O que é educar? (Parte 2)

family with children on hands, sunset sky”A catequese familiar precede, acompanha e enriquece as outras formas de ensinamento da fé” (CIC, 2226).
Fica claro, portanto, que a educação dos filhos, é obra da família, e por isso, sem uma família sólida na fé, a educação dos filhos poderá ficar comprometida. Portanto, a primeira preocupação dos pais deve-se criar um lar cristão, onde não haja lugar para valores não cristãos.

O Catecismo diz que: ”Os pais são os primeiros responsáveis pela educação dos filhos. Dão testemunho desta responsabilidade em primeiro lugar pela criação de um lar onde a ternura, o perdão, o respeito, a fidelidade e o serviço desinteressado são a regra. O lar é um lugar apropriado para a educação nas virtudes. Esta requer a aprendizagem da abnegação, de um reto juízo, do domínio de si, condições de toda liberdade verdadeira. Os pais ensinarão os filhos a subordinar as dimensões físicas e instintivas às dimensões interiores e espirituais” (CIC, 2223, CA, 36).

Com essas palavras a Igreja mostra qual deve ser o “conteúdo” da educação cristã: ternura, perdão, respeito, fidelidade, serviço, abnegação, reto juízo, domínio de si, fé. É evidente que para transmitir esses valores aos filhos, os pais precisam antes vive-los. Acima de tudo é pelo bom exemplo dos pais que os filhos serão formados.

”Dar bom exemplo aos filhos é uma grave responsabilidade para os pais”, diz o Catecismo (CIC, 2223).

Quando errar perante os filhos, os pais devem ter a coragem de pedir-lhes perdão, sem medo de que esta atitude coerente possa diminuir-lhes a autoridade. Nós pais temos que ser coerentes diante dos filhos, não se apresentando perante eles como ‘super-homens’ que não erram. Os pais também erram, e muito; portanto, só lhes resta a alternativa coerente de saber pedir perdão aos filhos, quando falharem com eles. Além do mais, esta atitude corajosa dos pais será para os filhos uma grande lição de humildade. Longe de roubar a autoridade dos pais, essa atitude os fará mais admirados e amados pelos filhos, em vista da sua honestidade diante deles.

O Catecismo, sobre isto, diz: “Sabendo reconhecer diante dos filhos os próprios defeitos, ser-lhe-á mais fácil guia-los e corrigi-los” (CIC, 2223).

Quando um homem erra, qualquer que seja a situação, só lhe resta uma alternativa ética: pedir perdão e reparar os danos causados pelo seu erro. Outra atitude seria orgulho e fingimento. Errar é humano, também para os pais.

Certa vez tive uma ingrata discussão com um dos nossos filhos, quando ele estava no último ano da Faculdade de Engenharia. Isto foi, infelizmente, na hora do almoço. Eu estava irritado e sem paciência, e o tratei com dureza nas palavras. Ele ficou tão ofendido que deixou o prato e saiu da mesa. Naquela hora meu coração ficou apertado… No mesmo instante me dei conta do erro que tinha cometido, e prometi a mim e a Deus: ‘vou pedir-lhe perdão!’ À noite, quando ele regressou da Faculdade, o encontrei na cozinha fazendo o seu lanche. Fechei a porta, aproximei-me dele, passei meus braços sobre os seus ombros e lhe disse: ‘Filho, me perdoe, não é assim que devemos resolver os nossos problemas…’ A sua resposta foi um abraço amigo, com apenas duas palavras e duas lágrimas: ‘obrigado pai’.

Naquele abraço dissiparam-se as trevas e voltou a paz em nossos corações, e hoje somos grandes amigos.  Não se pode adiar o pedido de perdão. É um ato de coragem e de coerência, que deve ser realizado no menor prazo possível, a fim de que o ressentimento da discórdia não tenha tempo de formar raízes em nós e nos filhos.

O Eclesiástico continua a nos ensinar: “Aquele que dá ensinamento a seu filho será louvado por causa dele.
O pai morre, e é como se não morresse, pois deixa depois de si um seu semelhante” (Eclo 30,2-4).

Cabe aos pais transmitir aos filhos os ensinamentos e conselhos ‘para que sejam salvos’ (Eclo 3,2); contudo, os filhos só ouvirão os conselhos dos pais se tiverem estima e ‘admiração’ por eles. Eis algo muito importante: o pai e a mãe têm que ‘conquistar’ os filhos. Um filho que admira o pai, o segue e ouve os seus conselhos; caso contrário será difícil.

O nosso querido João Paulo II ensina que: ‘Educar é conquistar o coração, anima-lo com alegria e satisfação em busca do bem’.

E como os pais devem conquistar os seus filhos?

Não deve ser com dinheiro, chantagens e outras artimanhas. Muitos pais erram grosseiramente nisto. Pensam que dando aos filhos tudo o que eles querem roupas da moda, tênis de marca, programas mil, poderão conquista-los. Não será assim; se o fosse, os pobres não teriam como educar os seus filhos.

O pai há de conquistar o filho ‘por aquilo que ele é’, e não por aquilo que tem e que lhe dá; isto é, o pai conquistará o filho pelo respeito que lhe dedica, pelo tempo que gasta ao seu lado, pelo consolo que lhe oferece nas horas de dificuldade, pelos passeios que faz com eles, pela ajuda dedicada naquele problema da escola, por sua honestidade pessoal e profissional, pelo bom nome que cultivou, pela dedicação à família, pelo amor e fidelidade à esposa e aos filhos, etc. O mesmo vale para a mãe.

Como é bela aquela frase do Pequeno Príncipe que diz assim: ‘Foi o tempo que gastaste com tua rosa, que fez tua rosa tão importante’.

Caro pai, cara mãe, é todo o tempo, dinheiro, dedicação, carinho, atenção… que você gastar com o seu filho, que vai faze-lo tão importante para você, e que também vai fazê-lo importante para ele.

Como poderá um filho ouvir os conselhos de um pai que não conquistou o seu respeito e admiração?

Como poderá um filho acatar os ensinamentos de um pai que não o respeita, que trai a sua mãe, ou que não tem responsabilidade profissional ?

Um dia vi um adesivo pregado em um automóvel, e que dizia: ‘Adote o teu filho antes que o traficante o faça!’

Eu preferiria escrever: ‘Conquiste o teu filho antes que o traficante o faça!’

Se hoje, nós pais, não conquistarmos os nossos filhos, se não nos tornarmos ‘amigos’ deles, os perderemos. Só há um jeito hoje de acabar com o uso das drogas: amando e conquistando os filhos na família. Todo o combate ao narcotráfico será em vão enquanto houver jovens carentes do amor dos seus pais. Infelizmente a droga se alastra, mais por culpa da decadência moral e familiar do que pela força do narcotráfico. Se não houver filhos carentes, o traficante ficará só.

Eis aqui o cerne da questão da educação dos filhos hoje. Ou nós os cativamos pela amizade, pelo diálogo e pelo respeito, ou poderemos perde-los para o mundo.

De muitas maneiras os pais perdem os seus filhos. Um grave erro dos pais é não ter tempo para eles. Trabalham, trabalham e trabalham… e o tempo escasso que sobra não podem estar com os filhos porque precisam descansar, e fazer outras coisas. Ora, educar os filhos é uma tarefa que exige ‘estar com os filhos’. É acompanhando-os no dia-a-dia que temos a oportunidade de corrigi-los. Além do mais, os pais precisam participar da vida dos filhos, para que eles se sintam valorizados e amados. A principal carência dos nossos jovens hoje é a falta de amor dos pais, que se manifesta na ausência e na omissão destes.

Os filhos crescem rápido; não mais do que 18 anos e eles já estão se separando de nós para viver a própria vida. O que não foi feito na hora certa, não poderá ser feito depois. Outro erro grosseiro de alguns pais é corrigir os filhos de maneira grosseira e na hora inoportuna.  Há dois mil anos, mesmo sem os conhecimentos de psicologia que temos hoje, São Paulo já dizia aos pais: “E vós, pais, não deis a vossos filhos motivo de revolta contra vós, mas criai-vos na disciplina e na correção do Senhor” (Ef 6,4). “Pais, deixai de irritar vossos filhos, para que não se tornem desanimados” (Cl 3,21).  Esses dois conselhos de São Paulo são de grande importância na educação dos filhos. Uma coisa é corrigir o filho, outra coisa é irritá-los ou exaspera-los, fazendo-os odiar os pais.

O Livro dos Provérbios diz: “Quem poupa a vara, odeia o seu filho, quem o ama, castiga-o na hora precisa” (Prov 13,24). “Corrige o teu filho enquanto há esperança, mas não te enfureças até faze-lo perecer” (Prov 19,11).

Há pais que subestimam os filhos, os tratam com desdém, desprezo. Há pais que ao corrigir os filhos, o fazem com grosseria, palavras ofensivas e marcantes. O pior de tudo é quando chamam a atenção dos filhos na presença de outras pessoas, irmãos ou amigos. Isto humilha o filho e o faz odiar o pai ou a mãe.

Ao corrigir o filho, deve-se chamá-lo a sós, fechar a porta do quarto e conversar com firmeza, mas com polidez, sem gritos, ofensas e ameaças, e de forma alguma deve-se bater no filho, pois este não é o caminho do amor. Pode ser bom dar-lhe um castigo adequado, segundo a idade do filho: um tempo no quarto sem poder brincar, por exemplo, para que ele dê valor à liberdade, e não a use mal outra vez. Pode-se cortar o dinheiro, o passeio, etc., mas, tudo com equilíbrio e bom senso.

Sobretudo é importante dizer, que os pais não podem descarregar sobre os seus filhos os próprios nervosismos e preocupações. Muitas vezes isto acontece, e é um desastre na educação. Uma regra há de ser sempre seguida: Nunca corrigir o filho quando se estiver nervoso; certamente se fará algo errado. Um coração agitado e uma mente aflita não têm a mínima condição para corrigir com equilíbrio.

Posso dizer com certeza que todas as vezes que falei e agi com a alma perturbada, acabei fazendo algo errado, do qual me arrependi depois, muitas vezes envergonhado de mim mesmo. Até mesmo os animais são melhor adestrados com mansidão, quanto mais os nossos filhos! Nós pais temos que habituar a olhar os filhos como ‘pérolas’ preciosas, confiadas a nós por Deus, e dos quais Ele vai nos pedir contas.  Certa vez um cientista russo que esteve participando conosco em um projeto de pesquisa, disse-me que na Rússia há um provérbio que diz: ´Your children are your richness’ (Os teus filhos são a tua riqueza).

Não podemos, de forma alguma, perder para o mundo a luta pela “conquista” dos nossos filhos. E, se por acaso ele se afastar de nós e cair no vício da droga, na violência e outras mazelas, cabe a nós pais resgata-los com toda a nossa dedicação. A razão é esta: é meu filho! É minha filha! Isto basta. Devemos ir até o inferno, se for preciso, para de lá tirar o nosso filho. Duas coisas serão necessárias: amor ao filho e fé em Deus.

O exemplo de Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho é exemplar. O próprio Agostinho conta nas suas Confissões, que as lágrimas de sua mãe eram como que o sangue do seu coração transformado em lágrimas nos seus olhos…   Quando ela foi, sob lágrimas, confidenciar ao bispo de Milão, a sua tristeza pela demora da conversão do seu filho, ouviu do bispo esta resposta: “Filha, não é possível que Deus não converta o filho de tantas lágrimas!” Santo Agostinho conta-nos que três vezes por dia a sua mãe entrava na igreja para rezar pela conversão dele. Será que já fizemos isto pela conversão do nosso filho?

Não há problema insolúvel quando é apresentado diante de Jesus no Sacrário, com frequência e com fé. O próprio Agostinho experimentou o efeito da graça e dizia: “O que é impossível à natureza é possível à graça de Deus”.  Portanto, pais e mães que tenham os seus filhos mergulhados nas drogas ou em outras situações graves, não podem desanimar e nem desesperar. Desespero e desânimo são duas palavras que devem ser riscadas do vocabulário cristão: já que “para Deus nada é impossível”. Com Jesus e Maria tudo pode ser mudado. É preciso perseverar na oração humilde diante de Deus.

Santa Mônica, porque rezou 20 anos pela conversão do seu Agostinho, sem se desesperar e sem desanimar, viu acontecer muito mais do que pediu a Deus. Ela lhe pedia apenas a conversão do filho; e, no entanto, Deus não só lhe deu a graça da conversão, mas fez dele um sacerdote, bispo, santo, teólogo e doutor da Igreja. Um dos maiores homens da fé, que defendeu a Igreja contra as perigosas heresias do seu tempo: maniqueísmo, arianismo, pelagianismo, donatismo e outras. Tudo porque a sua mãe rezou por ele, sem cessar.

É este o caminho para que toda mãe salve o seu filho. Será que como ela, estamos decididos a entrar numa igreja, três vezes por dia, pára, diante do Senhor sacramentado, implorar a graça da conversão do nosso filho, esposo, esposa?… Mônica deixou sua pátria na África e seguiu o seu Agostinho na Itália até vê-lo convertido ao catolicismo.

Outro ensinamento que o Eclesiástico dá aos pais é este: ‘Aquele que estraga seus filhos com mimos terá que lhes curar as feridas’ (Eclo 30,7).

Mimar o filho é dar a ele tudo o que ele quer, é não saber por limites às suas exigências; é fazer por ele aquilo que ele deveria fazer por si mesmo. A palavra de Deus é forte: tal prática ‘estraga’ o filho, e mais tarde teremos que lhes curar as feridas. A razão disso é que o filho mimado na infância e na adolescência, cresce pensando que o mundo lhe pertence e que todos devem fazer a sua vontade. Quando cresce e percebe que a realidade da vida é outra bem diferente, então se revolta contra os pais, contra as autoridades, contra Deus, que acha injusto contra ele.

O filho mimado e super protegido pelos pais, não aprende o valor do trabalho, do estudo, da solidariedade com os que sofrem, e cultiva o amor próprio, o egoísmo e o egocentrismo; o mundo gira em torno dele. Sobretudo cultiva a autopiedade e a mania de perseguição.  Não faça por seu filho o que ele pode fazer por si mesmo; deixe-o andar com as próprias pernas, ainda que ele tenha que levar vários tombos até aprender.

Certa vez um garotinho de dois anos de idade, que estava brincando, caiu, mas sem se ferir com gravidade. Caído ali no chão, começou a chorar. Como ninguém deu atenção a ele, já que nada de grave lhe tinha acontecido, começou a gritar: ‘ai que dó de mim! ai que dó de mim!’. É a imagem autêntica da autopiedade. Se a criança crescer cultivando este sentimento, amanhã teremos aquele adulto cheio de ressentimento, murmuração, tristeza, melindres e mau-humor. Torna-se o tipo da pessoa chata, que os outros evitam, e que terá dificuldade para fazer amigos. Esta e outras tristezas acompanham o filho mimado.

O Eclesiástico também diz: ‘Um cavalo indômito torna-se intratável, a criança entregue a si mesma torna-se temerária’ (Eclo 30,8).

Já dissemos que o pecado original deixou em todos nós a tendência ao mal. Podemos comparar isto a um terreno abandonado. Por si só não produzirá frutos e verduras; ao contrário, nele crescerá muito mato, espinhos, e se tornará talvez um depósito de lixo e ninho de ratos, cobras, lagartos e escorpiões venenosos. Assim também uma criança que não receber a educação persistente dos pais, torna-se, como diz a Bíblia, como ‘um cavalo indomável’.
Também a natureza humana precisa ser ‘domada’, para produzir belas virtudes, assim como um campo cultivado produz belas frutas, verduras e flores.

‘Adula o teu filho e ele te causará medo, brinca com ele e ele te causará desgosto’ (Eclo 30,9). Adular é bajular, agradar e elogiar em excesso, colocar o filho numa posição de destaque exagerado, como se fosse o melhor do mundo, sem perceber que ele também precisa da correção.

Como a criança aprende mais por imitação do que por reflexão, o filho que é bajulado aprende a bajular, o que é péssimo para o seu futuro. Aquele que sabe adular, sabe também caluniar. Einstein dizia: ‘enquanto não os atrapalho os homens me elogiam’. Coelho Neto afirmava que ‘quem sobe por bajulação sempre deixa um rastro de humilhação’. Muitos, infelizmente, aceitam até rastejar para conseguir os seus interesses escusos; não devem reclamar se por acaso forem pisados por alguém. É próprio do escravo ter um preço; e qualquer um que aceite subir pela bajulação, fixará, com a sua conduta, o seu próprio preço e a sua escravidão. Não se pode cultivar isto nos filhos.

‘Brincar’ com o filho é não leva-lo a sério, achar graça até nas coisas erradas que ele faz, etc. Há pais que parecem cegos diante dos problemas dos próprios filhos. As vezes a criança está sendo inconveniente, incomodando todo mundo com os seus maus hábitos, de gritar, chutar, correr onde não pode, etc, e mesmo assim o pai e a mãe não tomam a mínima providência; ou, quando o fazem, não usam de autoridade, e, por isso, não têm sucesso. Quantas vezes a criança irrita a todos, mas para os pais parece que tudo está bem; parecem cegos.

Se de um lado, é preciso ter certa tolerância com o comportamento da criança, por outro lado, não se pode permitir que ela ultrapasse os limites da própria idade. Há pais que são muito ‘moles’ com os filhos, isto não é amor, é fraqueza que gera maus hábitos na criança. Há também aqueles pais que têm o péssimo hábito de exibir os filhos, como se fossem as melhores crianças do mundo. Isto acontece no lar, na rua, na casa dos outros principalmente, e até na igreja durante a celebração da missa. Tem mãe que parece levar a criança na igreja mais para exibi-la do que para ensina-la a rezar, ou porque não tem com quem a deixar em casa. Ora, deixemos de ser orgulhosos e exibicionistas. Aquela criança passeando no meio da igreja está tirando a atenção de quem está participando da missa, a maior celebração da nossa fé. Além do mais atrapalha o celebrante, especialmente durante a homilia.

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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