BUENOS
AIRES, 14 Jul. 10 (ACI) .- O Bispo de
Nueve de Julio, Dom Martín del Elizalde, explicou que “a união reconhecida
dos homossexuais nunca poderá ser um matrimônio verdadeiro, embora a lei lhe
outorgue esse nome. A mesma experiência fará patente sua inadequação para
cumprir os fins e objetivos do mesmo”, em referência ao projeto de lei que
pretende equiparar estas uniões ao matrimônio que é debatida no Senado da
Argentina.
Em um recente comunicado, o Prelado lamentou que “nos últimos tempos a
sociedade argentina viveu com crispação o debate gerado pelas propostas de
reforma da normativa a respeito da instituição matrimonial, e que chegam depois
de um caminho que, -é obrigado, mas doloroso dizê-lo- , foi empobrecendo o
âmbito dos valores fundamentais da existência”.
“É contrário à lei divina, assim como à natureza do homem, que duas
pessoas do mesmo sexo possam contrair matrimônio. As razões que se aduzem a
favor desta classe de união são estranhas à estrutura e fins do mesmo, que se
ordena, pela complementaridade dos sexos, à integração do homem e a mulher que
o contraem ‘para ser um só corpo’, os une também no espírito, na identidade de
seus objetivos, a mútua assistência com amor, a estabilidade, e se prolonga na
concepção da vida nova e na educação dos filhos”, indicou.
O Prelado indicou ademais que “a geração e a adoção devem ser vistos
dentro de um contexto de finalidade e de sentido como o que apresentamos. São
um ato de amor que se aperfeiçoa nessa criatura concebida ou adotada, e cujos
direitos devem ser tutelados”, e advertiu que “os filhos não podem
ser um modo de afirmação dos casais em busca de reconhecimento, como tampouco a
adoção deve ser uma decisão inspirada no egoísmo”.
“É uma responsabilidade muito grande convocar à vida, embora seja com
técnicas muito aperfeiçoadas, novos seres. Há também uma grande
responsabilidade ao tentar educar crianças em um lar que não reúna os elementos
que a natureza contempla para iniciar as criaturas nos afetos e na
liberdade”, assegurou.