Por que São José é modelo para os trabalhadores?

Os proletários então, os operários e todos os de humilde condição, devem, por um título que lhes é próprio, recorrer a São José e dele aprender o que tem a fazer. Pois ele, embora de régia estirpe, unido em matrimônio com a mais santa e excelsa entre as mulheres, e pai adotivo do Filho de Deus, passou contudo a vida no trabalho e, com seu trabalho e arte, obteve o necessário ao sustento dos seus.

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São José Operário, modelo de vida para o trabalhador

Qual a vontade de Deus para o trabalhador?

Oração dos trabalhadores a São José

Bem considerando, não é objetiva a condição dos que vivem em humilde estado; e o trabalho do operário, longe de desonrar, pode ao contrário, quando unido às virtudes, enobrecer amplamente. José, satisfeito com o pouco e com o seu, suportou, de ânimo forte e elevado, as privações e dificuldades inseparáveis da paupérrima vida, a exemplo de seu filho que, senhor de todas as coisas, assumindo as aparências de servo, voluntariamente abraçou uma extrema pobreza e penúria de tudo.

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A estas considerações, os pobres e todos quantos ganham a vida com o trabalho das próprias mãos devem erguer a alma e pensar e sentir justamente. Se é verdade que a justiça lhes consente poder libertar-se da indigência e elevar-se a melhor condição, nem a razão, nem a justiça lhes permite subverter a ordem estabelecida pela providência de Deus. Antes, o chegar a cometer violências e fazer tentativas com rebeliões e tumultos, é um partido inconsiderado, que o mais das vezes agrava os mesmos males cuja diminuição se desejava. Por isso, querendo os proletários agir com juízo, não coloquem suas esperanças nas promessas de sediciosos, mas no exemplo e no patrocínio do bem-aventurado José, como na materna caridade da Igreja, que tanto se interessa por sua condição.

Papa Leão XIII – Encíclica “Quamquam Pluries”

Retirado do livro: “O Glorioso São José”. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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