Por que os jovens vão à JMJ?

Para encontrar a Cristo, numa experiência única, afirma cardeal Scherer

ROMA, quarta-feira, 17 de agosto de 2011 (ZENIT.org) – Por que os jovens vão à Jornada Mundial da Juventude? – pergunta o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer.

“Por quem vão? Vão para se encontrar, é verdade, mas poderiam fazer isso também em seus países. Vão para conhecer a Espanha e fazer turismo?”

“Certamente – prossegue o cardeal -, aproveitarão os dias também para absorver algo da imensa riqueza cultural e turística da Espanha.”

“Mas o programa intenso e todo organizado, com métodos e objetivos já estabelecidos, não será propriamente turístico. Vão para encontrar o papa Bento 16? Sim, vão ter encontros marcantes com ele; mas para isso poderiam ir também a Roma…”

“Para quê os jovens vão à Espanha?” – insiste o arcebispo, em artigo publicado na edição desta semana do jornal O São Paulo. Eles “vão para encontrar a Cristo, numa experiência única, juvenil, universal, verdadeiramente ‘católica'”.

“O papa os convida para esse encontro com Cristo e lhes falará da alegria e da beleza desse encontro transformador; e os exortará a serem fortes na fé num tempo difícil para quem quer crer; a lançarem raízes profundas em Cristo e no seu Evangelho, como plantas que buscam firmar-se para não serem derrubadas pelos ventos e para poderem tirar do profundo da terra os nutrientes de que precisam para viver e produzir frutos.”

Segundo o arcebispo de São Paulo, o Papa convidará os jovens “também a edificarem sua vida sobre a base sólida de Cristo e do reino de Deus, para que sua casa não venha a cair durante as inevitáveis tempestades da vida.”

“E os jovens farão a experiência do encontro e do convívio na mesma Igreja, na riqueza de sua diversidade, mas também na unidade de sua fé e de sua referência a Jesus Cristo, Salvador da humanidade.”

Dom Odilo considera que será “uma verdadeira amostra da globalização, que se faz a partir de experiências comuns, de uma linguagem comum e de valores compartilhados”.

Ele recorda que a Igreja de Cristo, de fato, desde seu início, “tem a missão de ‘ir a todos os povos’, de realizar esta globalização positiva e de reunir todos os povos num único Povo de Deus, família de irmãos convocada e conduzida por Jesus Cristo, ‘caminho, verdade e vida’, na direção da ‘casa do Pai'”.

A Igreja “tem essa vocação profética de unir os homens de todas as raças, povos, nações e línguas e de ser, já neste mundo, o anúncio e o início da nova humanidade, reconciliada e unida no amor, vivendo em paz, todos como irmãos, valorizando-se e respeitando-se uns aos outros”.

“Será uma experiência de poucos dias, talvez vivida pelos jovens como um sonho, mas será um anúncio daquilo que Deus deseja para toda a humanidade. Que bom que isso acontece com os jovens, que são ‘o rosto jovem’ da Igreja de Cristo!”, afirma o arcebispo.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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