Pe. Pizzaballa: medo de sofrer é obstáculo para paz

Jornada
Internacional de Intercessão pela Paz na Terra Santa

ROMA,
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011 (ZENIT.org) – O caminho da paz é permeado de esperança e de
orações, mas também de sofrimento e esforço. É o que diz a mensagem enviada
pelo padre Pierbattista Pizzaballa, O.F.M., custódio da Terra Santa, às
vésperas da Terceira Jornada Internacional de Intercessão pela Paz na Terra
Santa, que acontece nos próximos 29 e 30 de janeiro.

A
iniciativa de oração nasceu de associações católicas juvenis, que prevêem para
esta edição a adesão simultânea de duas mil cidades de todo o mundo. O evento é
auspiciado pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz.

A jornada de
oração coincidirá com a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos de
Jerusalém, no sábado, 29 de janeiro, das 5 às 6 da tarde, horário da Terra
Santa.

“A paz
habita no coração do homem como almejo e desejo do futuro”, escreve o custódio
da Terra Santa, “e é por isso que a nossa responsabilidade pela paz nos
impulsiona, cada vez mais, a buscar na oração o lugar onde aprender a
encontrá-la, realizando obras de justiça, esperando-a na observação dos sinais
dos tempos, e a saber acolhê-la na humildade da verdade”.

Lembrando
as palavras de Bento XVI, o padre Pizzaballa afirma que “trata-se de esperar de
Deus o que é só dele (o dom) e de explorar, com seriedade, constância
e dedicação, o que é nosso dever, levando em consideração que ao nosso
esforço pertencem os binômios de agir e sofrer, da atividade e da
paciência, do cansaço e da alegria”.

“Agir e
sofrer: considerando inseparável este binômio, descobrimos o quanto o nosso
imobilismo não depende tanto da nossa boa vontade de ‘fazer’ como do nosso medo
de sofrer pela paz”.

“Atividade
e paciência: ficamos impacientes, decepcionados, porque o nosso esforço não
produz o fruto esperado num tempo curto. Cansaço e alegria: é tão difícil
ficarmos contentes no cansaço! É como vislumbrar a felicidade atrás de tantas
situações de violência que parecem rir do nosso esforço fatigado! Precisamos de
um suplemento de esperança”.

“Os
cristãos da Terra Santa”, prossegue o religioso, “estão chamados a crer e
esperar uma paz delicada e frágil, como os brotos que surgem graças ao dom da
chuva, como os gestos de reconciliação ocultos mas capazes de sustentar toda
boa vontade, de criar esperanças de futuro, fundamento de um mundo novo que já,
agora, podemos chamar de nosso, se deixarmos a oração transformar o nosso
coração”.

O padre
Pizzaballa tem a esperança de que esta iniciativa “seja um abraço a todos os
nossos cristãos que estão vivendo um período de grande tribulação e de
martírio”.

“Seja para
eles, esta unânime intercessão, um gesto de fraternidade dos cristãos de todo o
mundo, e ressoe no seu coração sofrido a solicitude do anjo que levou o anúncio
aos pastores: Não tenhais medo!”, concluiu.

A lista dos
lugares de todo o mundo nos quais participar desta iniciativa pela paz será
divulgada no dia 25.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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