Que triste notícia!

aborto)Como se não bastasse a decisão da primeira turma do STF que considerou que não é crime o aborto cometido até o terceiro mês de gravidez no julgamento de um certo processo de Habeas Corpus, o que muito nos entristeceu, agora um programa de ampla divulgação acaba de apresentar uma reportagem unilateral, forçada e tendenciosa, claramente direcionada a induzir à aprovação do aborto no Brasil, na tentativa de influenciar a opinião do público com “meias-verdades”. Isso é triste!

O Padre José Eduardo em sua página no Facebook analisou os dados publicados na reportagem e os comparou com outras fontes e veja só a que conclusão chegou:

“Se 500 mil mulheres praticassem o aborto clandestino no Brasil, deveríamos ter, segundo as mais recentes pesquisas (para as quais apenas metade das mulheres que praticam o aborto clandestino fazem a curetagem), pelo menos 250 mil curetagens ao ano pelo SUS, apenas por motivos de aborto provocado. Ora, como segundo a maior parte dos médicos, apenas 1/4 das curetagens (no máximo) seriam de mulheres que praticaram o aborto provocado, logo, o número total de curetagens deveria chegar a 1 milhão por ano.

Acontece que, no SUS, há apenas cerca de 200 mil curetagens ao ano, número que está caindo cada vez mais (10% ao ano, segundo dados do próprio dataSUS).

Ora, se segundo os médicos, 1/4 das curetagens se deve ao aborto provocado, teríamos 50 mil internações por esse motivo; porém, se de cada duas mulheres que pratica o aborto uma deve se submeter à curetagem, chegamos ao resultado de 100 MIL ABORTOS AO ANO!

Em outras palavras, o quadro é exatamente o contrário daquele apresentado pela reportagem do Fantástico.

Ademais, é uma mentira que o número de abortos cai quando este é aprovado. A realidade é absolutamente inversa: nos países que legalizaram o aborto, se faz pelo menos cinco vezes mais abortos que no Brasil!

Por exemplo, nos EUA se fazem 800 mil abortos por ano, enquanto que, no Brasil, se fazem 100 mil. No Reino Unido, que tem 50 milhões de habitantes, se fazem 120 mil abortos; se tivessem 200 milhões de habitantes, como no Brasil, fariam 500 mil abortos, que é 5 vezes o número de abortos no Brasil. Na Espanha, a população é de 40 milhões de habitantes, e se praticam 120 mil abortos; ou seja, 5 vezes mais que no Brasil. Na Suécia, há 10 milhões de habitantes, e se praticam 40 mil abortos; ou seja, se tivessem 200 milhões de habitantes, fariam 800 mil abortos, 8 vezes mais que no Brasil.

Desde a legalização, na Suécia, o número de abortos cresceu 5.500%, e, na Espanha, subiu 600%, nos EUA subiu 700%, ENQUANTO NO BRASIL ESTÁ DIMINUINDO.

Mesmo nessa alegada pesquisa, a idade das mulheres é de até 40 anos, ou seja, inclui aquelas que teriam praticado o aborto há 20 anos atrás, quando a aprovação da prática era muito maior no Brasil. Não esqueçam que, em todas as pesquisas realizadas desde 1994, a aprovação à legalização do aborto, bem como a sua prática, está diminuindo vertiginosamente no Brasil (de acordo com os números do dataSUS, 10% ao ano).

Se nos restringirmos aos dados de hoje, os números são os seguintes: existem 2,8 milhões de partos ao ano e apenas 100 mil abortos. Isso significa que, para cada 28 mulheres que tem um bebê, apenas 1 pratica o aborto. E este número está diminuindo ano após ano!!! Esta é a realidade presente, não a de 20 anos atrás, justamente porque o aborto não foi legalizado e o grau de consciência das pessoas está cada vez maior!”

Confira o texto na íntegra:

https://www.facebook.com/jose.eduardo.7792/posts/1485290758149601

Em uma nota publicada recentemente a CNBB rechaçou a forma com que o aborto foi tratado num julgamento de Habeas Corpus, no STF , expondo sua posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural (cf. Constituição Federal, art. 1°, III; 3°, IV e 5°, caput). Além disso, pediu que nossas comunidades rezem e se manifestem publicamente em defesa da vida humana, desde a sua concepção.

(http://br.radiovaticana.va/news/2016/12/01/cnbb_emite_nota_ap%C3%B3s_decis%C3%A3o_do_stf_criminalizar_1_ab/1276194)

Ora, este é o momento dos cristãos defenderem a bandeira da vida. É preciso aprendermos a defender nossos valores e nossa fé. Não podemos deixar que uma minoria manipule a maioria do nosso país. O grande Martin Luther King já dizia “O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética… O que me preocupa é o silêncio dos bons.”

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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