“As coisas de Deus merecem pressa na nossa vida”, afirma o Papa Bento XVI

Castel Gandolfo (Segunda-feira, 15-08-2011, Gaudium Press) “As únicas coisas do mundo que merecem pressa são as coisas de Deus”, afirmou hoje pela manhã o Papa Bento XVI durante a homilia na missa em homenagem a Nossa Senhora da Assunção. Como todos os anos, o Papa presidiu a missa da festa mariana de “Ferragosto” (feriado italiano) na igreja paroquial de São Tomás de Villanova, em Castel Gandolfo.

Além das visitas pastorais nas paróquias de Roma, a festa da Virgem Maria, a Assunta, em Castel Gandolfo,  é a única ocasião em que os fiéis podem ver o Santo Padre de perto celebrando a missa em uma igreja paroquial. Nessa ocasião, o Papa não somente recita o Ângelus, mas também preside a primeira missa.

Bento XVI dissertou sobre o tema da aliança com Deus

Na festividade desta segunda-feira, as pessoas esperavam o pontífice desde o alvorecer. Os primeiros fiéis chegaram já às 5h, para um pouco ante da missa ter a oportunidade de apertar a mão do Santo Padre. Na cerimônia estava presente também o irmão do pontífice, monsenhor Georg Ratzinger, que está passando todo o mês de agosto em Castel Gandolfo.

Em sua homilia, Bento XVI dissertou sobre o tema da aliança com Deus. No Antigo Testamento a arca da aliança é o “símbolo da presença de Deus em meio a seu povo”, disse o Santo Padre. Contudo, segundo Bento XVI, o Novo Testamento afirma que a verdadeira arca da aliança é uma pessoa viva e concreta: é a Virgem Maria. “Deus não habita em um móvel, Deus habita em uma pessoa, em um coração”, afirmou.

Conforme Bento XVI, Maria é a arca da aliança, porque acolheu em si Jesus, “acolheu em si a Palavra viva, todo o conteúdo da vontade de Deus, da verdade de Deus, acolheu em si Aquele que é a nova e eterna aliança, culminada com a oferta de seu corpo e do seu sangue; corpo e sangue recebidos de Maria”. Maria, portanto, segundo o pontífice, “tem um destino de glória extraordinária e convida todos nós a fazermos parte dele, nos convida a tornarmo-nos também, modestamente, arca na qual é presença Palavra de Deus que é transformada, vivificada pela sua presença”.

Em seu discurso, o Santo Padre destacou ainda que Deus reservou para Maria um amor imenso, do qual, segundo o pontífice, também somos destinatários. Dessa forma, explica Bento XVI, a Mãe de Deus “nos abre à esperança, a um futuro pleno de alegria e nos ensina o caminho para alcançá-lo: acolher na fé o seu Filho; não perder nunca a amizade com Ele, mas deixar-se iluminar e guiar pela sua palavra; segui-lo todos os dias, também nos momentos nos quais sentimos que as nossas cruzes se fazem pesadas”.

Na missa na igreja paroquial de Castel Gandolfo estavam junto ao Santo Padre, o novo pároco da Igreja de São Tomás de Villanova, o padre salesiano italiano, Pietro Diletti, e o secretário de Estado, do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, além dos dois secretários particulares do pontífice, monsenhor Georg Gaenswein e monsenhor Alfred Xuereb.

Renovação da igreja paroquial

Este ano, a paróquia de São Tomás de Villanova também fez uma homenagem ao pontífice pelo 60º aniversário de sua ordenação sacerdotal. Houve a total renovação da igreja paroquial, que trocou a cor da fachada para o branco, conforme desejo do próprio arquiteto que a projetou, no século XVII, Gian Lorenzo Bernini. Dentro foi colocada uma escrita em recordação e também adicionada uma nova porta de entrada que é uma representação da Mãe da Igreja e Bento XVI.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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