Neste domingo, o Papa Bento XVI encorajou aos fiéis a não ter medo de lutar contra o espírito da mal, unidos a Cristo, “o Vencedor”.
Segundo o ACI/EWTN Noticias (17 de fevereiro de 2013), Bento XVI em suas palavras preliminares pediu aos fiéis “que não tenhamos medo de confrontar, também nós, o combate contra o espírito do mal: o importante é que o façamos com Ele, com Cristo, o Vencedor”.
Com o início da Quaresma na Quarta-feira de Cinzas entramos num tempo forte de conversão e de penitência em preparação para à Páscoa, sendo assim, o Papa ressaltou que “a Igreja, que é mãe e mestra, chama todos seus membros a renovar-se no espírito, a reorientar-se decididamente para Deus, renegando o orgulho e o egoísmo para viver no amor”.
“Neste Ano da fé, a Quaresma é um tempo favorável para redescobrir a fé em Deus como apoio de nossa vida e da vida da Igreja. Isto implica sempre uma luta, um combate espiritual, porque o espírito do mal, naturalmente, opõe-se à nossa santificação, e tenta desviar-nos do caminho de Deus”.
É justamente por este motivo que “no primeiro domingo de Quaresma se proclama cada ano o Evangelho das tentações de Jesus no deserto”.
“Jesus, depois de ter recebido ‘investidura’ como Messias – ‘Ungido’ do Espírito Santo – no batismo no Jordão, foi conduzido pelo mesmo Espírito ao deserto para ser tentado pelo diabo”, recordou o Papa.
Outra questão levantada foi que “no momento em que inicia seu ministério público, Jesus teve que desmascarar e rechaçar as falsas imagens do Messias que o tentador lhe propunha. Mas estas tentações também são falsas imagens do homem, que em todo tempo insidiam a consciência, disfarçando-se como propostas convincentes e eficazes, e inclusive boas”.
“Os evangelistas Mateus e Lucas apresentam três tentações de Jesus, que se diversificam parcialmente apenas pela ordem. Seu núcleo central consiste sempre em instrumentalizar Deus para os próprios fins, dando mais importância ao êxito ou aos bens materiais”.
O Papa remarcou que “o tentador é falso: não induz diretamente para o mal, mas para um falso bem, fazendo acreditar que as realidades verdadeiras são o poder e o que satisfaz as necessidades primárias”.
“Deste modo, Deus se torna secundário, reduz-se a um meio, em definitiva se faz irreal, não conta mais, desvanece”.
O Pontífice admoestou que “nas tentações está em jogo a fé, porque Deus está em jogo”. Completando que “nos momentos decisivos da vida, se vemos bem, em todo momento encontramo-nos frente a uma encruzilhada: Queremos seguir a nós mesmos ou a Deus? Ao interesse individual ou ao verdadeiro Bem, o que realmente é bem?”.
Para Bento XVI, tal como nos ensinam os Padres da Igreja, “as tentações formam parte da ‘descida’ de Jesus à nossa condição humana, ao abismo do pecado e de suas consequências”.
“Um ‘descenso” que Jesus percorreu até o final, até à morte de cruz e até o inferno da extrema distância de Deus”.
Assim sendo, ao concluir suas palavras o Papa Bento XVI explica que Jesus “é a mão que Deus estendeu ao homem, à ovelha perdida, para salvá-la. Como ensina Santo Agostinho, Jesus tomou de nós as tentações, para dar-nos sua vitória”. E pede para junto a Jesus “nos dirijamos à Mãe, Maria: invoquemo-la com confiança filial na hora da prova, e ela nos fará sentir a poderosa presença de seu Filho divino, para rechaçar as tentações com a Palavra de Cristo, e deste modo voltar a colocar Deus no centro de nossa vida”.