Senhor
Deus, e de Nosso Senhor Jesus Cristo, e do Espírito Santo que recebem a loção
na água. Este rito foi-nos entregue pelos apóstolos” (Justino Mártir, ano
151, I Apologia 61).
Didaquè – a
Doutrina dos Apóstolos, n. 30:
“Quanto ao
batismo, batizai assim: depois de terdes ensinado o que precede, batizai em
nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, em água corrente; se não existe
água corrente, batize-se em outra água. Se não puder ser em água fria, faze em
água quente. Se não tens bastante, de
uma ou de outra, derrama água três vezes sobre a cabeça, em nome do Pai e do
Filho e do Espírito Santo. Antes do Batismo, jejuem: o que batiza, o que é
batizado e outras pessoas.”
S. Ireneu
(140-202):
“Jesus veio
salvar a todos os que através dele nasceram de novo [pelo batismo] de Deus: os
recém-nascidos, os meninos, os jovens, os velhos”.
“O batismo
nos concede a graça do novo nascimento em Deus Pai por meio do seu Filho no Espírito Santo.
Pois os que têm o Espírito de Deus são conduzidos ao Verbo, isto é, ao Filho;
mas o Filho os apresenta ao Pai, e o Pai lhes concede a incorruptibilidade.
Portanto, sem o Espírito Santo não é possível ver o Filho de Deus, e, sem o
Filho, ninguém pode aproximar-se do Pai, pois o conhecimento do Pai é o Filho,
e o conhecimento do Filho de Deus se faz pelo Espírito Santo”. (Dem. 7)
Orígenes –
bispo de Alexandria (184-285):
“A Igreja
recebeu dos Apóstolos a Tradição de dar o batismo também aos recém-nascidos”. (Ep.
Ad. Rom.LV, 5,9)
S.
Cipriano, bispo de Cartago (210-258):
“Do batismo
e da graça não devemos afastar as crianças”.(Carta a Fido)
São
Gregório Nazianzeno (330-379), doutor da Igreja:
“Sepultemo-nos
com Cristo pelo Batismo, para ressuscitarmos com Ele; desçamos com Ele, para
sermos elevados com Ele; subamos novamente com Ele, para sermos glorificados
nele. “(Or. 40,9)
Santo
Hilário (310-367):
“Tudo o que
aconteceu com Cristo dá-nos a conhecer que, depois na imersão na água, o
Espírito Santo voa sobre nós do alto do Céu e que, adotados pela Voz do Pai,
nos tornamos filhos de Deus”. (Mat. 2)
Tradição
Apostólica de Hipólito (Sec.III):
“Batizar-se-ão
em primeiro lugar as crianças, todas aquelas que podem falar por si mesmas, que
falem: quanto às que não podem fazer, os pais ou alguém de sua família devem
falar por elas.” (La Trad. Apostolique,
ed. Botte Munster 1963, pg. 44s).
Santo
Agostinho (?430):
“As
crianças são apresentadas para receber a graça espiritual, não tanto por
aquelas que as levam nos braços, … mas sobretudo pela sociedade universal dos
santos e dos fiéis … é a mãe Igreja toda, que está presente nos seus santos,
a agir, pois é ela inteira que os gera a todos e a cada um”(Ep. 98,5 PL
33,362).
O Concílio de Cartago (418), que condenou o pelagianismo, rejeitou a posição “daqueles
que negam que se devam batizar as crianças recém-nascidas do seio materno.”
“Também os
mais pequeninos que não tenham ainda podido cometer pessoalmente algum pecado,
são verdadeiramente batizados para a remissão dos pecados, a fim de que,
mediante a regeneração, seja purificado
aquilo que eles têm de nascença”. (Cânon 2, DS,223)
Concílio de
Florença (1442):
Exigiu que
fosse administrado o batismo aos recém-nascidos “o mais depressa que se possa
fazer comodamente” (DS. 1349).