Sobre a 19ª Parada do Orgulho Gay

parada23Nota-se pela mídia uma revolta generalizada contra as manifestações asquerosas e bárbaras de alguns manifestantes na última 19ª Parada do Orgulho Gay de São Paulo. Nem mesmo Deus foi poupado. A cruz de Cristo foi profanada com a figura de uma mulher nua imitando a Sua crucificação. De maneira blasfêmica o INRI (Jesus Nazareno Rei dos Judeus, em português) no alto da Cruz de Cristo, foi substituído pela sigla LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais).

Nunca é demais lembrar o que São Paulo disse aos gálatas: “De Deus não se zomba!” (Gal 6,7). Podemos nos criticar mutuamente, mas não se pode tocar no Sagrado. Deus está acima de toda polêmica e discussão. É Deus, Perfeito, Santo, Onipotente, Pai, Amor…

É assim que os homossexuais querem ser ouvidos e respeitados? Jamais o serão. O que fica claro é que eles querem uma democracia onde somente eles possam mandar, dar ordens, enquanto os demais não podem se manifestar livremente seus valores. Não é possível exigir respeito desrespeitando. Achei interessante o comentário do jogador de futebol, Leo Moura, em seu perfil no Facebook: “Que tristeza ver essa imagem! Que Jesus tem com isso? Quanto deboche! Quanta falta de respeito, meu Deus! Tenho muitos amigos gays, adoro todos e respeito a opção de cada um, não vamos generalizar, mas desrespeitar quem “deu a vida por você”. Já passou dos limites! Muito triste isso… Onde vamos parar com isso? Quem fez isso trate de pedir perdão a Jesus…” ( #omundoestaacabando)

E também muitos Bispos, parlamentares e cristãos em geral se manifestam contra desrespeito aos símbolos sagrados por parte de grupos LGBT. Foram muitas as manifestações de repúdio por parte dos cristãos. Na noite de segunda-feira, 8, o Arcebispo da capital paulista, Cardeal Odilo Pedro Scherer, se manifestou por meio de redes sociais, comentando a banalização das imagens, exigindo o devido respeito à religião católica. O Bispo de Palmares (PE), Dom Henrique Soares da Costa, disse que para ele, é mostra de degradação social. “Só tenho pena, muita pena de uma sociedade que se degrada, de uma gente que perdeu o rumo, o sentido, os valores… Pena! Muita pena de ver aonde chegamos, aonde chegou a nossa sociedade, aonde chegaram certos homossexuais”. Dom Henrique afirma: “Ali somente se mostra o que é essa ‘cultura gay’…”. O bispo disse ainda. “Aos homossexuais que não fazem bandeira de sua orientação sexual, aos que não se degradam, mas dignamente levam adiante sua vida, pessoas entre pessoas, sem placa de orientação sexual na testa, sabendo que a sexualidade faz parte da vida, mas não é a vida toda, a esses, meu respeito e minha solidariedade! Sei que não compactuam e se envergonham da degradação que todos vimos”.

A cantora Elba Ramalho se manifestou: “As blasfêmias contra a Santa Cruz são a prova da intolerância religiosa disseminada no mundo! Uma cultura de ódio e de morte alimentada por movimentos extremistas com o aval da grande mídia, levada a extremo pelos que acreditam que liberdade é aprisionar o outro”. O Deputado Eros Biondini (PTB-MG), repudiou o uso profano de símbolos cristãos na parada gay: “Que triste! É lamentável que alguém para exigir respeito desrespeite e zombe do maior símbolo dos cristãos, a cruz de Cristo! Tenho certeza que essa cena deplorável não representa a atitude dos homossexuais que legitimamente lutam contra o preconceito e a discriminação! Instalou-se a cultura de ódio no Brasil! Eu acredito na cultura da paz, da vida e do Amor!”

No Brasil, militantes da causa LGBT querem a criminalização da homofobia, parlamentares cristãos decidiram pedir a criminalização da “Cristofobia”. Na plataforma CitizenGo foi lançada uma petição pública pedindo a criminalização do “uso pejorativo de símbolos religiosos em protestos ativista social e/ou político, pois promovem a intolerância”.

A Igreja católica ensina há dois mil anos a verdade sobre casamento do homem com a mulher, como Deus o quis, e nunca perseguiu, discriminou ou provocou quem pensa e age de modo diferente. Nunca foi e nunca será homofobica; isto é, jamais perseguiu ou fomentou a perseguição de qualquer forma aos homossexuais; apenas se limita a ensinar o que Cristo ensinou, e defende isso junto à sociedade brasileira, maciçamente cristã.
Basta ler o que diz o Catecismo da Igreja, quando fala dos homossexuais, para comprovar o que disse acima: “Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição. As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã” (n.2358-2359). Não há nada de homofóbico nisso.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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