Orar sempre e orar bem

rezarcruz

Veja o que nos ensina São Pedro J. Eymard sobre a oração

“Oportet orare et num quam deficere” – É necessário orar e nunca deixar de orar (Lc 18,1).

A oração, a oração contínua, ou melhor, o hábito da oração, é indispensável a todo cristão. É-nos concedida a sua graça no Batismo, sendo o próprio Espírito Santo que nos faz chamar a Deus; “Pai! Pai!” (Rm 8,15).

É um dom, uma graça, uma força de que todos gozam.

Nada podemos fazer de bom, nenhuma virtude podemos praticar sem a oração, que nos obtém a graça necessária.

A oração é o alicerce de todas as virtudes, e a própria fé, princípio da justiça, é o exercício da oração.

Leia também: Orar sem Cessar

5 maneiras de reativar sua vida de oração

O inimigo da vida de oração

A importância da oração

O que é “orar sempre”?

O poder da Oração

Eis por que o Profeta agradecia a Deus deixar-lhe, no meio de seus desfalecimentos, de suas tribulações e quedas, a faculdade de orar, e exclamava: “Bendito seja o Senhor Deus, que não me privou da oração e de sua misericórdia” (Sl 65, 20).

É que ele compreendia a importância da oração, e que orar é possuir o Coração de Deus e a salvação da alma.

“Não sei rezar, dizem muitas almas, e, se recebi no Batismo o dom da oração, dele não sei utilizar-me”.

Este pretexto encobre muita ilusão. A oração não é uma montanha a escalar; é coisa muito mais simples. Orai, por conseguinte, com a vossa graça do momento, vossa graça de estado; apresentai-vos tal qual sois, empregai os pequenos meios de que dispondes, as faculdades vossas, como Nosso Senhor vo-las concedeu.

Assista também: A Prática da oração

Há diversas formas de orar? Quais são?

Pode-se orar em qualquer lugar?

O orgulho nos quer persuadir de que somos nós que devemos rezar, e eis por que pensamos ser necessário devemos rezar, e eis por que pensamos ser necessário empregar esforços extraordinários, como se a oração devesse proceder naturalmente de nosso espírito e de nosso coração. É o próprio Espírito Santo que deseja rezar em nós. Somos incapazes, por nós mesmos, mas o Espírito de Jesus Cristo, que habita em nós, quer ajudar nossas fraquezas e orar por seus gemidos inenarráveis (cf. Rm 8,26). Deixemos portanto este Espírito de Amor falar e rezar em nós; a oração que procede d’Ele é a verdadeira e boa oração do coração, que penetra os céus e tudo obtém!

Fazer silêncio, destruir o obstáculo que impede o Espírito Santo de orar em nós e nos unirmos à sua prece – eis o exercício e a virtude da oração.

Retirado do livro: “Flores da Eucaristia”.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
Adicionar a favoritos link permanente.