A dignidade humana é inviolável desde a concepção até o último suspiro, diz o Papa

PapaFrancisco_DanielIbanez_ACIPrensa_10022017O site ACI Digital publicou na última sexta-feira (10/02/2017) a seguinte notícia:

“Em primeiro lugar está a dignidade inviolável de cada pessoa humana, desde o momento da concepção até o seu último suspiro”, afirmou o Papa Francisco na manhã de sexta-feira, no Vaticano, durante a audiência aos participantes no encontro da Comissão Caridade e Saúde da Conferência Episcopal Italiana.

Na Sala Clementina do Palácio Apostólico do Vaticano, o Santo Padre advertiu contra a cultura do descarte, “que penaliza os mais fracos”, e pediu que se coloque no centro dos cuidados de saúde aos doentes e não os deixe em segundo plano.

O Pontífice elogiou o trabalho de muitos profissionais de saúde, “que com as suas mãos tocam todos os dias na carne de Cristo que sofre, e isso é uma grande honra e uma grande responsabilidade”.

Também se referiu aos voluntários “que, com generosidade e competência, tudo fazem para aliviar e humanizar os longos e difíceis dias de tantos doentes e idosos solitários, sobretudo os pobres e indigentes”.

O Papa indicou que vivemos em um tempo marcado por “fortes mudanças sociais e culturais e, atualmente, podemos constatar uma situação de luzes e sombras”.

Em relação às luzes, reconheceu que, “certamente, a pesquisa científica registrou avanços e estamos agradecidos pelos preciosos resultados obtidos para curar, se não mesmo derrotar, algumas patologias”.

Nesse sentido, expressou confiança de que “esse mesmo empenho seja assegurado para as doenças raras e esquecidas, às quais nem sempre é dada a devida atenção, com o risco de dar lugar a novos sofrimentos”.

Entretanto, “juntamente com as luzes existem algumas sombras que ameaçam prejudicar o sofrimento dos nossos irmãos e irmãs doentes”, advertiu.

Nesse sentido, assinalou que “o setor no qual a cultura do descarte evidencia as suas consequências dolorosas é, precisamente, o da saúde. Quando a pessoa doente não é colocada no centro e considerada na sua dignidade, geram-se atitudes que podem levar até mesmo a especular sobre as desgraças dos outros. E isto é muito grave!”.

Para prevenir que essa cultura do descarte arraste os que sofrem, pediu para “permanecer vigilantes, sobretudo quando os pacientes são idosos com uma saúde muito comprometida, se estão a sofrer de doenças graves e onerosas”.

Além disso, advertiu contra a mercantilização da atenção da saúde, “o modelo que converte o serviço de saúde em um negócio, se é adotado de forma indiscriminada, em vez de otimizar os recursos disponíveis, acaba produzindo descartes humanos. Otimizar recursos significa usá-los de forma ética e solidária e não penalizar os mais frágeis”.

“A pobreza crescente no campo da saúde entre as camadas desfavorecidas da população, devido à dificuldade de acesso aos tratamentos, não deixe ninguém indiferente e se multipliquem os esforços de todos para que os direitos dos vulneráveis sejam tutelados”, sublinhou.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/a-dignidade-humana-e-inviolavel-desde-a-concepcao-ate-o-ultimo-suspiro-diz-o-papa-29896/

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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