Por que morre a planta do amor?

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Se uma planta ficar sem água, adubo e sol, morre. Da mesma forma o amor de um casal.

Muitos se esquecem de cuidar do amor conjugal; e por isso, a vida matrimonial cai numa triste monotonia que às vezes termina em separação. A planta do amor precisa ser regada diariamente: uma palavra de carinho a cada dia de um para o outro; não precisa ser poesia bonita ou música romântica, basta ser um simples elogio.

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Os terapeutas conjugais dizem que a displicência com os estranhos pode ser até tolerada, mas não com o cônjuge; afinal foi ele ou ela que você escolheu para ser “seu amor”, “seu bem”. Às vezes tratamos com toda delicadeza e carinho a secretária, os clientes, o chefe, mas não o marido ou a esposa; é uma incoerência brutal. Que tal um jantar fora, um sorvete na praça, uma caminhada no bosque, uma visita ao shopping, uma missa na igreja?…

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O amor que se esforça

Os terapeutas pedem que marido e mulher não gritem um com ou outro, pois gritar ofende, machuca, fere a alma e nada resolve. Se gritar resolvesse o porco não morreria na mão do açougueiro. Não use a razão da força, mas a força da razão. Não desenterre os erros do passado do outro, quando você está com raiva dele; isso seria o mesmo que pisotear a planta do amor. Quando um estiver irritado e nervoso, que o outro – por amor, não por covardia – se mantenha calmo, para salvar a paz. Evitem as uma discussões, aprendam a dialogar, que é bem diferente.

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Muito cuidado ao chamar a atenção do outro; ninguém gosta de ser corrigido, dói no ego. Só faça isso se for inevitável; e nunca na frente dos outros; e muito cuidado com as palavras que usa, elas ferem mais que uma espada afiada. Que tal lembrar ao outro uma qualidade dele, antes de apontar um erro; funciona como um anestésico antes do corte.

É só na privacidade do quarto que o casal deve se corrigir. Jamais dormirem brigados, senão o dia seguinte amanhecerá azedo. Quando você cometer um erro, seja honesto e coerente, entenda que não há outra saída nobre senão aceitar o erro e pedir perdão. A humildade derruba muros de separação. E, sobretudo, entenda que “quando um não quer dois não brigam”. Ame seu casamento, seu lar, seus filhos, cuide deles. Cuide da planta do amor. E não se esqueça que foi Deus quem o uniu sob um juramento de amor e de fidelidade.

Prof. Felipe Aquino

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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