É lamentável que o Semanário O DOMINGO de 25/9/2011, traga uma matéria de frei J. B. Libânio, onde faz uma defesa explícita da triste teologia da libertação, explicitamente condenada pelo Papa Bento XVI em pronunciamento claro aos bispos do Brasil, como se pode ver a abaixo. Sabemos que essa teologia esvazia a fé, a torna politizada e ideologizada, esvazia o conceito de Reino de Deus, de Igreja (que nasce do povo e não de Jesus Cristo), desvaloriza a sagrada Hierarquia e do Papa, incita à luta de classes marxista, minimiza o valor da oração, dos sacramentos, e da espiritualidade de modo geral; tudo isso como muito bem mostrou o Papa Bento XVI no livro em entrevista com o jornalista Vitório Messori (A fé em crise?, 1985 EDUSP, São Paulo). Quem duvidar que confira no capítulo “Uma certa libertação”.
Prof. Felipe Aquino
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VATICANO, 05 Dez. 09 / 11:22 am (ACI).- O Papa Bento XVI advertiu sobre os perigos da teologia marxista da libertação e alentou os fiéis a superarem suas graves consequências. Falando aos Bispos do Brasil da região Sul 3 e Sul 4 em visita ad limina, o Santo Padre disse:
“Neste sentido, amados Irmãos, vale a pena lembrar que em agosto passado, completou 25 anos a Instrução Libertatis nuntius da Congregação da Doutrina da Fé, sobre alguns aspectos da teologia da libertação, nela sublinhando o perigo que comportava a assunção acrítica, feita por alguns teólogos de teses e metodologias provenientes do marxismo. As suas sequelas mais ou menos visíveis feitas de rebelião, divisão, dissenso, ofensa, anarquia fazem-se sentir ainda, criando nas vossas comunidades diocesanas grande sofrimento e grave perda de forças vivas. Suplico a quantos de algum modo se sentiram atraídos, envolvidos e atingidos no seu íntimo por certos princípios enganadores da teologia da libertação, que se confrontem novamente com a referida Instrução, acolhendo a luz benigna que a mesma oferece de mão estendida; a todos recordo que «a regra suprema da fé [da Igreja] provém efetivamente da unidade que o Espírito estabeleceu entre a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja, numa reciprocidade tal que os três não podem subsistir de maneira independente» (João Paulo II, Enc. Fides et ratio, 55)”.