50 anos após sua morte, Pe. João Schiavo é declarado Beato

Segundo o ACI (30/10/2017), Padre João Schiavo, missionário italiano da Congregação dos Josefinos de Murialdo, foi declarado Beato no sábado, 28 de outubro, em Missa presidida pelo prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, em Caxias do Sul (RS).

Beato padre João Schiavo

Posted by Diocese de Caxias do Sul on Saturday, October 28, 2017

“Há pouco mais de 50 anos de sua morte, a Igreja eleva hoje às honras dos altares o Beato João Schiavo, missionário italiano da Congregação de São José”, foram as palavras da homilia do Cardeal Amato, lida durante a celebração que reuniu cerca de 7 mil pessoas nos pavilhões da Festa da Uva.

No início da celebração, o Bispo da Diocese de Caxias do Sul, Dom Alessandro Ruffinoni solicitou: “Peço, humildemente, que se digne a inscrever no número dos Beatos o Venerável Servo de Deus, João Schiavo, sacerdote e religioso dos Josefinos de Murialdo e iniciador das Irmãs Murialdinas de São José no Brasil”.

Após uma breve apresentação da biografia do sacerdote, o Cardeal Angelo Amato leu a carta apostólica do Papa Francisco declarando Beato o Padre Schiavo, seguida da revelação do quadro do novo beato e procissão das relíquias.

Na homilia lida na beatificação, o Cardeal Amato sublinhou que desde cedo, Padre Schiavo manifestou o propósito de santidade. “Em 1930, por exemplo, escreveu: ‘Só uma coisa espero e desejo ao desespero, fazer-me santo’. E anos mais tarde: ‘Quero fazer-me santo, santo ou ir para o inferno. Farei bem todas as coisas. A cada coisa feita mal, farei penitência. Meu Deus, quero ser santo’”.

“Os testemunhos recolhidos no processo para beatificação são concordes em afirmar que o Padre Schiavo manteve estes seus propósitos, vivendo de modo eminentemente virtuoso”, assinalou.

Pe. João Schiavo nasceu em Sant’Urbano de Montecchio Maggiore, na Itália, em 8 de julho de 1903. Foi ordenado sacerdote em 10 de julho de 1927 e, quatro anos depois, foi enviado ao como missionário Brasil, onde faleceu em 27 de janeiro de 1967, com fama de santidade.

Sua missão era dedicar-se à animação e formação dos candidatos para a Congregação dos Josefinos de Murialdo. Assim, desenvolveu uma intensa atividade vocacional, tendo sido o primeiro mestre de noviços dos Josefinos no Brasil.

Além disso, em 1954, o primeiro grupo das Irmãs Murialdinas de São José no país e desenvolveu um amplo trabalho na área social e da educação, por exemplo, fundado escolas e orfanatos.

Conforme foi sublinhado na homilia do Cardeal Amato, Pe. Schiavo “se santificou aqui, nesta terra brasileira, pátria de santos e de mártires”.

“Ele se sentia intimamente brasileiro, passou sua vida sacerdotal e apostólica no Brasil, onde encontrou terreno forte para praticar de modo heroico o evangelho de Jesus Cristo”.

Segundo o Cardeal, “o Beato João Schiavo, hoje, convida todos nós, sobretudo os confrades e as Irmãs Murialdinas, a tender para a santidade”.

“Que o nosso beato nos abra os olhos para vermos e fazermos o bem, semeando em nossos corações, nas nossas comunidades, família e sociedade, o bem. Que possamos colher os frutos do bem que são amor, perdão, alegria, amizade e partilha, como foi a existência do Padre Schiavo. Contemplemo-lo, imitemo-lo e imploremos a sua intercessão”, concluiu.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/50-anos-apos-sua-morte-pe-joao-schiavo-e-declarado-beato-15554/

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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