Reprodução assistida eleva risco de anomalia genética

As técnicas de reprodução assistida aumentam
os riscos de anomalias genéticas nos bebês, segundo pesquisas publicadas na edição de janeiro do “Journal of Medical Genetics” (jmg.bmjjournals.com).

Cientistas ingleses estudaram os casos de 149 bebês afetados pela Síndrome de Wiedemann-Beckwith (SWB), transtorno do crescimento excessivo que predispõe à aparição de tumores e cuja frequência é de um caso por 13.700 nascimentos.

Os bebês que sofrem desta síndrome são muito grandes, têm defeitos no fechamento da parede abdominal, tendência à hipoglicemia, língua excessivamente grande, anomalias nos rins e risco alto de desenvolver tumores, em especial nos rins.

A SWB é resultado de falhas nos genes responsáveis pelo desenvolvimento do feto, situados na região do cromossomo 11. Em geral, o gene paterno favorece o crescimento.

De acordo com os pesquisadores, o número de crianças que apresenta esta síndrome é quatro vezes maior em bebês concebidos com ajuda de técnicas de reprodução assistida, como a fecundação in vitro (FIV) ou a injeção intracitoplasmática de esperma (ICSI), que consiste em injetar diretamente um espermatozóide no óvulo.

Seis (4%) dos 146 bebês da pesquisa foram concebidos com a ajuda de técnicas assistidas. Esse percentual deve corresponder a aproximadamente 1% da população geral, segundo Eamon Maher e Louise Brueton, de Birmingham (Inglaterra).

Mais de 43 mil bebês nasceram no Reino Unido, entre 1995 e 2000, graças a técnicas de reprodução assistida. Os autores do estudo afirmam que recentemente se deram conta também de uma “possível associação” entre
uma dessas técnicas, a ISCI, com casos de síndrome de Angelman, que afeta o desenvolvimento neurológico, ligados a uma anomalia genética parecida no nível do cromossomo 15.

“À medida que estas técnicas de reprodução se tornam mais comuns, também
se torna cada vez mais importante o acompanhamento das crianças concebidas desta forma para identificar possíveis problemas genéticos”, destacam especialistas.

France Presse, em Paris

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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