Santa Teresinha, doutora da Igreja, dizia: “É acima de tudo o Evangelho que me ocupa durante as minhas orações; nele encontro tudo que me é necessário para a minha pobre alma. Descubro nele sempre novas luzes, sentidos escondidos e misteriosos”.
A Igreja, depois de examinar todas as coisas, com todo o rigor que lhe é peculiar, não tem dúvida de nos apresentar os Evangelhos como rigorosamente históricos. A Constituição apostólica Dei Verbum, do Vaticano II, diz;
“A santa Mãe Igreja, segundo a fé apostólica, tem como sagrados e canônicos os livros completos tanto do Antigo como do Novo Testamento, com todas as suas partes, porque, escritos sob a inspiração do Espírito Santo, eles têm Deus como Autor e nesta sua qualidade foram confiados à Igreja” (DV,11).
O Catecismo da Igreja afirma com toda a segurança:
“A Igreja defende firmemente que os quatro Evangelhos, cuja historicidade afirma sem exitação, transmitem fielmente aquilo que Jesus, Filho de Deus, ao viver entre os homens, realmente fez e ensinou para a eterna salvação deles, até ao dia que foi elevado”(§ 126).
Os Evangelhos narram cerca de 40 grandes milagres de Jesus, sem contar os que não foram escritos. Provou que era Deus!
Mas a crítica Racionalista dos últimos séculos empreendeu com grande ardor o estudo crítico dos Evangelhos, com a sede maldosa de destruí-los.
A que conclusão chegaram esses racionalistas, materialistas, que empreenderam, com o mais profundo rigor da Ciência, cujo deus era a Razão, a análise sobre a autenticidade histórica dos Evangelhos?
Empregando os “métodos das citações”, “das traduções”, “o método polêmico”, e outros, tentando desmascarar a “farsa” dos Evangelhos, chegaram à conclusão exatamente oposta a seus desejos e, por coerência científica, tiveram que afirmar como Renan, racionalista da França, na sua obra “Vie de Jesus”:
“Em suma, admito como autênticos os quatro Evangelhos canônicos”.
Harnack, racionalista alemão, foi obrigado a afirmar:
“O caráter absolutamente único dos Evangelhos é, hoje em dia, universalmente reconhecido pela crítica” (Jesus Cristo é Deus ? José Antonio de Laburu, ed. Loyola, pág. 55).
Streeter, grande crítico inglês afirmou que:
“Os Evangelhos são, pela análise crítica, os que detém a mais privilegiada posição que existe”( idem).
Os mais exigentes críticos do século XIX, Hort e Westcott, foram obrigados a afirmar:
“As sete oitavas partes do conteúdo verbal do Novo Testamento não admitem dúvida alguma. A última parte consiste, preliminarmente, em modificações na ordem das palavras ou em variantes sem significação. De fato, as variantes que atingem a substância do texto são tão poucas, que podem ser avaliadas em menos da milésima parte do texto” (idem pág. 56).
Finalmente os racionalistas tiveram que reconhecer a veracidade histórica, científica, dos Evangelhos:
“Trabalhamos 50 anos febrilmente para extrair pedras da cantaria que sirvam de pedestal à Igreja Católica?” (ibidem).
Enfim, os inimigos da fé, quiseram destruir os Evangelhos, e acabaram reconhecendo-os como os Livros mais autênticos, segundo a própria crítica racionalista.
Prof. Felipe Aquino