Por que Deus criou o mundo?

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O nosso Catecismo afirma, no primeiro parágrafo, que Deus nos criou por amor, para participarmos de sua vida bem aventurada; ou seja, de sua felicidade plena. Esse é o belo sentido de nossa vida. Quem não entende isso nunca poderá se realizar plenamente porque não entende o objetivo da vida. Não fomos feitos apenas para trabalhar, estudar, procriar, etc.; não, fomos criados para muito mais, para Deus. Não aceite menos.

“O mundo foi criado para a glória de Deus”, disse o Concílio Vaticano I, e o grande São Boaventura (†1274), bispo e doutor da Igreja, explica que “Deus criou todas as coisas, não para aumentar a sua glória – que já é infinita – mas para manifestar e comunicar a sua glória”. Deus criou tudo por bondade e amor. São Tomás de Aquino disse que “aberta a mão pela chave do amor, as criaturas surgiram”. Deus não criou o mundo para aumentar a sua felicidade – ela é infinita – mas para manifestar sua perfeição por meio das criaturas corporais (mineral, vegetal, animal, homem) e espirituais (anjos).

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Mas, de todas as criaturas terrenas “o homem é a glória de Deus”, disse Santo Irineu (†200); só nós somos criados à “imagem e semelhança de Deus”. Deus olhou para Ele mesmo para nos criar; por isso temos um valor imenso aos olhos de Deus. Tanto valor que o Filho único de Deus morreu por nós na cruz de maneira horrivelmente dolorosa.

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A obra de Deus na criação – Sl 18

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Um conferencista, numa palestra, tomou uma nota de 100 dólares e perguntou à plateia: – quem quer esta nota de 100 dólares? Muitas mãos se levantaram. Em seguida pegou a nota amassou-a e jogou – a no chão. E tornou a perguntar: – quem de vocês ainda quer esta nota amassada? As mãos continuaram erguidas. Mais uma vez, tomou a nota amassada, jogou-a no chão e pisoteou-a; e perguntou novamente: – quem de vocês ainda quer esta nota amassada, suja e pisoteada? Todas as mãos continuaram levantadas ainda. Então o conferencista perguntou: – por que vocês ainda querem esta nota tão judiada? Alguém lhe respondeu: – porque ela não perdeu o seu valor. Se o dinheiro, algo material, não perde o seu valor, mesmo amassado e pisado, você, muito menos perde o seu valor quando a vida o joga no chão. O seu valor está em sua “alma” e ninguém pode destruí-lo. Mesmo com os erros que você já cometeu, mesmo com as incompreensões dos outros, ou com as injustiças que você sofreu, seu valor permanece o mesmo diante de Deus, pois sua alma continua a ser sua “imagem e semelhança”, a glória do Criador. Por isso Deus nunca desiste de nós, mesmo que a gente desista Dele. Só você mesmo pode tirar e desprezar o valor que você tem.

Prof. Felipe Aquino

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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