O Sagrado Magistério da Igreja – Parte 1

O que garantiu a unidade da
Igreja católica, sua continuidade até hoje, de maneira ininterrupta,
conservando intacto o “depósito da fé”, que recebeu do Senhor, é a sua
apostolicidade; isto é, a sucessão apostólica.

Conferindo aos Apóstolos o
encargo de dirigir a Igreja em toda a terra, Jesus estabeleceu sobre eles o que
chamamos de sagrado Magistério da Igreja, constituído pelo Papa (sucessor de
Pedro) e os bispos (sucessores dos Apóstolos) em comunhão com ele. Sem este Magistério
oficial, querido por Jesus, o “depósito da fé” já estaria esfacelado, como
aconteceu fora da Igreja católica.

Muito cedo a Igreja tomou
consciência de que a sua “identidade e missão” estava ligada ao colégio dos
Doze Apóstolos, e seus sucessores, os bispos.

Quando nos primeiros séculos
surgia uma doutrina nova, às vezes uma heresia, o critério do discernimento era
o da apostolidade: “esta doutrina está de acordo com o que ensinaram os
Apóstolos? Está em conformidade com o que ensina a Igreja de Roma, onde foram
martirizados Pedro e Paulo?”. Essas eram as perguntas mais importantes para se
chegar ao discernimento. Isto porque os Apóstolos foram as testemunhas oculares
do Senhor e dEle receberam diretamente tudo o que Ele ensinou e realizou para a
salvação da humanidade.

A Igreja é a sucessora de
Israel. O povo de Israel era a posteridade das Doze tribos de Jacó, que Deus
chamou de Israel. Da mesma forma a Igreja é a posteridade dos Doze Apóstolos.

Jesus mesmo relacionou a
escolha dos Doze com as Doze tribos de Israel, que prefiguravam a Igreja:

“Em verdade vos declaro: no
dia da renovação do mundo, quando  o  Filho 
do homem estiver sentado no trono da glória, vós, que me haveis  seguido, estareis  sentados em doze tronos para julgar as  doze tribos de Israel” (Mt 19,28).

O livro do Apocalipse revela
a Igreja como a Jerusalém celeste construída sobre Doze pedras fundamentais,
nas quais “estão escritos os nomes dos Doze Apóstolos do Cordeiro”.

“Levou-me em espírito a um
grande e alto monte, e mostrou-me a cidade santa, Jerusalém, que descia do céu,
de junto de Deus, revestida da glória de Deus. Assemelhava-se a uma pedra
preciosa, tal como o jaspe cristalino. Tinha grande e alta muralha com doze
portas, guardadas por doze anjos. Nas 
portas  estavam  gravados 
os nomes das doze tribos dos filhos de Israel. Ao oriente havia três
portas, ao setentrião três portas, ao sul três portas, e ao ocidente três
portas. A muralha da cidade tinha doze fundamentos com os nomes dos doze
Apóstolos do Cordeiro” (Ap 21,12-14).

Essa belíssima revelação que
São João teve da Igreja ensina-nos, através dos símbolos da figura
apocalíptica, a realidade da Igreja.

As três portas abertas
permanentemente para as quatro regiões do mundo são uma imagem da
universalidade (catolicidade) da Igreja, de portas abertas para acolher todas
as nações e todos os homens.

A “grande e alta muralha”
simboliza toda a grandeza, estabilidade e majestade desta Cidade de Deus.
Naquele tempo as muralhas significavam toda a grandeza e segurança da cidade.
Nessa muralha haviam “doze portas guardadas por doze anjos”, são as doze tribos
de Israel, através das quais Deus começou a abrir as portas da salvação para a
humanidade.

O mais importante contudo, é
notar que os “doze fundamentos” (alicerces) da muralha traziam “os nomes dos
Doze Apóstolos do Cordeiro”. Isto mostra que neles está edificada a Igreja,
como disse São Paulo aos efésios:

“Consequentemente, já não
sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da
família de Deus, edificados sobre o fundamento dos Apóstolos…” (Ef 2,20).

Os Bispos são os sucessores
dos Apóstolos, que foram testemunhas dos ensinamentos e da Ressurreição de
Jesus. Eles estabeleceram os princípios básicos para toda a vida da Igreja, o
Credo e a Tradição apostólica. Cada um deles tinha jurisdição sobre as
comunidades cristãs fundadas. Vemos São Pedro na Capadócia, na Bitínia, no
Ponto, na Samaria, em Antioquia e, por fim, em Roma. São Paulo em
Filipos, Éfeso, Corinto, Atenas, Tessalônica, Chipre, Creta, Roma…

Os Apóstolos ordenaram
Bispos, seus sucessores, para que a Igreja cumprisse até o fim dos tempos a
missão que Jesus lhe confiou:

“Ide pelo mundo inteiro,
pregai o Evangelho a toda criatura…”(Mt 28,18).

Os Bispos da Igreja, que
hoje são cerca de 4300 (3000 em plena função), embora não tenham sido
testemunhas diretas da ressurreição de Jesus, no entanto, pela  “sucessão apostólica”, participam do Colégio
dos Apóstolos.

Cada Bispo, individualmente,
não tem o carisma da infalibilidade, apenas o Bispo de Roma, o Papa, e o
Colégio dos Bispos que sucede o Colégio dos Doze Apóstolos. Essa
infalibilidade, que na maioria das vezes o Colégio dos Bispos exerceu nos 21
Concílios universais que a Igreja já realizou, se limita à definição de
assuntos de fé e de moral.

Ao Colégio dos Doze, Jesus
disse:

“Em verdade eu vos digo:
tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na
terra será desligado no céu” (Mt 18,18).

É com esta autoridade,
recebida diretamente de Jesus, que o Colégio episcopal se reúne em Concílios e
Sínodos para “ligar na terra” o que é para o bem e a salvação dos fiéis.

Jesus disse que aquele que
se recusa a ouvir a Igreja,”seja para ti como um pagão e um publicano” (Mt
18,17).

Aqui Jesus deixou muito
claro para os Apóstolos que é a Igreja que tem a palavra final nas decisões das
coisas do Reino de Deus. Aquele que recusar a ouvir e obedecer à Igreja, deve
ser considerado como um “pagão e um publicano”, isto é, ateu e pecador.

E além disso garantiu aos
Apóstolos que ouvi-los é ouvir a Ele mesmo e ao Pai.

“Quem vos ouve, a Mim ouve;
e quem vos rejeita a Mim rejeita; e quem Me rejeita, rejeita Aquele que Me
enviou” (Lc 10,26).

Para que a transmissão da
Boa-Nova chegasse então aos confins da terra e dos tempos, os Apóstolos foram
preparando os pastores das comunidades, seus sucessores. Assim, estava formado
o Magistério da Igreja. Vejamos alguns casos:

São Paulo deixa Timóteo como
Bispo de Éfeso:

“Torno a lembrar-te a
recomendação que te dei, quando 
parti  para  a 
Macedônia:  devias permanecer em
Éfeso para impedir que certas pessoas andassem a ensinar doutrinas
extravagantes” (1Tm 1,3).

A principal preocupação de
Paulo é com a “sã doutrina” (v.10) que Timóteo deve garantir na comunidade.
Esta continua a ser a principal missão do bispo também hoje na Igreja, além de
ser para o seu rebanho o pai espiritual e a pedra viva da unidade.

“Por esse motivo eu te
exorto a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das
minhas mãos” (2 Tm 1,6).

Aqui  vemos a ordenação de Timóteo pela imposição
das mãos de São Paulo. Até hoje a Igreja repete esse gesto na ordenação dos
sacerdotes e bispos, e assim garante a sucessão apostólica.

Paulo Também escolheu Tito
para bispo de Creta:

“Eu te deixei em Creta para
acabares de organizar tudo e estabeleceres anciãos (sacerdotes) em cada cidade,
de acordo com as normas que te tracei” (Tt 1,5).

Essa passagem mostra que os
Apóstolos iam definindo as “normas” da Igreja, que foram formando a sagrada
Tradição Apostólica, tão importante e legitima quanto a própria Bíblia.

Para a comunidade de
Filipos, São Paulo envia Epafrodito:

“Julguei necessário
enviar-vos nosso irmão Epafrodito, meu companheiro de labor e de lutas…” (Fil
2,25).

O autor da Carta aos
Hebreus, provavelmente algum dos 
discípulos de S. Paulo, recomenda os fiéis aos seus dirigentes:

“Sede  submissos e 
obedecei aos que vos  guiam (pois
eles velam por vossas almas e delas devem dar contas)” (Hb 13,17).

Nos Atos dos Apóstolos,
vemos São Paulo despedindo-se emocionado dos anciãos de Éfeso (“não tornareis a
ver minha face”) e recomenda-lhes o rebanho, como sua grande preocupação:

“Cuidai de vós mesmos e de
todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para
pastorear a Igreja de Deus, que Ele adquiriu com o seu próprio sangue. Sei que
depois de minha  partida se introduzirão
entre vós os lobos cruéis, que não pouparão o rebanho” (At 20,28).

Aqui podemos ver com clareza
a importância do Magistério da Igreja; guiar e proteger o rebanho de Deus
contra os erros de doutrina.

 “Mesmo dentre vós surgirão homens que hão de
proferir doutrinas perversas, com o intento de arrebatarem após si os
discípulos” (At 20,30).

Sabemos que já no inicio do
cristianismo os Apóstolos tiveram que enfrentar a terrível heresia do
gnosticismo, de fundo dualista, o qual negava que Jesus tivesse se encarnado de
fato, uma vez que consideravam a matéria como má. Desta forma anulava-se a obra
redentora de Cristo.

Nessas palavras de São Paulo
vemos toda a importância dos bispos, constituídos pelo Espírito Santo. O mesmo
recomenda São Pedro aos pastores:

 “Eis a exortação que dirijo aos anciãos que
estão entre vós… Velai  sobre o
rebanho  de  Deus, 
que vos  é  confiado. Tende cuidado dele…” (1Pe 5,1-4).

Logo no início da
evangelização, São Paulo dá normas a Timóteo e a Tito de como devem ser os
bispos:

“Eis uma coisa certa: quem
aspira ao episcopado, saiba  que  está 
desejando uma função sublime. Porque o bispo tem o dever de ser
irrepreensível, casado  uma só vez,
sóbrio, prudente, regrado no seu proceder, hospitaleiro, capaz de ensinar. Não
deve ser dado a bebidas, nem violento, mas condescendente, pacífico,
desinteressado; deve saber governar bem a sua casa, educar os seus filhos na
obediência e na castidade. Pois, quem não sabe governar a sua própria casa,
como terá cuidado da Igreja de Deus? ” (1 Tm 3,1-7).

Também a Tito, a quem São
Paulo delega o poder de ordenar outros bispos, ele faz recomendações
semelhantes, ao escolher os pastores:

“Sejam escolhidos entre quem
seja irrepreensível, casado uma só vez, tenha filhos fiéis…”.

“Porquanto é mister que o
bispo  seja  irrepreensível, como  administrador que é posto por Deus. Não
arrogante, nem  colérico, nem  intemperante, nem violento, nem  cobiçoso. Ao contrário, seja hospitaleiro,
amigo do bem, prudente, justo, piedoso, continente, firmemente apegado à
doutrina  da  fé 
como  foi  ensinada, para poder exortar segundo  a 
sã  doutrina e a rebater os que a
contradizem” (Tit 1,5-9).

Todas essas passagens
mostram abundantemente que os bispos foram escolhidos pelos próprios Apóstolos,
“constituídos pelo Espírito Santo”(At 20,28), para governar a Igreja.

Nas cartas de Santo Inácio
de Antioquia, falecido no ano 107, já encontramos a organização atual da
Igreja. Vemos ali um Bispo residente em cada diocese e respondendo por essa
parte do rebanho do Senhor.

“Segui  ao bispo, vós todos, como Jesus Cristo ao
Pai. Segui ao presbítero como aos apóstolos. Respeitai os diáconos  como 
ao  preceito de Deus. Ninguém ouse
fazer sem o bispo coisa alguma 
concernente à Igreja. Como válida só 
se  tenha  a eucaristia celebrada sob a presidência do
bispo ou de um delegado seu. A comunidade se reúne onde estiver  o bispo 
e onde está Jesus Cristo 
está  a  Igreja 
católica. Sem a união do bispo não é lícito batizar nem celebrar a
eucaristia;  só o que tiver  a 
sua  aprovação  será 
do  agrado de Deus  e assim será firme e seguro o que fizerdes”.  (Antologia dos Santos Padres, Ed. Paulinas,
Pág. 44, 3ª ed. 1979, pág. 43).

Esse testemunho do primeiro
século da Igreja mostra bem a sucessão apostólica e a importância do bispo. Já
no primeiro século vê-se que sem o bispo, ordenado pelos apóstolos, ou um
delegado seu, não se pode celebrar a eucaristia.

No combate aos hereges
gnósticos do seu tempo, Santo Ireneu (?202), no primeiro século, dizia:

“Ora, todos esses hereges
são de muito posteriores aos bispos, aos quais os Apóstolos entregaram as
Igrejas [particulares]… Necessariamente, pois, tais hereges, cegos para a
verdade, mudam sempre de direção e disseminam as doutrinas de modo discordante
e incoerente. Ao contrário, o caminho dos que pertencem à Igreja cerca o
universo inteiro e, possuindo a firme tradição dos apóstolos, faz-nos ver que
todos possuímos a mesma fé” (Contra as Heresias).

São do mesmo Santo Ireneu
estas palavras que mostram a importância da sucessão apostólica:

“Foi inicialmente na Judéia
que [os  apóstolos] estabeleceram a fé em Jesus Cristo e
fundaram igrejas, partindo em seguida para o mundo inteiro a fim de anunciarem
a mesma doutrina  e a mesma fé. Em todas as
cidades iam fundando Igrejas das quais, desde esse momento, as outras receberam
o enxerto da fé, a semente da doutrina, e ainda recebem cada dia para serem
igrejas. É por isso mesmo que sejam consideradas como apostólicas, na medida em
que forem rebentos das igreja apostólicas.

É necessário  que tudo 
se  caracterize segundo a sua
origem. Assim, essas igrejas, por numerosas e grandes que pareçam, não são
outra coisa que não a primitiva Igreja apostólica da qual procedem. São todas
primitivas, são todas apostólicas  e
todas uma só.  Para  atestarem 
a  sua  unidade, comunicam-se reciprocamente  na 
paz, trocam entre si o nome de irmãs, prestam-se mutuamente os deveres
da hospitalidade… Desde o momento  em 
que  Jesus  Cristo,  nosso Senhor, enviou os apóstolos para
pregarem, não se podem acolher 
outros  pregadores  senão os que Cristo instituiu. Pois ninguém
conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho tiver revelado.”

E Santo Ireneu conclui
dizendo:

“Nestas condições, é claro
que toda doutrina em acordo com a dessas igrejas apostólicas, matrizes e fontes
originárias  da  fé, deve 
ser  considerada autêntica, pois
contém o que tais igrejas receberam dos apóstolos, os apóstolos de Cristo, e
Cristo de Deus” (Contra as Heresias).

Em todos os tempos da
história da Igreja as comunidades heréticas e cismáticas procuraram imitar as
aparências da sucessão apostólica, tentando enganar o povo. É o caso, por
exemplo, das “Igrejas Católicas Apostólicas Brasileiras”, derivada de D. Carlo
Duarte, ex-Bispo de Maura, mas que  não
guarda a comunhão com a Igreja católica. Outro exemplo é o dos Bispos “patriotas”
que foram instituídos por governos comunistas e sagrados por um bispo “colaboracionista”.
Não estão na sucessão apostólica, pois romperam com o Papa. Assim são também os
“bispos” da igreja anglicana, da igreja universal do reino de Deus, etc…

Os protestantes perderam a
sucessão apostólica porque romperam com a Igreja dos Apóstolos e seus
sucessores. A encarnação do Verbo é uma realidade histórica que se prolonga
através da Igreja e da sucessão apostólica. Jesus disse claro aos Apóstolos:

“Estarei convosco até a
consumação dos séculos” (Mt 28,20).

Os Santos Padres da Igreja
diziam:

“Ubi Petrus, ibi Ecclesia;
ubi Ecclesia, ibi Christus” (Onde está Pedro está a Igreja, onde está a Igreja
está Jesus Cristo”.

A Igreja reza na santa
Missa, no Prefácio dos Apóstolos:

“Pastor eterno, vós não
abandonais o rebanho, mas o guardais constantemente pela proteção dos
Apóstolos. E assim a Igreja é conduzida pelos mesmos pastores que pusestes à
sua frente como representantes de vosso Filho Jesus Cristo, Senhor nosso”.

Por esta oração eucarística
observamos que a Igreja vê nos seus pastores hierárquicos os “representantes”
do próprio Senhor.

Afinal, foi a eles que Jesus
disse no momento da sua Ascensão:

“Vós sereis testemunhas de
tudo isto” (Lc 24,48).

“Sereis minhas testemunhas
… até os confins do mundo”  (At 1,8).

Eles, os Apóstolos, foram
enviados em missão pelo próprio Senhor.

“Quem vos recebe a Mim
recebe. E  quem me recebe, recebe aquele
que me enviou” (Mt 10,40).

Isto mostra porque a
hierarquia e o Magistério são sagrados; porque foram desejados e instituídos
pelo próprio Cristo.

A Igreja nasceu, cresceu e
caminha na “doutrina dos Apóstolos” (At 2,42).

Os bispos – apóstolos de
hoje – continuam a mesma missão de Jesus.

“Como o Pai me enviou, eu
também vos envio” (Jo 20,21).

E Jesus avisa:

“Em verdade em verdade vos
digo: quem recebe aquele   que  eu 
enviei recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou” (Jo
13,20).

E disse ao Pai na oração
Sacerdotal, antes de sofrer a Paixão:

“Como  tu 
me  enviaste ao  mundo também eu os enviei ao mundo” (Jo
17,18).

Jesus os escolheu
pessoalmente – e continua a fazê-lo ainda hoje.

“Depois, subiu ao monte e
chamou a si os que Ele quis. Designou Doze entre eles para ficar em sua
companhia. Ele os enviava a pregar, com o poder de expulsar os demônios”(Mc 3,
13-14).

Desde o início de sua
missão, Jesus instituiu os Doze, como diz a “Ad Gentes”: “os  germes do Novo  Israel 
e  ao  mesmo 
tempo  a origem da sagrada
hierarquia” (AG, 5).

Jesus associou os Apóstolos
à sua própria missão, recebida do Pai. Por isso Ele ensina-lhes que  como “o Filho não pode fazer nada por si
mesmo” (Jo 5,19.30), mas recebe tudo do Pai que o enviou, da mesma forma eles
não podem fazer nada sem Jesus.

“Sem Mim nada podeis fazer”
(Jo 15,5).

Portanto, os Apóstolos do
Senhor, os bispos hoje, são colocados por Deus como “ministros da Nova Aliança”.
É o que São Paulo ensina:

“Ele é que nos fez aptos
para ser ministros da Nova Aliança, não 
a da letra e sim a do Espírito.” (2 Cor 3,6).

Segundo São Paulo, os
apóstolos são os “embaixadores de Cristo”.

“Portanto, desempenhamos o
encargo de embaixadores  em nome de
Cristo, e é Deus  mesmo  que 
exorta  por nosso intermédio” (2
Cor 5,20).

E Paulo também os vê como
“administradores dos mistérios de Deus”:

“Que  os 
homens  vos  considerem, 
pois, como simples operários de Cristo e administradores dos mistérios
de Deus” (1 Cor 4,1).

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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