Os efeitos do Sacramento da unção dos enfermos

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O Catecismo da Igreja no §1532 explica os efeitos importantes da Unção dos Enfermos para o enfermo que o recebe. Este Sacramento traz uma graça especial.

1. A união do doente com a paixão de Cristo, para o seu bem e o bem de toda a Igreja. O Sacramento dá ao doente a oportunidade de “sofrer na fé” e com méritos diante de Deus, unindo o seu sofrimento com o de Cristo que padeceu pela humanidade. Pela graça deste Sacramento, o enfermo recebe a força e o dom de unir-se mais intimamente à paixão de Cristo: de certa forma ele é consagrado para produzir fruto pela configuração à paixão redentora do Salvador. O sofrimento, sequela do pecado original, recebe um sentido novo: torna-se participação na obra salvífica de Jesus.

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Perguntas e respostas sobre o sacramento da Unção dos Enfermos

Quando receber o Sacramento: Unção dos Enfermos?

De que forma atua a Unção dos Enfermos?

A Unção dos Enfermos é também uma graça para a Igreja, porque os enfermos que recebem este Sacramento, “associando-se livremente à paixão e à morte de Cristo”, “contribuem para o bem do povo de Deus” (LG 11). Ao celebrar este sacramento, a Igreja, na Comunhão dos Santos, intercede pelo bem do enfermo. E o enfermo, por sua vez, pela graça deste sacramento, contribui para a santificação da Igreja e para o bem de todos os homens pelos quais a Igreja sofre e se oferece, por Cristo, a Deus Pai.

2. O reconforto, a paz e a coragem para suportar cristãmente os sofrimentos da doença ou da velhice; desta forma o doente, pela graça do Sacramento, sofre sem revolta e com esperança e paz. Isto é um dom particular do Espírito Santo ligado ao Sacramento, para ajudar o enfermo a vencer as dificuldades próprias ao estado de enfermidade grave ou à fragilidade da velhice. Esta graça renova a confiança e a fé do enfermo em Deus e o fortalece contra as tentações do maligno, tentação de desânimo e de medo da morte (cf. Hb 2,15). Esta assistência do Senhor pela força de seu Espírito leva o enfermo à cura da alma, mas também à do corpo, se for esta a vontade de Deus, como ensinou o Concilio de Florença (DS 1325). Além disso, “se ele cometeu pecados, eles lhe serão perdoados” (Tg 5, 15; Conc. Trento, DS 1717).

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3. O perdão dos pecados, se o doente não pode obtê-lo pelo Sacramento da Penitência. Portanto, é preciso que se ofereça ao doente grave, a Confissão, antes da Unção dos Enfermos.

4. O restabelecimento da saúde se isto convier à salvação espiritual do doente. O Sacramento visa acima de tudo a cura do doente se isto for o melhor para ele.

5. Preparação para a passagem para a vida eterna. Se for o desígnio de Deus que a pessoa morra, então o Sacramento o preparará para morrer em paz e na confiança em Deus. Se o sacramento dos Enfermos é concedido a todos que sofrem de doenças e enfermidades graves, com mais razão ainda cabe aos que estão às portas da morte (Conc. Trento, DS 1698).

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A Unção dos Enfermos conforma nossa vontade com a Morte e Ressurreição de Cristo. É a última das unções e graças que acompanham toda vida cristã: a do Batismo, que nos deu a nova vida; a da Confirmação, que nos fortificou para o combate desta vida. Esta última Unção fortalece o fim de nossa vida terrestre para enfrentar as últimas lutas antes da entrada na casa do Pai.

A Igreja enfatiza que a Unção dos Enfermos “não é um Sacramento só daqueles que se encontram às portas da morte. Portanto, tempo oportuno para receber a Unção dos Enfermos é certamente o momento em que o fiel começa a correr perigo de morte por motivo de doença, debilitação física ou velhice” (SC 73; cf. CDC, cân. 1004; 1005;1007).

Prof. Felipe Aquino

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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