VATICANO,
05 Nov. 10 / 02:27 pm (ACI).- Ao receber este meio-dia aos bispos do Regional Sul 2
da CNBB em visita ad limina, o Papa Bento XVI
ressaltou que a vida
consagrada é um bem e uma riqueza da Igreja Católica que
nunca poderá faltar nem morrer. Portanto a pastoral vocacional é uma tarefa de
todos: bispos, sacerdotes, religiosos e leigos.
Em seu discurso, o Santo Padre disse que os consagrados “«uma planta com
muitos ramos, que assenta as suas raízes no Evangelho e produz abundantes
frutos em cada estação da Igreja».
“Sendo a caridade o primeiro fruto do Espírito (cf. Gl 5, 22) e o maior de
todos os carismas (cf. 1 Cor 12, 31), a comunidade religiosa enriquece a Igreja
de que é parte viva, antes de tudo com o seu amor: ama a sua Igreja particular,
enriquece-a com seus carismas e abre-a a uma dimensão mais universal”,
afirmou.
Referindo-se ao problema da “diminuição dos membros em muitos Institutos
e o seu envelhecimento, evidente em algumas partes do mundo”. O Papa disse que
“muitos se interrogam se a vida consagrada seja ainda hoje uma proposta capaz
de atrair os jovens e as jovens”.
“Bem sabemos, queridos Bispos, que as várias Famílias religiosas desde a vida
monástica até às congregações religiosas e sociedades de vida apostólica, desde
os institutos seculares até às novas formas de consagração tiveram a sua origem
na história, mas a vida consagrada como tal teve origem com o próprio Senhor
que escolheu para Si esta forma de vida virgem, pobre e obediente. Por isso a
vida consagrada nunca poderá faltar nem morrer na Igreja: foi querida pelo
próprio Jesus como parcela irremovível da sua Igreja. Daqui o apelo ao
compromisso geral na pastoral vocacional: se a vida consagrada é um bem de toda
a Igreja, algo que interessa a todos, também a pastoral que visa promover as
vocações à vida consagrada deve ser um empenho sentido por todos: Bispos,
sacerdotes, consagrados e leigos”, disse o Pontífice aos bispos do Paraná.
Bento XVI sublinhou
logo que “como afirma o decreto conciliar Perfectae caritatis, «a
conveniente renovação dos Institutos depende sobretudo da formação dos membros»
(n. 18). Trata-se de uma afirmação fundamental para toda a forma de vida
consagrada. A capacidade formativa de um Instituto, quer na sua fase inicial
quer nas fases sucessivas, está no centro de todo o processo de
renovação'”.
Finalmente o Papa pediu aos prelados que transmitam “às vossas comunidades de
consagrados e consagradas, independentemente do serviço claustral ou apostólico
que estão desempenhando, a viva gratidão do Papa que de todas e todos se
recorda nas suas orações, lembrando
em especial os idosos e doentes, quantos atravessam momentos de crise e de
solidão, quem sofre e se sente confuso e também os jovens e as jovens que hoje
batem à porta das suas Casas e pedem para se entregar a Jesus Cristo na
radicalidade do Evangelho. Agora, invocando o celeste patrocínio de Maria,
modelo perfeito de consagração a Cristo, confirmo-vos mais uma vez a minha
estima fraterna e concedo-vos, extensiva a todos os fiéis confiados aos vossos
cuidados pastorais, uma propiciadora Bênção Apostólica”.