Reflexão: Evangelho de domingo (14/07/13)

images“O amor ao próximo é inseparável do amor a Deus”

Evangelho (Lc 10,25-37)

No Evangelho deste domingo somos chamados a observar a resposta de Jesus ao Mestre da Lei, quando este pergunta quem era o próximo o qual se referia a Lei do Senhor: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao teu próximo como a ti mesmo!”.

Pensemos um pouco, de acordo com a parábola contada por Jesus ao mestre da Lei, como estamos nos saindo no cumprimento do primeiro mandamento da Lei de Deus? Como estamos demonstrando o nosso amor ao próximo?

Diante da necessidade do próximo, nos encaixamos em qual dos três casos?

Será que ao ver o irmão necessitado, desviamos nosso olhar, e seguimos indiferentes o nosso caminho? Ou fazemos como o samaritano, que ao ver o irmão caído não quis saber quem era, ou porque estava no chão, simplesmente o acolheu e cuidou, pois teve compaixão?

O Catecismo da Igreja Católica nos lembra no parágrafo §1878 que, “O amor ao próximo é inseparável do amor a Deus”. Sendo assim, não podemos amar a Deus e não amar o próximo, assim como afirma São João em sua primeira carta: “Se alguém disser: Amo a Deus, mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê. Temos de Deus este mandamento: o que amar a Deus, ame também a seu irmão”. (1 Jo 4,20-21)

Podemos dizer que é até fácil amar a Deus, pois ele é infinitamente bom, só quer o nosso bem, ele não reclama se “pisamos na bola”, Ele sempre nos perdoa e nos acolhe com o coração aberto. Agora, amar o próximo exige um pouco mais de nós, é necessário que saiamos do conforto do nosso “eu” para ir ao encontro do próximo. É preciso, muitas vezes, exercitar o perdão, a compreensão, o diálogo, a paciência, a atenção… o deixar de pensar nas próprias necessidades para pensar na necessidade do irmão.

Vemos que hoje neste mundo que promove cada vez mais o individualismo e o egocentrismo, vai ficando cada vez mais difícil de encontramos samaritanos. Por isso, ressaltamos aqui a importância da autêntica vivência da fé.

É claro, que algumas pessoas são mais difíceis de amar do que outras. Por inúmeros motivos. Mas temos que acreditar que o que é limitado para o amor humano, o amor divino alcança, ou seja, se humanamente eu não consigo amar alguém que me fez mal, por exemplo, o amor de Deus que existe em mim, pela fé, me ajudará a amá-lo.

Que neste dia, a exemplo de São Camilo de Léllis, que estudou, foi ordenado sacerdote, e vendo a realidade dos peregrinos de Roma, que não tinham uma assistência médica digna, foi brotando nele o carisma de servir a Cristo na pessoa do doente, do peregrino. E muitos se juntaram a ele nessa obra, pois em cada sofredor está a presença do Crucificado, possamos ter a coragem de agir como o samaritano do Evangelho de hoje, que soube “fazer o bem, sem olhar a quem”.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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