Buenos
Aires, 22 Nov. 10 / 11:12 am (ACI).-
O Arcebispo de Santa Fé de la
Vera Cruz e segundo Vice-presidente da Conferência Episcopal
Argentina, Dom José Maria Arancedo, considerou como “um pleito
injusto” e uma “confrontação gratuita” sobre problemas que
“não existem”, o projeto de lei da deputada Alicia Gutiérrez com o
objetivo de promover a retirada dos símbolos religiosos de lugares públicos.
“A presença de símbolos religiosos tem uma razão de ser na vida e na história de uma
comunidade que deverá saber ler e respeitar. Não se pode apagar a história
religiosa ou cultural de um povo em uma aparente atitude de progressismo
cultural”, recordou.
Depois de assinalar que “os momentos maiores de nossa história estiveram
marcados ou presididos por uma referência explícita e pública a Deus”, fez
insistência na Constituição Nacional que “ao mesmo tempo em que abria as
portas da Pátria nascente a ‘todos os homens do mundo que queiram habitar em
chão argentino’, não ocultava uma invocação a Deus ‘fonte de toda razão e
justiça’, e presidia esse ato solene um crucifixo, símbolo da fé cristã”.
“O justo orgulho de ser ‘berço da Constituição’, não nos deveria fazer
esquecer as raízes e razões de fé de nossas maiores da qual somos herdeiros, e
na qual crescemos. Eles não discriminaram a ninguém, pelo contrário sua fé os
tornou abertos a todos e respeitosos com todos”, assegurou.
O Arcebispo insistiu em que aos argentinos acompanha “a devoção à Virgem
de Guadalupe que foi proclamada nossa padroeira”. “Negar esta
presença é, também, um ato renhido com a pacífica, religiosa e tolerante
historia de nossa província”, precisou.
Finalmente Dom Arancedo considerou que “a ninguém pode chegar a pensar em
discriminação pela presença destas imagens que têm
uma razão de ser na comunidade”, e reclamou “maturidade histórica,
respeito social e prudência política em nossos legisladores” no tratamento
desta iniciativa.