Papa Francisco incentiva a olhar além dos erros dos outros

PapaFrancisco100416_1Segundo o site ACI Digital (30/10/2016), durante o comentário sobre o Evangelho do dia, antes da oração do Ângelus dominical na Praça de São Pedro, o Papa Francisco convidou os fiéis fazer como Jesus com o publicano Zaqueu: olhar o bem que todas as pessoas têm em seu interior para lançá-lo para fora, não ficando apenas nos pecados.

“Às vezes nós buscamos corrigir ou converter um pecador repreendendo-o, reforçando seus erros e o seu comportamento injusto. A atitude de Jesus com Zaqueu nos indica outro caminho: de mostrar a quem erra o seu valor, aquele valor que Deus continua vendo não obstante tudo”, explicou.

O Pontífice assegurou que este comportamento “pode ??provocar uma surpresa positiva”, já que “comove o coração e leva a pessoa a tirar o bem que tem em seu interior”.

Dessa maneira, outorga-se às pessoas “a confiança que as faz crescer e mudar. Assim se comporta Deus conosco: não fica preso no nosso pecado, mas o supera com o amor e nos faz sentir a saudade do bem”.

“Todos sentimos esta saudade do bem depois de um erro”, afirmou o Santo Padre. “Assim faz nosso Pai Deus, assim faz Jesus. Não existe uma pessoa que não tenha algo de bom. E isso é o que Deus olha para tirá-lo do mal”.

Em seu ensinamento, Francisco recordou como Zaqueu, marginalizado por sua comunidade por ser colaborador dos invasores romanos e por ter enriquecido com os impostos do povo, subiu em uma árvore para ver Jesus passar.

“Quando chega perto da árvore, Jesus olha para cima e lhe diz: ‘ Zaqueu, desce depressa, hoje devo ficar na tua casa’. Podemos imaginar o estupor de Zaqueu!”. O Papa se perguntou: “Mas por que Jesus diz devo ficar na tua casa?’. De que dever se trata?”.

“Sabemos que o seu dever supremo é aplicar o plano do Pai para a humanidade, que se realiza em Jerusalém, na sua condenação e morte, com a crucificação e, no terceiro dia, a ressurreição. É o desenho de salvação da misericórdia do Pai. E neste desenho há também a salvação de Zaqueu, um homem desonesto e desprezado por todos e, por isso, necessitado de conversão”.

O Papa recordou como, depois deste gesto de Jesus, o Evangelho diz que todos murmuraram: “Ele foi se hospedar na casa de um pecador!’. Se Jesus tivesse dito: ‘Desce tu, explorador, explorador do povo! Venha falar comigo, vamos acertar as contas!’. Certamente, o povo teria aplaudido. Mas aqui, começaram a murmurar: ‘Jesus vai na casa dele, do pecador, do explorador’”.

“Jesus, guiados pela misericórdia, buscava justamente ele. Quando entra na casa de Zaqueu diz: ‘Hoje, a salvação entrou nesta casa, porque também este homem é um filho de Abraão. O Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido’. O olhar de Jesus vai além dos pecados e dos preconceitos. Isto é importante! Devemos aprender isso”, ressaltou.

“O olhar de Jesus vai além dos pecados e dos preconceitos, vê a pessoa com os olhos de Deus, que não se detém no mal passado, mas entrevê o bem o futuro. Jesus não se resigna aos fechamentos, mas sempre abre novos espaços de vida. Não se detém nas aparências, mas olha para o coração. E, aqui olhou para um coração ferido, deste homem ferido pelo pecado, pela cobiça, de tantas coisas feias que Zaqueu tinha feito. E olha aquele coração ferido e vai além”.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/papa-francisco-incentiva-a-olhar-alem-dos-erros-dos-outros-77444/

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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