A CNBB não apoia oficialmente o MST, pois ele é um movimento que nem registrado é, não é oficial, para não ser punido por suas faltas. Apenas alguns bispos o apoiam infelizmente. Penso que eles não sejam ateus, mas desordeiros, fora da lei; o Papa João Paulo II deixou claro várias vezes que a Igreja não pode apoiar invasões de terra.
Papa e invasões de terras
1 – Ao segundo grupo de Bispos do Brasil, provenientes do Regional Sul l da CNBB, realizou a visita “ad limina Apostolorum” de 13 a 28 de Março de 1996:
5 – Ocorre, para tal fim, a colaboração esclarecida e permanente com o poder público a quem cabe a condução do processo para a implementação de uma nova política fundiária que melhore a distribuição de terras e crie condições efetivas de um trabalho produtivo e compensador para o produtor rural e o homem do campo. Por outro lado, é necessário recordar a doutrina tradicional de que a posse da terra “é ilegítima quando não é valorizada ou quando serve para impedir o trabalho dos outros, visando somente obter um ganho que não provém da expansão global do trabalho humano e da riqueza social, mas antes de sua repressão, da exploração ilícita, da especulação e da ruptura da solidariedade no mundo do trabalho” (Centesimus annus, 43). Mas recordo, igualmente, as palavras do meu predecessor Leão XIII quando ensina que “nem a justiça, nem o bem comum consentem danificar alguém ou invadir a sua propriedade sob nenhum pretexto” (RN, 55). A Igreja não pode estimular, inspirar ou apoiar as iniciativas ou movimentos de ocupação de terras, quer por invasões pelo uso da força, quer pela penetração sorrateira das propriedades agrícolas.
2 – Discurso em 26/nov/2002 aos bispos do Brasil:
“Para alcançar a justiça social se requer muito mais do que a simples aplicação de esquemas ideológicos originados pela luta de classes como, por exemplo, através da invasão de terras – já reprovada na minha viagem pastoral em 1991 – e de edifícios públicos e privados, ou por não citar outros, a adoção de medidas técnicas extremas, que podem ter consequências bem mais graves do que a injustiça do que pretendiam resolver”.