Infelizmente o aborto foi legalizado no Uruguai, pelo Governo de José Mujica, um país de maioria católica, e certamente porque os católicos deste país não se mobilizaram.
Mas, segundo a Agência Reuters, muitos médicos católicos estão honrando a sua fé e se negam a praticar o aborto, contrariando a nova lei absurda. É o mínimo que podem e devem fazer, por dever e objeção de consciência. Ninguém pode ser obrigado a matar friamente um ser humano indefeso e inocente, algo que nem mesmo as cobras venenosas o fazem.
Felizmente a lei coloca a possibilidade de que tanto os médicos, quanto os centros privados de saúde possam apelar para a “objeção de consciência” para não cumprir a norma vigente. Mas um grupo de 100 médicos apresentou um recurso ante o Poder Executivo contra o decreto que regulamentou a triste lei, alegando que não estão de acordo com o procedimento estipulado.
A oposição e a resistência corajosa desses médicos põe em risco, graças a, o cumprimento da lei que autoriza a interrupção da gravidez. Desde sua regulamentação em novembro de 2012, cerca de trinta por cento dos ginecologistas do Uruguai se negaram a realizar abortos, diante do Ministério da Saúde Pública. A Dra. Maria Lujan Chiesa disse:
“A formação que nos dá a universidade é para cuidar e salvar vidas e sabemos muitos bem que um aborto é um assassinato (…) E em nenhum caso uma gravidez é uma enfermidade”.
Um levantamento feito pelo Governo durante o primeiro mês de vigência da lei assassina, mostrou que foram feitos 200 abortos, 200 assassinatos de crianças inocentes e indefesas; um crime bárbaro cometido pelos pais e pelos médicos. As mulheres que não conseguem abortar por resistência dos ginecologistas católicos, se transferiram para outras regiões do país para realizá-los.
Sem dúvida este exemplo dos corajosos médicos uruguaios católicos é um modelo de resistência a ser seguido em todos os países cristãos onde a barbaridade do aborto for aprovada. Não resta aos cristãos outra saída senão “resistir até ao sangue na luta contra o pecado” (Hb 12,4). Assim fizeram os mártires de todos os tempos.
Prof. Felipe Aquino