As Festas Judaicas no Tempo de Jesus

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Jesus celebrava as festas judaicas; ia à Jerusalém segundo as exigências da Lei Mosaica, sobretudo nas grandes festividades.

Sete eram as festividades judaicas, algumas das quais também são registradas pelos Evangelhos por causa da presença de Jesus. Eram elas:

1. A Páscoa. Era o primeiro dos sete dias dos Pães Ázimos. Era realizada de 15 a 22 do mês judaico de Nisan (entre Março e Abril no nosso calendário). Recordava a saída dos israelitas da terra do Egito. Na noite de 14 para 15 de Nisan, comia-se o cordeiro pascal juntamente com o pão ázimo [isto é, sem fermento]. No dia 16 eram oferecidas as primícias da cevada e, após isto, iniciava-se a colheita.

2. O Pentecostes. Sete semanas após a Páscoa, ou seja, no quinquagésimo dia – geralmente 6 de Siwan (Maio e Junho) – os judeus ofereciam as primícias do pão feito com o trigo da nova colheita. Esta festa também era chamada Festa das Semanas. Alguns ambientes judaicos comemoravam a promulgação da Lei entregue a Moisés sobre o monte Sinai.

3. Os Tabernáculos. Também conhecida como Festa das Cabanas (Sucot), acontecia seis meses após a Páscoa, de 15 a 21 de Tishri (Setembro e Outubro). O dia 22, último dia da festa, era celebrado com solenidade. Recordava-se a permanência dos israelitas no deserto, acampados em tendas, na longa viagem para a Terra Prometida.

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4. A Dedicação do Templo. Realizava-se a 25 de Kislew (Novembro e Dezembro) e durava oito dias. Foi instituída por Judas Macabeu em 164 a.C., para comemorar a reconsagração do Templo após a profanação de Antíoco Epífanes IV, conforme a narração do Primeiro Livro dos Macabeus.

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5. A Expiação. Era uma solenidade penitencial que ocorria no dia 10 de Tishri e era o único dia do ano em que o sumo sacerdote estava autorizado a entrar na parte conhecida como Santo dos Santos do Templo de Jerusalém.

6. O Purim. Significa Festa das Sortes e também é conhecida como Festa das Luzes. Ocorria nos dias 14 e 15 de Adar (Fevereiro e Março), comemorando a libertação dos judeus durante o reinado de Xerxes ou Assuero, conforme a narração do Livro de Ester.

7. Ano Novo. Era chamada também de Festa das Trombas e marcava o início do ano civil judaico, a 01 de Tishri. O calendário hebraico é um calendário lunar, baseado nos ciclos da Lua, composto alternadamente por 12 ou 13 meses de período igual ao de uma lunação, de forma que o primeiro dia de cada mês é sempre o primeiro dia de lua nova.

Retirado do livro: “História da Igreja – Idade Antiga”. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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