A Intolerância Religiosa e desrespeito ao povo

1314638_97343416Uma matéria da “Jovem Pan”, veiculada na internet pela jornalista Raquel Sherazade, informa que a Prefeitura de Florianópolis vai entrar na justiça para não ter de cumprir a lei que obriga ter nas bibliotecas das escolas públicas um exemplar da Bíblia.

Um tempo atrás alguns queriam retirar os crucifixos dos locais públicos, com a mesma alegação de que fere o Estado laico.

Ora, o Estado é laico, não professa uma fé e uma crença, mas não é laicista, isto é, não impede que o povo viva a sua fé. Não há de fato um Credo oficial, mas o povo é religioso e tem o direito de viver a sua fé.

A Constituição Federal foi aprovada “sob a proteção de Deus”; ora, como então impedir que as pessoas leiam a Bíblia em uma biblioteca escolar? Nem mesmo quero me referir a blasfêmia e gravíssima ofensa a Deus, por impedir que Sua santa Palavra seja lida nas escolas, mas quero argumentar que 90% do povo brasileiro acredita que a Bíblia é Palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo. Essa maioria esmagadora da população paga seus impostos e tem o direito de que seus filhos tenham oportunidade de serem educados nesta fé. É um desrespeito flagrante impedir que uma criança cristã leia a Bíblia em uma biblioteca escolar. Além do mais é o livro mais lido, mais vendido e mais conhecido em todo o mundo, e não há biblioteca respeitável que não tenha vários de seus volumes em muitas traduções diferentes.

A matéria da Jovem Pan argumenta muito bem que a nossa Constituição prevê a “assistência religiosa nas escolas e nos presídios, e instituiu o casamento religioso”. “Aprova os cultos religiosos e confere liberdade religiosa; e criminaliza a perseguição religiosa e o desrespeito a seus símbolos religiosos”.

Não dá para entender que a presença de uma Bíblia em uma biblioteca escolar fira a laicidade do Estado. Ninguém é obrigado a ler a Bíblia pelo fato dela estar na prateleira de uma biblioteca. Então vamos ter que retirar todos os livros que expressam alguma crença, vamos ter de eliminar o Cristo Redentor no Rio de Janeiro? Vamos ter de mudar os nomes dos Estados que trazem nomes de santos católicos?: São Paulo, São Sebastião do Rio de Janeiro, Santa Catarina, etc. Vamos ter de mudar nomes de milhares de ruas, de milhares de estabelecimentos, etc…?

Na verdade, essa ação jurídica da Prefeitura de Florianópolis, não passa de um ato triste e lamentável de grosseira e desrespeitosa intolerância religiosa, o que é considerado crime na Constituição Federal. O povo católico e demais cristãos, 90% do povo brasileiro, irmanados em Jesus Cristo, não pode permitir que algo tão desrespeitoso aconteça em nosso país; sendo que fomos colonizados de forma cristã. O primeiro ato que se realizou nesta chamada “Terra de Santa Cruz”, foi a santa Missa, assistida até mesmo pelos índios.

Arrancar do povo brasileiro a sagrada veneração do Crucifixo, e da leitura da Bíblia nas escolas, é arrancar do país a sua história, o seu DNA e a sua vida. É bom lembrar o que diz a mesma Sagrada Escritura: “Feliz a nação que tem o Senhor por seu Deus, e o povo que ele escolheu para sua herança”. (Salmos 32, 12).

Não é possível que uma pequeníssima minoria que não crê, queira sufocar a maioria cristã que crê.

Prof. Felipe Aquino

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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