Santa Maria Madalena

Teria
nascido em Magdala ou em Betânia. Maria Madalena, Maria de Betânia e Maria pecadora, citadas no evangelho são a
mesma pessoa segundo o Papa São Gregório, o magno; grande estudioso dos santos
e criador do Calendário Gregoriano.
Durante um banquete ao qual Jesus participava, ela lavou seus pés com óleo
perfumados e em seguida os enxugou com seus próprios cabelos.
Foi exorcizada por Ele e seguiu Jesus em todo o seu caminho até o pé da cruz e
depois acompanhou o seu sepultamento e Jesus a recompensa com sua presença após
a Ressurreição: Maria estava junto do sepulcro, de fora, chorando. Enquanto
chorava se inclinou para o interior do sepulcro e viu dois anjos, vestidos de
branco, sentados no lugar onde o corpo de Jesus havia sido colocado um a sua
cabeceira e outro aos pés. Disseram então “Mulher por que choras?”
Ela respondeu: “levaram meu Senhor e não sei onde o colocaram”.
Dizendo isto se voltou e viu Jesus de pé. Mas não podia imaginar que era Jesus.
E Jesus lhe disse: “Mulher por que choras? A quem procuras?”
Pensando ser Ele o jardineiro ela respondeu: “Senhor se foste tu que O
levaste me diga onde O puseste que eu irei buscá-LO” Jesus responde :
“Maria”. Ela então O reconhece e grita em hebraico “Rabbuni!” (que quer dizer Mestre!).

É a
padroeira das cabeleireiras, estilistas de cabelos, pecadores penitentes,
prostitutas arrependidas, perfumarias, perfumistas, manicures, fabricantes de
perfumes, fabricantes de esmaltes.

Na arte
litúrgica da Igreja ela é representado segurando um alabastro de óleo.

Sua festa é
celebrada no dia 22 de julho.

Mais sobre Santa Maria Madalena:

A história
dela no primeiro século, especialmente na Igreja do Leste, é obscura com várias
lendas que seguiram a ressurreição. Assim vários  exegetas diferem de opinião particularmente
os exegetas do Leste e do Oeste ao identificar Maria Madalena.

Devido em
grande parte a influência dos escritos do 
Papa São  Gregório Magnus, a
liturgia  ocidental identifica ela a uma
mulher pecadora sem nome citada por 
Lucas (em Lc 7,36 cf; Lc 8,2) e Maria da Betânia irmã de São Lázaro e
Santa Martha (João11). Existiria também uma terceira Maria que veio de Magdala,
para a costa oeste do Mar da Galileia perto Tiberias na Judeia.

Esta
seria  a mulher a qual Jesus “teria
tirado os sete demônios” (Marcos 16:9 ;Lucas 8:2). Ela era uma das mulheres
presentes no Calvário e foi a primeira a testemunhar a ressurreição, a qual
Jesus disse para ela contar aos apóstolos.

As três
Marias (que são homenageada com três estrelas no céu e com uma usina
hidroelétrica em Minas
Gerais) são: Maria Madalena, Maria Cléofas e Maria Salomé.

Na opinião
de litúrgistas do Oriente (e a venerável opinião de Santo Ambrósio) existem
três diferentes pessoas e parece duvidoso que Maria da Bethânia e Maria a
Pecadora fossem a mesma pessoa.

Modernos
escolares duvidam que sejam a mesma 
pessoa visto a  questão das
duas  diferentes origens (Bethânia e
Magdala). Mas tem sido sugerido que se elas fossem a mesma pessoa seria muito
mais fácil explicar três irmãs adultas vivendo juntas sem os seus esposos. Se
Maria da Bethânia é a mulher pecadora (prostituta) e se seu irmão e irmã a
tomaram, para morar com eles, após ela ter-se arrependido, eles ficariam com a
reputação manchada (para a época).

Não
obstante a tradição Oriental da mulher arrependida; Maria da Bethânia e Maria
Madalena, sendo diferentes mulheres foi adotado no Calendário Romano revisado
em 1969.

Entretanto
é provável que, após o arrependimento de Maria, a Pecadora, ela teria seguido
Jesus até o fim e estaria presente a crucificação (Mt 27,56; Mc 15:40;Jo
19:25) com Joana e Maria, a mãe de Tiago e Salomé, ela descobriu o túmulo vazio
e ouviu os angélicos anúncios da ressurreição do próprio  Cristo. Ela seria a primeira pessoa a ver
Cristo e foi a primeira a ver Cristo mais tarde no mesmo dia que João conta que
o Mestre deu a ela a mensagem para entregar aos demais (Jo 20,1-18).

De acordo
com uma antiga tradição do Oriente, Maria Madalena acompanhou João e a Virgem
Maria a Efesus onde ela morreu e foi enterrada.

Um das
lendas da Idade Media diz que ela foi prometida a São João, o evangelista.
Uma outra lenda antiga no Ocidente, diz que ela viajou para Provença, França
com Marta e Lázaro e outros para evangelizar Gaul. Estas fontes dizem que ela
passou 30 anos de sua vida na caverna de La Saint-Baume nos Alpes
Marítimos e foi milagrosamente transportada, pouco antes de sua morte, para a
Capela de Saint-Maximin, onde recebeu seus últimos sacramentos e onde foi
enterrada em Aix.

Sua
relíquias são tidas com estando em vários locais, mas nenhuma foi devidamente
autenticada. São Willibald diz que viu sua tumba em Éfesus( hoje Turquia)
no  8° século Vezelay, França diz ter suas
relíquias desde o 11° século.

Na arte
litúrgica da Igreja ela é mostrada com um jarra de óleo e sempre com cabelos
longos. Entre as cenas que ela é retratada ela é mostrada:

1) Chorando
no Calvário;
2) chorando e lavando os pés de Jesus;
3) brincando com Ele em
Betania;
4)com Martha (do grande mestre Caravággio);
5) com Martha na
ressurreição de Lazaro;
6) com as duas outras Marias no túmulo de Jesus;
7)
penitente no deserto com os cabelos 
longos e sua jarra;
8) com Santa Maria do Egito e
9) com cenas do navio
naufragado na viagem dela com Lázaro e Marta a Marselha.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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