Santo Antônio e o milagre dos peixes

“Irmãos peixes. Os homens esquecem-se de Deus. Por isso aqui estou para vos falar”, dizia Santo Antônio aos peixes ao perceber a ingratidão dos homens para com Deus…

Aos poucos foi ficando claro que a verdadeira missão de Santo Antônio estava no púlpito; tinha eloquência, amor às almas, grande poder de persuasão e uma voz boa. Irradiava santidade; dizia-se que bastava vê-lo que os pecadores caiam de joelhos. A todos os lugares que ia as multidões acorriam para ouvi-lo; hereges cátaros se convertiam e confessavam os seus pecados. Muitas vezes as igrejas eram pequenas para conter a multidão. E ele pregava nas praças públicas e nos mercados, como era comum na época.

Mas os hereges catáros não lhe davam sossego. Premeditaram uma vingança muito cruel em Rímini, na Itália. E foi essa vingança que proporcionou um dos milagres mais famosos de Santo Antônio.

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Um milagre na infância de Santo Antônio

O povo atraído pelos sermões brilhantes, corria em massa à igreja para ouvir a pregação. Os “cátaros” conseguiram afugentar os fiéis da igreja. Para isso atraíram o povo ao pecado e às festas onde não se observava nenhum princípio de moral.

Frei Antônio entrou no templo. Ficou surpreso. Nem, um fiel. Aquele templo que antes costumava ficar cheio de religiosos estava completamente vazio. Uma tristeza invadiu seu semblante. Os homens esqueciam-se de Deus.

Saindo do templo, percebendo que o povo não quis ouvir a palavra divina, preferindo seguir aos hereges, resolveu pregar aos peixes. “Estou certo de que eles me ouvirão com muito mais atenção do que esses hereges”. E tristemente afastou-se em direção ao rio Marecchia, onde ele desagua no mar Adriático, que passava próximo. Olhando as águas começou a chamar:

“Irmãos peixes. Os homens esquecem-se de Deus. Por isso aqui estou para vos falar”.

Os peixes foram surgindo, pondo a cabeça fora d’água. Só isso já era um milagre. Os peixes morrem, quando ficam muito tempo com a cabeça fora d’água. Mas eles não morreram. E ficaram ouvindo atentos, em ordem. O sol colocava reflexos estranhos naquelas cabeças de brilho metálico e molhado. Os peixes olhavam e ouviam atentos. E frei Antônio pregava. Falava de Deus. Dizia da ingratidão dos homens para com Deus.

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Algumas pessoas que passavam viram o prodígio e foram chamar as outras. Dentro em pouco, atrás de frei Antônio havia toda uma verdadeira multidão assustada, vendo esse milagre, frei Antônio falava aos peixes.

Compreendendo o significado grandioso desse episódio, os homens caíram de joelhos arrependidos.

Não foi por acaso que lhe chamaram de “Arca do Evangelho”…

Este foi mais um dos muitos dos prodígios realizados por Santo Antônio durante sua vida. Você pode conhecer outros no livro: Santo Antônio – Arca do Evangelho –

Retirado do livro: “Santo Antônio – Arca do Evangelho -”. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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