A verdadeira Igreja de Jesus Cristo

JESUS CRISTO SÓ FUNDOU UMA ÚNICA IGREJA

  
Afirma Nosso Senhor Jesus Cristo: “Sobre esta pedra edificarei a
minha Igreja” (Mt 16,18). “Se não escutar a Igreja, seja ele para ti como
gentio e publicano” (Mt 18,17). Cristo fala de um único rebanho e de um só
pastor (Jo 10,16), de uma única videira (Jo 15), do reino dos céus na terra (Mt
13,24.47).
 Os Apóstolos falam de uma única Igreja, que Cristo amou e pela qual se
entregou (Ef 5, 25.27.32), de um único corpo de Cristo (l Cor 12,20; Cl 1,18),
de uma só esposa (Ap 21,9). Os coríntios se tinham dividido em partidos. São Paulo
exclama: “Estará por ventura Cristo dividido?” (l Cor 1,13).
Comenta Clemente de Alexandria: “Há um só Pai de todos, um único Verbo
para todos e um só Espírito Santo que está em toda parte. E há, outrossim, uma
só e única virgem mãe que eu chamo a Igreja”. 

A IGREJA DE CRISTO É A SANTA IGREJA CATÓLICA
Jesus Cristo, Nosso Salvador, fundou apenas uma Igreja, não várias, como é
desejo dos heréticos. Ele fundou a Igreja: UNA, SANTA CATÓLICA E
APOSTÓLICA “Cabe ao Filho realizar, na plenitude dos tempos, o plano
de salvação de seu Pai. este é o motivo de sua missão. O Senhor Jesus iniciou
sua Igreja pregando a Boa Nova, isto e, o advento do Reino de Deus prometido
nas Escrituras havia séculos” (Catecismo da Igreja Católica, 763).
Os irmãos separados, em geral, costumam apontar o dedo para o próprio peito
dizendo serem eles a “pedra” sobre a qual Cristo Jesus fundou a Sua
Igreja; outros bem mais “cultos” e “místicos”, dizem que a
“Igreja” está dentro do coração, e aquele que “aceitar”
Jesus, pertence à Igreja de Nosso Senhor.
São Cipriano que não era herege, não ambicioso e nem enganador diz: “Cristo
edifica a Igreja sobre Pedro. Encarrega-o de apascentar-lhe as ovelhas. A Pedro
é entregue o primado para que seja uma Igreja e uma cátedra de Cristo. Quem
abandona a cátedra de Pedro, sobre a qual foi fundada a Igreja, não pode pensar
em pertencer à Igreja de Cristo” (De Unid. Eccl. cap. IV), e: “Pedro
é o vértice, o chefe dos Apóstolos” (I Concílio de Nicéia).
Por mais que os heréticos gritem, apontem o dedo e mentem, não dá para enganar
aquele católico bem instruído; só escorregam em suas salivas, aqueles que se
dizem católicos e que vivem às margens da Igreja: “Quando Jesus Cristo
diz: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei A MINHA IGREJA, e as portas do
inferno não prevalecerão contra ELA” (Mt 16, 18) a que Igreja se refere? Não é
ao Protestantismo, nem a nenhuma igreja protestante em particular, porque as
Igrejas protestantes só começaram a existir no século XVI.
Refere-se, sem dúvida alguma, à IGREJA CATÓLICA; é fácil demonstrá-lo.
Logo nos inícios da Igreja, os seguidores de Cristo foram designados com o nome
de cristãos. Assim podiam distinguir-se dos filósofos pagãos e dos judeus ou
seguidores da sinagoga. Este nome de cristãos como se sabe, já vem na própria
Bíblia, e tal denominação começou em Antioquia: “em Antioquia é que foram os
discípulos denominados CRISTÃOS, pela primeira vez” (At 11, 26), “Então Agripa
disse a Paulo: Por pouco me não persuade a fazer-me CRISTÃO” (At 26, 28). “Se
padece como CRISTÃO, não se envergonhe; mas glorifique a Deus neste nome” (1Pd
4, 16).
Aconteceu, porém que, tão logo a Igreja começou a propagar-se, começaram a
aparecer os hereges, seguindo doutrinas diversas daquela que tinha sido
recebida dos Apóstolos, mas tomando o nome de cristãos, pois também criam em
Cristo e d’Ele se diziam discípulos. Era preciso, portanto, um novo nome para
designar a verdadeira Igreja, distinguindo-a dos hereges. E desde tempos
antiquíssimos, desde os tempos dos Apóstolos, a Igreja começou a ser designada
como IGREJA CATÓLICA, isto é, UNIVERSAL, a Igreja que está espalhada por toda a
parte, para diferençá-la dos hereges, pertencentes à igrejinhas isoladas que
existiam aqui e acolá. Assim é que já Santo Inácio de Antioquia, que foi
contemporâneo dos Apóstolos, pois nasceu mais ou menos no ano 35 da era cristã
e, segundo Eusébio de Cesaréia no seu Chrónicon, foi bispo de Antioquia, entre
os anos 70 e 107, já Santo Inácio nos fala abertamente da Igreja Católica, na
sua Epístola aos Esmirnenses: “Onde comparecer o Bispo, aí esteja a multidão,
do mesmo modo que, onde estiver Jesus Cristo, aí está a IGREJA CATÓLICA” (Epístola
aos Esmirnenses c 8, 2).
Outro contemporâneo dos Apóstolos foi São Policarpo, bispo de Esmirna, que
nasceu no ano 69 e foi discípulo de São João Evangelista. Quando São Policarpo
recebeu a palma do martírio, a Igreja de Esmirna escreveu uma carta que é assim
endereçada: “A Igreja de Deus que peregrina em Esmirna à Igreja de Deus que
peregrina em Filomélio e a todas as paróquias da IGREJA SANTA E CATÓLICA em
todo o mundo”. Nessa mesma Epístola se fala de uma oração feita por São
Policarpo, na qual ele “fez menção de todos quantos em sua vida tiveram trato
com ele, pequenos e grandes, ilustres e humildes, e especialmente de toda a
IGREJA CATÓLICA, espalhada por toda a terra” (c. 8).
O Fragmento Muratoriano que é uma lista feita no segundo século, dos livros do
Cânon do Novo Testamento fala em livros apócrifos que “não podem ser recebidos
na IGREJA CATÓLICA”.
São Clemente de Alexandria (também do século segundo) responde à objeção dos
infiéis que perguntam: “como se pode crer, se há tanta divergência de heresias,
e assim a própria verdade nos distrai e fatiga, pois outros estabelecem outros
dogmas?” Depois de mostrar vários sinais pelos quais se distingue das heresias
a verdadeira Igreja, assim conclui São Clemente: “Não só pela essência, mas
também pela opinião, pelo princípio pela excelência, só há uma Igreja antiga e
é a IGREJA CATÓLICA. Das heresias, umas se chamam pelo nome de um homem, como
as que são  chamadas por Valentino, Marcião e Basílides; outras, pelo
lugar donde vieram, como os Peráticos; outras do povo, como a heresia dos
Frígios; outras, de alguma operação, como os Encratistas; outras, de seus
próprios ensino, como os Docetas e Hematistas”. (Stromata 1.7. c. 15). O
mesmo argumento podemos formular hoje. Há uma só Igreja que vem do princípio: é
a IGREJA CATÓLICA. As denominações e seitas protestantes, umas são
chamadas pelos nomes dos homens que as fundaram, ou cujas opiniões seguem,
como: Luteranos (de Lutero), Calvinistas (de Calvino), Zuinglianos (de
Zuínglio), Wesleynas (de Wesley) etc.
Outras, do lugar donde vieram: Igreja Livre Evangélica Sueca, Irmão de
Plymouth;
Outras, de um povo: Anglicanos (da Inglaterra), Irmãos Moravos (da Morávia);
No século III, Firmiliano, bispo de Capadócia, diz assim: “Há uma só esposa de
Cristo que é a IGREJA CATÓLICA” (Ep. De Firmiliano nº 14).
Na história do martírio de São Piônio (morto em 251) se lê que Polemon o
interroga:
– Como és chamado?
– Cristão.
– De que igreja?
– Católica (Ruinart. Acta martyrum pág. 122 nº 9).
São Frutuoso, martirizado no ano 259, diz: é necessário que eu tenha em mente a
IGREJA CATÓLICA, difundida desde o Oriente até o Ocidente” (Ruinart. Acta
martyrum pág 192 nº 3).
Lactâncio, convertido ao cristianismo no ano 300, diz: “Só a IGREJA CATÓLICA é
que conserva o verdadeiro culto. Esta é a fonte da verdade; do qual se alguém
sair, está privado da esperança de vida e salvação eterna” (Livro 4º cap. III).
São Paciano de Barcelona (morto no ano 392) escreve na sua epístola a
Simprônio: “Como, depois dos Apóstolos, apareceram as heresias e com nomes
diversos procuram cindir e dilacerar em partes aquela que é a rainha, a pomba
de Deus, não exigia um sobrenome o povo apostólico, para que se distinguisse a
unidade do povo que não se corrompeu pelo erro?… Portanto, entrando por acaso
hoje numa cidade populosa e encontrando marcionistas, apolinarianos,
catafrígios, novacianos e outros deste gênero, que se chamam cristãos, com que
sobrenome eu reconheceria a congregação de meu povo, se não se chamasse
CATÓLICA? (Epísola a Simprônio nº 3). E mais adiante, na mesma epístola:
“Cristão é o meu nome; CATÓLICO, o sobrenome” (idem nº 4).
São Cirilo de Jerusalém (do mesmo século IV) assim instruiu os catecúmenos “Se
algum dia peregrinares pelas cidades, não indagues simplesmente onde está a
casa do Senhor, porque também as outras seitas de ímpios e as heresias querem
coonestar com o nome de casa do Senhor, as suas espeluncas; nem perguntes
simplesmente onde está a igreja, mas onde está a IGREJA CATÓLICA; este é o NOME
PRÓPRIO desta SANTA MÃE de todos nós, que é também a ESPOSA DE NOSSO SENHOR
JESUS CRISTO” (Instrução Catequética c. 18; nº 26).
Santo Agostinho (do séc V) dizia: “Deve ser seguida por nós aquela religião
cristã, a comunhão daquela Igreja que é a CATÓLICA, e CATÓLICA, é chamada não
só pelos seus, mas também por todos os seus inimigos” (Verdadeira religião
católica 7; nº 12).
E quando o Concílio de Constantinopla, no ano de 381, colocou, no seu Símbolo
estas palavras: “Cremos na Igreja Una, Santa, CATÓLICA e Apostólica”, isto não
constituía novidade alguma, pois já desde tempo antiquíssimo, se vinha
recitando no Credo ou Símbolo dos Apóstolos: creio na Santa Igreja CATÓLICA.
Vemos, portanto, na história do Cristianismo, o contraste evidente entre aquela
igreja que veio desde o princípio e logo se espalhou por toda a parte (Ide,
pois, e ensinais todas as gentes – Mt 28, 19) e que desde o começo foi chamada
CATÓLICA, segundo o que acabamos de demonstrar, e as heresias que foram
aparecendo no decorrer dos séculos, discordando deste ou daquele ponto, inventadas
por um homem qualquer, mas todas levadas de vencida pela Igreja, pois ou
desapareceram por completo ou ficaram reduzidas em número de adeptos que logo
mergulharam no esquecimento.
Chega esta Igreja ao séc. XVI. Aparece então o ex-frade alemão agostiniano,
cheios de inquietações Martinho Lutero, pretendendo afirmar que esta
Igreja está completamente afogada no erro e é preciso fazer uma reforma
doutrinária. Queremos aqui fazer apenas uma pergunta ao “inspirado” e
“esclarecido” Lutero: “Como é que Cristo deixou durante tantos séculos a sua
Igreja mergulhada completamente no erro, e só no séc. XVI fez aparecerem os
“inspirados” e “esclarecidos” doutrinários da verdade: Onde está a Providência
Divina com relação à obra de Deus que é a sua Igreja?
Se tal desastre se tivesse verificado, então teria falhado completamente a
promessa de Cristo: “E as portas do inferno não prevalecerão CONTRA ELA” (Mt
16, 18).
“Nem toda a água do rio Elba daria lágrimas bastante para chorar a desgraça da
Reforma” (Melanchton, amigo de Lutero)” (Lúcio Navarro, Legítima
Interpretação da Bíblia).
Católico, tampe os ouvidos diante dos uivos dos lobos que trabalham
furiosamente para arrancar-te do seio da Verdadeira Igreja, não lhes dê
ouvidos, mas lembre-se com freqüência de que Cristo Jesus é o Santo Fundador da
Única Igreja, e por mais que lancem pedras sobre ela, jamais a destruirão: “Cristo
é o único Senhor da Igreja. Ela lhe pertence, pois é ele quem a edifica. É
Pedro, porém, quem lhe guarda as chaves – para abrir – fechar – cerrar –
excluir. Inimigos ardilosos, que a não conseguiram suplantar em campo aberto –
tentarão – introduzir-se à socapa em seu seio, procurando combatê-la e
destruí-la pelo interno” (Alfred Barth, Enciclopédia Catequética, Vol.
II). Ame, sirva e defenda a Igreja Católica, Cristo Jesus deu a vida por ela:
“Com a vitória da cruz, ele adquiriu para si o poder e o domínio sobre
todas as gentes” (Santo Tomás de Aquino, Summa Theol., III, 42, 1), e:
“Aquele que, feito homem, se tornara Cabeça e Senhor da humanidade, ora
resgatou seu povo com seu Sangue – libertou-o – remiu-o – fê-lo seu. O véu do
templo – a antiga aliança – rasgou-se” (Leão I, Serm., 68, 3), e também:
“Amem esta Igreja, sejam essa Igreja, fiquem na Igreja! E amem o
Esposo!” (Santo Agostinho).                           

FORA DA  IGREJA CATÓLICA NÃO HÁ SALVAÇÃO
“Apoiado na Sagrada Escritura e na Tradição, (o Concílio) ensina que esta
Igreja peregrina é necessária para a salvação. O único mediador e caminho da
salvação é Cristo, que se nos torna presente em seu Corpo, que é a
Igreja. Ele, porém, inculcando com palavras expressas a necessidade da fé e do
batismo, ao mesmo tempo confirmou a necessidade da Igreja, na qual os homens
entram pelo Batismo, como que por uma porta. Por isso não podem salvar-se
aqueles que, sabendo que a Igreja Católica foi fundada por Deus por meio de
Jesus Cristo como instituição necessária, apesar disso não quiserem nela entrar
ou nela perseverar” (Catecismo da Igreja Católica, 846).

Exorta de
modo magistral o bispo e doutor da Igreja São João Crisóstomo: “Não te
afaste da Igreja: nada é mais forte do que ela. Ela é a tua esperança, o teu
refúgio”. 

A SANTA
IGREJA CATÓLICA”E vós, maridos, amais as vossas
mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, a fim de purificá-la
com o banho da água e santificá-la pela Palavra para apresentar a si mesmo a
Igreja, gloriosa, sem mancha nem ruga, ou coisa semelhante, mas santa e
irrepreensível. É grande este mistério: refiro-me à relação entre Cristo e a
sua Igreja” (Ef 5, 25. 32).Contemplando este mistério da
Igreja, São Pio X dizia: “Os reinos e os impérios desmontaram; os povos que a
glória de seus nomes assim como sua civilização os havia tornado célebres, desapareceram.
Viram-se nações que, atingidas pela decrepitude, se desagregaram por si mesmas.
A igreja, porém, é imortal por natureza, jamais o laço que a une ao seu celeste
Esposo se romperá e, em conseqüência, a velhice não pode atingi-la; ela
permanece exuberante da juventude, sempre transbordante dessa força com a qual
ela nasceu do coração transpassado de Cristo morto sobre a Cruz”. (Encíclica Iucunda
Sane).

A Santa Igreja Católica é a primeira,
verdadeira, vencedora e única. A unidade da santíssima fé católica é um grande
milagre e obra colossal da Igreja Latina.

O seu escopo é a salvação da
humanidade pelo seu Senhor, Mestre, Pastor e Salvador Jesus Cristo.

A Igreja Católica é mais bela do que a
própria beleza; mais rica do que todo o tesouro do mundo; mais poderosa do que
todo exército do planeta; mais viva do que a própria vida; mais iluminada do
que o Sol; a sua missão é mais alta do que o céu; a sua obra de caridade é mais
profunda do que o mar; os seus santos são muito mais do que o ouro e todas as
pedras preciosas e brilharam mais do que a Lua e todos os astros do firmamento;
o seu conhecimento é milenar e indestrutível; têm mais elementos do que os da
natureza; a sua força ultrapassa as quatro forças físicas fundamentais do
universo; o grande poder contínuo do Pentecostes na Igreja é muito maior do que
o acelerador de partículas do Grande Colisor de Hádrons. Um só dom do Espírito
Santo tem mais energia atômica do que a física quântica e todas as bombas
juntas.

A Igreja é a mestra por excelência da
mais alta ciência da educação. Ela é a gloriosa mãe fecunda de todos os filhos
de Deus e promotora de santificação das ovelhas do Sumo Pastor Jesus Cristo.Para Igreja vencer imperadores idólatras
e imorais, exércitos bárbaros, monarquias corruptas, sistema político e
filosóficos ateus e carniceiros, cismas, seitas, secularismo e relativismo são
necessárias armas poderosíssimas e atualizadas. Quais são essas armas? A
Sagrada Escritura, A Sagrada Tradição e o Sagrado Magistério infalível. Todo
fundamento da Igreja Católica está no amor da Santíssima Trindade que termina
no gênero humano.

A Igreja é
Inerrante

A Igreja Católica é santa, justa e
inerrante, ou seja, isenta de erros e pecados.

A Igreja
Católica nunca errou e jamais vai errar. O seu Corpo é santo, cuja Cabeça
também o é: Jesus Cristo. Ela é a Igreja do Deus vivo: coluna e sustentáculo da
verdade (1 Tm 3, 15).

É errada a expressão “a Igreja é santa
e pecadora”. Não existe tal expressão na Bíblia e nem na Tradição. A correta
colocação se encontra no Credo dos Apóstolos: “Creio na Santa Igreja Católica”.

São injustas as acusações, calúnias
difamações contra a Igreja Católica. Os críticos não sabem ou não querem
entender a mistogogia da Igreja, separar o joio do trigo, saber compreender
verdadeiramente os fatos históricos e dogmáticos e ter ciência “dos erros dos
filhos pecadores” na Igreja e não “os pecados da Igreja”. A Igreja é toda santa
(Ef 5, 27). É a noiva de Cristo (Mc 2, 19).

Vejamos de maneira magistral a
explicação do grande teólogo beneditino Dom Estêvão Bettencourt:

“Nos últimos decênios têm sido
transposto para a Igreja o título de “simultaneamente santa e pecadora”. Chega
mesmo a designá-la como “a casta meretriz”.

Nos que concerne à Igreja, é
necessário distinguir entre a pessoa e o pessoal da Igreja.

Pessoa da Igreja é o elemento estável e
santo que ela contém como Esposa de Cristo “sem mancha nem ruga” (Ef 5, 25 –
27). Como Corpo de Cristo, vivificado pela indefectível presença de Cristo, a
Igreja conserva uma santidade imperecível de Cristo. Ela é a mãe de filhos, que
são o seu pessoal. Estes são pecadores, de modo que introduzem o pecado na
Igreja, que os carrega procurando dar-lhes o remédio necessário. Observe-se bem
que o Papa João Paulo II, ao pedir perdão, nunca o pediu para a Igreja, mas
sempre para os filhos ou o pessoal da Igreja.

A expressão “casta meretriz” é
imprópria, porque consta de um substantivo sinistro e de um adjetivo
alvissareiro; a Igreja seria substancialmente pecadora e acidentalmente ou
ocasionalmente santa-o que é falso, ela é substantivamente santa e
acidentalmente portadora do pecado de seus filhos. Analisando essa ambígua realidade,
podia o Papa Pio XII escrever em 1943:

“Nada se
pode conceber de mais glorioso, mais nobre, mais honroso do que pertencer à
Igreja Santa, Católica, Apostólica e Romana, por um Chefe tão sublime, somos
penetrados por um único Espírito Divino; enfim somos alimentados neste exílio
terrestre por uma só doutrina e um só Pão celeste, até que finalmente tomemos
parte na única e eterna bem aventurança celeste” (Pio XII – Mystici Corporis
Christi n° 90 – 29/06/1943). (PR, N° 535, pp. 22 e 23).                     

A Igreja:
Mãe SantaSobre a Igreja, escreve a maior gênio
do pensamento filosófico e teológico do século V, fundador, bispo e Doutor da
Igreja Santo Agostinho de Hipona:

“Visitai esta mãe, que vos gerou.
Vede o que ela vos deu: uniu a criatura ao criador, dos servos fez filhos de
Deus, dos escravos do demônio irmão de Cristo. Não sereis ingratos a tão
grandes benefícios se lhe oferecerdes a alegria da vossa presença. Ninguém pode
sentir que Deus o ama se despreza a Igreja mãe. Está mãe Santa e espiritual
prepara-vos cada dia alimento espiritual (…), ela não quer que seus filhos tenham
fome desse alimento. Não abandoneis esta mãe, para que ela vos sacie da
abundancia de sua casa (…), vos recomende a Deus Pai como filhos dignos e vos
conduza, livres e com saúde, à pátria eterna, depois de vos ter alimentado com
amor”.

O renomado escritor e intelectual
inglês Gilbert K. Chesterton afirmou esplendidamente: “A Igreja Católica é a
única coisa que salva o homem da degradante escravidão de ser um filho de sua
época”.

Conclusão

As promessas de Nosso Senhor Jesus
Cristo são fiéis e podemos caminhar seguros com elas. Como é maravilhoso ser membro da
Igreja Católica de Cristo. Ser discípulo e missionário da Boa Nova do Salvador. Cremos nas palavras do Bom Pastor:

“Eis que eu vos envio como ovelhas
entre lobos. Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma” (Mt
10, 16. 28).”As portas do inferno nunca
prevalecerão contra a minha Igreja”. (Mt 16, 18).

“Toda a autoridade sobre o céu e sobre
a terra me foi entregue. Eis que eu estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos!”. (Mt 28, 19. 20).

“Eu vos disse tais coisas para terdes
paz em mim. No
mundo tereis tribulações, mas tente coragem: eu venci o mundo” (Jo 16, 33).

“Mas recebereis uma força, a do
Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém,
em toda a Judéia e a Samaria, e até os confins da terra” (At 1, 8).Não existem palavras para explicitar
a magnífica felicidade de pertencer à Igreja guiada e iluminada pelo divino
Espírito Santo, e esta Igreja só pode ser: Una, Santa Católica e Apostólica.

Una, porque o seu modelo é de plena
unidade e une todos os fiéis na comunhão em Cristo.Santa, porque Deus santíssimo e o seu
autor; Cristo entregou-se por ela, para santificá-la e torná-la santificante e
o Espírito Santo a vivifica com a caridade.

Católica, porque a sua missão de pregar o
Evangelho é universal. Nela contém a plenitude dos meios de salvação.

Apostólica, porque a sua origem está
edificada sobre o “alicerce dos apóstolos”, porquanto ensinada, santificada e
dirigida, até a volta de Cristo, pelos Apóstolos, graças a seus sucessores, os
bispos em comunhão com o sucessor de Pedro.

A Santa Madre Igreja nos ama e devemos
amá-la até o fim das nossas vidas.

Um só batismo, um só Deus, um só Bom
Pastor, um só Espírito Consolador, uma só fé, uma só esperança e uma só Igreja
Católica.

Pe. Inácio
José do Vale

Professor
de História de Igreja

Especialista
em Ciência Social
da Religião

E-mail: pe.inaciojose.osbm@hotmail.com

 

 

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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