Obras e Orações Indulgenciadas – Parte 2

 22. Eis – me aqui, ó bom e
dulcíssimo Jesus

Eis – me aqui, ó bom e
dulcíssimo Jesus ! De joelhos me prosto em vossa presença e vos suplico com
todo o fervor de minha alma que vos digneis gravar no meu coração os mais vivos
sentimentos de fé, esperança e caridade, verdadeiro arrependimento de meus
pecados e firme propósito de emenda, enquanto vou considerando com vivo afeto e
dor as vossas cinco chagas, tendo diante dos olhos aquilo que o profeta Davi já
nos fazia dizer, ó bom Jesus: “Transpassaram minhas mãos e meus pés e contaram
todos os meus ossos” (SI 21,17; cf. Miss. Rom., ação de graças depois da
missa).

Concede-se indulgência
plenária, nas sextas-feiras da Quaresma, ao fiel que recitar piedosamente esta
oração, diante de uma imagem de crucificado, depois da comunhão; e indulgência
parcial nos outros dias do ano.

23. Congresso eucarístico

Concede-se indulgência
plenária ao fiel que participar com devoção do solene rito que costuma encerrar
o congresso.

24. Ouvi-nos

Ouvi-nos, Senhor santo, Pai
todo-poderoso, Deus eterno, e dignai-vos mandar do céu o vosso santo anjo, para
que ele guarde, assista, proteja, visite e defenda todos os que moram nesta
casa. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Indulgência parcial.

25. Exercícios espirituais

Concede-se indulgência
plenária ao fiel que faz os exercícios espirituais ao menos por três dias.

26. Dulcíssimo Jesus
(Ato de reparação)

Dulcíssimo Jesus, cuja
infinita caridade para com os homens é por eles tão ingratamente correspondida
com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados na vossa
presença, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade
tão insensata e das nefandas injúrias com que é, de toda a parte, alvejado o
vosso amoríssimo Coração.

Reconhecendo, porém, com a
mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas
indignidades, para nós, em primeiro lugar imploramos a vossa misericórdia,
prontos a expiar não só as próprias culpas, senão também as daqueles que,
errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não
vos querendo como pastor e guia, ou, conculcando as promessas do batismo,
sacudiram o suavíssimo jugo da vossa santa lei.

De todos estes tão
deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas,
particularmente, da licença dos costumes e modéstias do vestido, de tantos
laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das
execrandas blasfêmias contra vós e vossos Santos, dos insultos ao vosso Vigário,
e a todo o vosso Clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do
Sacramento do divino amor, e, enfim, dos atentados e rebeldias das nações
contra os direitos e, o magistério da vossa Igreja.

Oh! se pudéssemos lavar, com
o próprio sangue, tantas iniqüidades!

Entretanto, para reparar a
honra divina ultrajada, vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da
Virgem Mãe, de todos os Santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação,
que vós oferecestes ao Eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar,
todos os dias, sobre nossos altares.

Ajudai-nos, Senhor, com o
auxílio da vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a
viveza da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e
caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nosso
próximo, impedir, por todos os meios, novas injúrias de vossa divina Majestade
e atrair ao vosso serviço o maior número de almas possíveis.

Recebei, ó benigníssimo
Jesus, pelas mãos de Maria santíssima reparadora, a espontânea homenagem deste
nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes, até
a morte, no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para
que possamos chegar todos à pátria bem-aventurada, onde vós com o Pai e o
Espírito Santo viveis e reinais, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

Concede-se indulgência
parcial ao fiel que recitar esse ato de reparação piedosamente, e indulgência
plenária se o ato se recitar publicamente na solenidade do Sagrado Coração de
Jesus.

27. Dulcíssimo Jesus,
Redentor

(Ato de consagração do
gênero humano a Jesus Cristo Rei)

Dulcíssimo Jesus, Redentor
do gênero humano, lançai sobre nós que humildemente estamos prostrados na vossa
presença os vossos olhares, Nós somos e queremos ser vossos; a fim de podermos
viver mais intimamente unidos a vós, cada um de nós se consagra,
espontaneamente, neste dia, ao vosso sacratíssimo Coração.

Muitos há que nunca vos
conheceram; muitos, desprezando os vossos mandamentos, vos renegaram.
Benigníssimo Jesus, tende piedade de uns e de outros e trazei-os todos ao vosso
sagrado Coração.

Senhor, sede rei não somente
dos fiéis, que nunca de vós se afastaram, mas também dos filhos pródigos, que
vos abandonaram; fazei que estes tornem, quanto antes à casa paterna, para não
perecerem de miséria e de fome.

Sede rei dos que vivem
iludidos no erro, ou separados de vós pela discórdia; trazei-os ao porto da
verdade e à unidade da fé, a fim de que, em breve, haja um só rebanho e um só
pastor.

Senhor, conservai incólume a
vossa Igreja, e dai-lhe uma liberdade segura e sem peias; concedei ordem e paz
a todos os povos; fazei que, de um pólo a outro do mundo, ressoe uma só voz:
louvado seja o coração divino, que nos trouxe a salvação; honra e glória a ele,
por todos os séculos. Amém.

Concede-se indulgência
parcial ao fiel que recitar piedosamente este ato, e plenária quando se recitar
publicamente na solenidade de Jesus Cristo Rei.

28. Indulgência na hora da
morte

O sacerdote que administra
os sacramentos ao fiel em perigo de vida não deixe de lhe comunicar a benção
apostólica com a indulgência plenária. Se não houver sacerdote, a Igreja, mãe
compassiva, concede benignamente a mesma indulgência ao cristão bem disposto
para ganhá-la na hora da morte, se durante a vida habitualmente tiver recitado
para isso algumas orações. Para alcançar esta indulgência plenária
louvavelmente se rezam tais orações fazendo uso de um crucifixo ou de uma
simples cruz.

A condição de ele
habitualmente ter recitado algumas orações supre as três condições requeridas
para ganhar a indulgência plenária.

Esta concessão vem
assinalada na const. Apost. Indulgentiarum Doctrina, norma 18.

29. Ladainhas

Com indulgência parcial são
enriquecidas as ladainhas aprovadas pela autoridade competente. Sobressaem-se
entre elas as seguintes: do santíssimo Nome de Jesus, do Sagrado Coração de
Jesus, do preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Santíssima
Virgem Maria, de São José e de Todos os Santos.

30. Magnificat

Concede-se indulgência
parcial ao fiel que recitar piedosamente o Magnificat.

Magnificat: A alegria da
alma no Senhor

– A minh’alma engrandece o
Senhor
e exulta meu espírito em Deus, meu Salvador;
– Porque olhou para a humildade de sua serva,
doravante as gerações hão de chamar-me de bendita.
– O Poderoso fez em mim maravilhas
e Santo é o seu nome!
– Seu amor para sempre se estende
sobre aqueles que o temem;
– Manifesta o poder de seu braço,
dispersa os soberbos;
– Derruba os poderosos de seus tronos
e eleva os humildes;
– Sacia de bens os famintos,
despede os ricos sem nada.
– Acolhe Israel, seu servidor, fiel ao seu amor,
– Como havia prometido a nossos pais,
em favor de Abraão e de seus filhos para sempre.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

31. Maria, ó Mãe da graça

Maria, ó Mãe da graça,
Ó Mãe da misericórdia,
Do inimigo defendei-me,
Na hora da morte acolhei-me!
Indulgência parcial

32. Lembrai-vos

Lembrai-vos, ó piíssima
Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que recorreram à
vossa proteção, imploraram vossa assistência, reclamaram vosso socorro, fosse
por vós desamparado. Animado eu, pois, com igual confiança, a vós, Virgem entre
todas singular, como a Mãe recorro; de vós me valho e, gemendo sob o peso de
meus pecados me prostro aos vossos pés. Não desprezeis minhas súplicas, ó Mãe do
Filho de Deus humanado, mas dignai-vos de as ouvir propícia e de me alcançar o
que vos rogo. Amém.

Indulgência parcial

33. Miserere (Tende piedade)

Concede-se indulgência
parcial ao fiel que em espírito de penitência recitar o salmo Miserere (Sl 50
[51]).

Tende piedade, ó meu Deus!

– Tende piedade, ó meu Deus,
misericórdia!
Na imensidão de vosso amor, purificai-me!
– Do meu pecado, todo inteiro, me lavai,
e apagai completamente a minha culpa!
– Eu reconheço toda a minha iniqüidade,
o meu pecado está sempre à minha frente.
– Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei,
e pratiquei o que é mau aos vossos olhos
– Mostrais assim quanto sois justo na sentença,
e quanto é reto o julgamento que fazeis.
– Vede, senhor, que eu nasci na iniqüidade
e em pecado minha mãe me concebeu.
– Mas vós amais os corações que são sinceros,
na intimidade me ensinais a sabedoria.
– Aspergi-me e serei puro do pecado,
e mais branco do que a neve ficarei.
– fazei-me ouvir cantos de festa e de alegria,
e exultarão estes meus ossos que esmagastes.
– Desviai o vosso olhar dos meus pecados
e apagai todas as minhas transgressões!
– Criai em mim um coração que seja puro,
dai-me de novo um espírito decidido.
– Ó Senhor, não me afasteis de vossa face,
nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!
Dai-me de novo a alegria de ser salvo
E confirmai-me com espírito generoso!
– Ensinarei vosso caminho aos pecadores,
e para vós se voltarão os transviados.
– Da morte como pena, libertai-me,
e minha língua exaltará vossa justiça!
– Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar,
e minha boca anunciará vosso louvor!
– Pois não são de vosso agrado os sacrifícios,
e, se oferto um holocausto, o rejeitais.
– Meu sacrifício é minha alma penitente,
não desprezeis um coração arrependido!
– sede benigno com Sião, por vossa graça,
reconstruí Jerusalém e os seus muros!
– E aceitareis o verdadeiro sacrifício,
os holocaustos e oblações em vosso altar!
– Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

34. Novenas

Concede-se indulgência
parcial ao fiel que assistir devotamente as novenas públicas que se fazem antes
das solenidades do Natal, de Pentecostes e da Imaculada Conceição.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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