Grupo
ateísta colocou propaganda em um dos lados do Túnel Lincoln.
Liga Católica respondeu com mensagem na outra entrada do túnel.
Do G1, com
AP
Outdoor de grupo ateísta próximo à
entrada do Túnel Lincoln, em
North Bergen, Nova Jersey, uma das entradas para a cidade de
Nova York, nesta quarta-feira (1º). O texto diz: ‘Você sabe que é um mito.
Neste ano, celebre a razão’ (Foto: AP)
A Liga Católica contra-atacou,
colocando seu próprio cartaz no outro lado do tunel. O texto diz: ‘Você sabe
que é real. Neste ano, celebre Jesus’. (Foto: AP)Fonte: http://www.padredemetrio.com.br/2010/12/neste-natal-celebre-a-razao/
“O Natal é
a resposta à visão cientificística que quer negar a existência de Deus”, diz
Padre Cantalamessa
Publicado
2010/12/03 – http://www.gaudiumpress.org/view/show/21585
Cidade do
Vaticano (Sexta-feira, 03-12-2010, Gaudium Press) A negação de Deus, como a que
foi recentemente feita por Stephen Hawkins, é “a eafirmação do ateísmo
científico militante”. O Natal “a antítese mais radical à visão
cientificística”, disse hoje o padre Raniero Cantalamessa, no primeiro
sermão do Advento falando da justa relação entre fé e ciência e também das
relações entre o homem e o cosmos.
A partir de
hoje e nas próximas três sextas-feiras o pregador da Casa Pontifícia refletirá
sobre a nova evangelização. Os sermões, ao Papa e a membros da cúria, acontecem
na Capela “Redemptoris Mater” no Vaticano.
Segundo
Padre Cantalamessa, a Igreja recusa o cientificismo, mas não a ciência
“Quando
contemplo o firmamento, obra de vossos dedos, a lua e as estrelas que lá
fixastes: Que é o homem?”. Com estas palavras do Salmo 8, Padre
Cantalamessa recordou que a fé se baseia em pressupostos que não são nem
demonstráveis nem falsificáveis. A Igreja Católica manifestava sempre uma
postura “nova e positiva” em relação à Ciência, afirmou. Isto é confirmado
pela Pontifícia Academia das Ciências, na qual “eminentes cientistas do
mundo todo, crentes ou não crentes, se encontram para expor e debater
livremente as próprias ideias sobre os problemas de comum interesse para a
ciência e para a fé”.
A ciência,
como observaram os filósofos como Agostinho, Tomás de Aquino, Pascal,
Kierkegaard e outros, “conduz a um ponto além do qual não pode mais nos
guiar”. É cientificismo, uma concepção filosófica que “se recusa de
fato a admitir como válidas as formas de conhecimento diversos daqueles que são
próprios das ciências positivas”, recusando o conhecimento religioso, a
teologia, e o saber ético e estético.
A recente
declaração de Stephen Hawkins em seu último livro “The Grand Design”
(O Grande Desenho), de que “a criação espontânea é a razão pela qual
existe alguma coisa”, se coloca nos exemplos de “afirmação do ateísmo
científico militante” iniciado por Richard Dawkins, autor do livro
“God’s Delusion” (A ilusão de Deus).
Segundo o
pregador da Casa Pontífice, a Igreja Católica recusa o cientificismo, mas isto
não significa recusar a ciência. Tal ato “seria não fazer jus à fé, antes
mesmo da ciência”, disse. Como exemplo de uma “postura aberta e
construtiva” em relação à ciência, citou o Cardeal John Henry Newman,
recentemente beatificado por Bento XVI em sua viagem à Inglaterra.
“A sua
grande fé – lembrou o padre Cantalamessa – permitia a Newman olhar com grande
serenidade as descobertas científicas presentes ou futuras”. Para o
purpurado, a teoria de Darwin sobre a evolução era uma negação da criação.
A
reevangelização requer uma exposição positiva da verdade como a de São Pedro,
sempre “com doçura e respeito”, ponderou. “O Natal é a ocasião
ideal” para recordar ao mundo “o patrimônio comum da
cristandade” da encarnação do Verbo.