Álvaro Del Portillo se torna novo Beato da Igreja Católica

Alvaro_del_PortilloCerca de 200 mil pessoas, vindas de 74 países, assistiram à Missa de Beatificação de Dom Álvaro Del Portillo, Prelado do Opus Dei, em Madri, no dia 27 de setembro. A cerimônia foi presidida pelo delegado do Papa Francisco, o cardeal Angelo Amato, acompanhado pelo cardeal Antonio Maria Rouco, arcebispo emérito de Madri e pelo prelado do Opus Dei, Javier Echevarria.

A Cerimônia começou com uma mensagem do Papa Francisco

No início da cerimônia, o vigário geral do Opus Dei, Fernando Ocáriz, leu uma mensagem do Papa Francisco. O Santo Padre destacou que o bem-aventurado Álvaro “ensina que na simplicidade e cotidianidade da nossa vida podemos encontrar um caminho seguro de santidade” e recordou que “percorreu muitos países fomentando projetos de evangelização, sem reparar nas dificuldades, movido pelo seu amor a Deus e aos irmãos. Quem está muito unido a Deus sabe estar muito perto dos homens”

Depois da fórmula solene de beatificação pronunciada pelo cardeal Amato às 12h24, a imagem do novo bem-aventurado foi descoberta. A festa de D. Álvaro será celebrada no dia 12 de maio nas dioceses que a Santa Sé determinar.

Outro momento importante foi o depósito das relíquias de Álvaro del Portillo no altar, levadas pela família Ureta Wilson, cujo filho José Ignacio foi milagrosamente curado por intercessão no novo bem-aventurado.

Uma participação numerosa e internacional

A universalidade da figura do novo bem-aventurado foi comprovada através da presença de milhares de fiéis de mais de oitenta países. Na cerimônia concelebraram 17 cardeais e 170 bispos de todo o mundo.

Nas primeiras filas estavam mais de 200 pessoas com algum tipo de deficiência, e representantes das numerosas iniciativas sociais promovidas por D. Álvaro, especialmente na África e América Latina. Também participaram vários familiares e algumas autoridades civis espanholas e internacionais.

1.600 ônibus e um serviço de ônibus especial que partia das estações de metrô levaram, desde o início da manhã, mais de 200.000 pessoas, que encheram 185.000 metros quadrados de Valdebebas. Ali esperaram a cerimônia assistindo a uma programação nos 26 telões, preparando-se espiritualmente e rezando nas 13 capelas instaladas, ou recebendo o sacramento da penitência em algum dos 80 confessionários distribuídos no recinto.

A homilia destacou a sua fidelidade ao Evangelho, à Igreja e ao Papa

Na sua homilia, o cardeal Amato realizou um perfil de algumas virtudes que D. Álvaro “viveu de modo heroico”, como a sua “fidelidade ao Evangelho, à Igreja, ao Magistério do Papa”. Álvaro del Portillo – explicou o cardeal – “fugia de todo personalismo, porque transmitia a verdade do Evangelho e a integridade da tradição, não as suas próprias opiniões”.  Entre outras coisas, “Destacava-se pela prudência e retidão ao avaliar os acontecimentos e as pessoas; pela justiça para respeitar a honra e a liberdade dos outros”.

Para o cardeal Amato, o bem-aventurado Álvaro convida-nos a uma santidade “amável, misericordiosa, afável, mansa e humilde. Os santos convidam-nos a introduzir no seio da Igreja e da sociedade o ar puro da graça de Deus, que renova a face da terra”.

A participação dos fiéis caracterizou-se pela piedade e alegria dos cantos, acompanhando o coro de 200 vozes da Jornada Mundial da Juventude de Madri 2011. Para a comunhão, 1200 sacerdotes distribuíram-se por todo o recinto.

D. Javier Echevarría: uma súplica especial pelos que sofrem perseguição por causa da fé

No fim da celebração, D. Javier Echevarría, prelado do Opus Dei, dirigiu umas palavras de agradecimento a Deus, à Igreja e ao Papa Francisco, ao Papa emérito Bento XVI, aos cardeais Amato e Rouco, e à arquidiocese de Madri, e também ao coro, aos voluntários e aos meios de comunicação, que tornaram possível que a cerimônia fosse vista pela televisão no mundo inteiro.

O prelado acrescentou: “a elevação de Álvaro del Portillo aos altares recorda-nos de novo a chamada universal à santidade, proclamada com grande força pelo Concílio Vaticano II”. Também fez referência à alegria “de São Josemaria Escrivá, ao ver que este seu filho fidelíssimo foi proposto como intercessor e exemplo a todos os fiéis”.

D. Javier Echevarría pediu uma súplica especial “pelas nossas irmãs e os irmãos que, em diversos lugares do mundo, sofrem perseguição e inclusive martírio por causa da fé”.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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