‘Reunimo-nos todos no dia do sol, porque é o primeiro dia após o Sábado dos judeus, mas também o primeiro dia em que Deus, extraindo a matéria das trevas, criou o mundo e, neste mesmo dia, Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dentre os mortos’ (Apologia 1,67).
Santo Inácio de Antioquia(+107):
Aqueles que vivem segundo a ordem antiga das coisas voltaram-se para a nova esperança não mais observando o Sábado, mas sim o dia do Senhor, no qual a nossa vida é abençoada por ele e por sua morte’ (Carta aos Magnésios 9,1).
Sobre o Batismo
Didaqué – a Doutrina dos Apóstolos, n° 30:
‘Quanto ao batismo, batizai assim: depois de terdes ensinado o que precede, batizai em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, em água corrente; se não existe água corrente, batize-se em outra água. Se não puder ser em água fria, fazer em água quente. Se não tens bastante, de uma ou de outra, derrama água três vezes sobre a cabeça, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Antes do Batismo, jejuem: o que batiza, o que é batizado e outras pessoas.’
S. Ireneu (140-202):
‘Jesus veio salvar a todos os que através dele nasceram de novo [pelo batismo] de Deus: os recém-nascidos, os meninos, os jovens, os velhos’.
‘O batismo nos concede a graça do novo nascimento em Deus Pai por meio do seu Filho no Espírito Santo. Pois os que têm o Espírito de Deus são conduzidos ao Verbo, isto é, ao Filho; mas o Filho os apresenta ao Pai, e o Pai lhes concede a incorruptibilidade. Portanto, sem o Espírito Santo não é possível ver o Filho de Deus, e, sem o Filho, ninguém pode aproximar-se do Pai, pois o conhecimento do Pai é o Filho, e o conhecimento do Filho de Deus se faz pelo Espírito Santo’. (Dem. 7)
Orígenes – bispo de Alexandria (184-285):
‘A Igreja recebeu dos Apóstolos a Tradição de dar o batismo também aos recém-nascidos’. (Ep. Ad. Rom.LV, 5,9)
São Cipriano, bispo de Cartago (210-258):
‘Do batismo e da graça não devemos afastar as crianças’. (Carta a Fido)
São Gregório Nazianzeno (330-379), doutor da Igreja:
‘Sepultemo-nos com Cristo pelo Batismo, para ressuscitarmos com Ele; desçamos com Ele, para sermos elevados com Ele; subamos novamente com Ele, para sermos glorificados nele’. (Or. 40,9)
Santo Hilário (310-367):
‘Tudo o que aconteceu com Cristo dá-nos a conhecer que, depois na imersão na água, o Espírito Santo voa sobre nós do alto do Céu e que, adotados pela Voz do Pai, nos tornamos filhos de Deus’. (Mat. 2)
Tradição Apostólica de Hipólito (sec.III):
‘Batizar-se-ão em primeiro lugar as crianças, todas aquelas que podem falar por si mesmas, que falem: quanto às que não podem fazer, os pais ou alguém de sua família devem falar por elas’. (La Trad. Apostolique, ed. Botte Munster 1963, pg. 44s).
Santo Agostinho (+430):
As crianças são apresentadas para receber a graça espiritual, não tanto por aquelas que as levam nos braços (…), mas sobretudo pela sociedade universal dos santos e dos fiéis (…), é a mãe Igreja toda, que está presente nos seus santos, a agir, pois é ela inteira que os gera a todos e a cada um’ (Ep. 98,5 PL 33,362).
O Concílio de Cartago (418), que condenou o pelagianismo, rejeitou a posição ‘daqueles que negam que se devam batizar as crianças recém-nascidas do seio materno.’
‘Também os mais pequeninos que não tenham ainda podido cometer pessoalmente algum pecado, são verdadeiramente batizados para a remissão dos pecados, a fim de que, mediante a regeneração, seja purificado aquilo que eles têm de nascença’ (Cân. 2, DS,223).
Concílio de Florença (1442):
Exigiu que fosse administrado o batismo aos recém-nascidos ‘o mais depressa que se possa fazer comodamente’ (DS. 1349).
Do livro Escola da Fé Vol. I Sagrada Tradição, do Prof. Felipe Aquino