A Beleza e as dores da Mulher

mulhereflores

Hoje acordei pensando nas mulheres; sua beleza e suas dores. Sempre me impressionou o fato da mulher ser a última criação de Deus. Sempre vi nisso algo de especial.

Ora, se Deus criou o mundo em “seis dias”, e foi fazendo tudo surgir numa ordem crescente de perfeição: minerais, vegetais, animais, homem e mulher; então, a mulher é a mais linda criação de nosso Pai.

Isto me faz entender um pouco melhor a sua beleza, e também as suas dores. De um lado é a mais linda das criaturas, não só na beleza do corpo, dos olhos, dos cabelos, das mãos, que fascinam os homens; mas especialmente pela beleza do seu espírito: delicada, sensível, doce, detalhista, suave e frágil como uma flor de pessegueiro, mas, às vezes, paradoxalmente, rígida e forte como uma lâmina de aço.

Ela é a mais linda flor que o divino Jardineiro plantou nesta Terra; foi criada para ser mãe, como a terra que produz o fruto. Nela o homem lança a semente e espera nove meses o fruto nascer. Ele quase nada faz, apenas protege esta “terra” sagrada e cuida dela como faz o jardineiro, para que as ervas daninhas e os animais não a destruam. Mas a mulher, tal qual a terra, dia-a-dia, vai fazendo a semente germinar no seu seio, até que surja a planta e o fruto.

No entanto, a mulher tem as suas dores, podemos dizer até mais intensas que as do homem porque, como Deus, ela foi feita para dar e gerar a vida; e a vida tem um preço que se chama amor: renuncia e dor.

Leia também: Por que as mulheres choram?

O amor de Jesus para com as mulheres

A mulher segundo o coração de Deus

A imprescindível missão da mulher

Seu corpo foi feito para gerar a vida; então, ela é dotada de ovários, trompas, útero, esses instrumentos sagrados que acolhem a semente da vida e a faz germinar até a plenitude. É uma beleza, uma maravilha do Criador, mas tem as suas dores. Ela tem que ser dotada de seios para amamentar, e tudo o mais que a vida que surge precisa. E isso traz também dores.

Fico pensando nas sete Dores da Virgem Maria, vendo o Seu Filho Divino morrer esmagado como a uva no lagar, e como o trigo na moenda, para ser o nosso Salvador, Alimento e Remédio de nossa alma.

Fico pensando em todas as mulheres, que carregam nos seus corpos e nas suas almas a força e a beleza da vida, com “suas dores, como hóstias oferecidas ao Criador”.

Quantas mulheres – assim como a minha – se extinguiram com um câncer de mamas, de útero, ou ainda, padecem por tantas outras enfermidades. É o preço da vida!

Todas elas, em grande parte da vida, têm de bem-viver, com paciência, os incômodos da menstruação, e de outras particularidades que também por ela são desencadeadas…é o preço da vida!

Mas há um sofrimento ainda pior: é aquele que vai direto em sua alma. Certa vez, uma senhora me disse que o filho sai que sai de seu ventre um dia, mas passa para sua cabeça, e dali não sai nunca mais. É verdade! Fico pensando em Santa Mônica que viveu para conquistar o marido pagão, Patrício, para Deus e o filho Agostinho, rebelde. Mas na sua dor e suas lágrimas ela venceu. “Não é possível que Deus não converta o filho de tantas lágrimas” – ela ouviu de Santo Ambrósio de Milão. E nas dores de Mônica foi gestado o gigante Santo Agostinho. É da cruz que se vê a Luz. Por isso, não desanime!

Como seria bom se todas as mulheres tivessem a consciência de seu grande valor, da importância que têm diante ao plano de Deus e do amor especial que Deus têm por cada uma delas!

Prof. Felipe Aquino

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
Adicionar a favoritos link permanente.