O que a Igreja diz sobre o embrião humano?

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A Igreja tem uma visão clara e definitiva sobre o embrião humano: ele é uma vida humana, uma pessoa que já tem uma alma imortal, e que, portanto, deve ser respeitado como um ser humano.

O paciente Jó disse que: “Deus tem em seu poder a alma de todo ser vivo e o espírito de todo homem carnal” (Jó 12,10).

O Catecismo da Igreja ensina que: “Toda vida humana, desde o momento da concepção até a morte, é sagrada, porque a pessoa humana foi querida por si mesma à imagem e à semelhança do Deus vivo e santo. O assassinato de um ser humano é gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador… Desde a concepção, a criança tem o direito à vida… Visto que deve ser tratado como uma pessoa desde a sua concepção, o embrião deve ser defendido em sua integridade, cuidado e curado como qualquer outro ser humano” (2319-2323).

“Antes mesmo de te formares no ventre materno, eu te conheci; antes que saísses do seio, eu te consagrei” (Jr 1,5). “Meus ossos não te foram escondidos quando eu era feito, em segredo, tecido na terra mais profunda” (Sl 139,15).

Desde o século I, a Igreja afirmou a maldade moral de todo aborto provocado, seja de um embrião ou de um feto desenvolvido. A Didaquê do primeiro século, chamada de “Doutrina dos Doze Apóstolos”, já dizia: “Não matarás o embrião por aborto e não farás perecer o recém-nascido”.

A “Gaudium et Spes” do Concílio Vaticano II disse: “Deus, senhor da vida, confiou aos homens o nobre encargo de preservar a vida, para ser exercido de maneira condigna ao homem Por isso a vida deve ser protegida com o máximo cuidado desde a concepção” (GS 51,3).

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Estas imagens impressionantes demostram que a vida humana começa na concepção

A defesa da vida humana é um dever de cada um

O Embrião Humano é pessoa, sim senhores

O feto é um ser humano?

A SAGRADA CONGREGAÇÃO DA DOUTRINA DA FÉ, da Santa Sé, de 1983, deixou clara a posição definitiva da Igreja sobre os embriões humanos, vejamos:

“Visto que deve ser tratado como uma pessoa desde a concepção, o embrião deverá ser defendido em sua integridade, cuidado e curado, na medida do possível, como qualquer outro ser humano. O diagnóstico pré-natal é moralmente licito se respeitar a vida e a integridade do embrião e do feto humano, e se está orientado para sua salvaguarda ou sua cura individual… Está gravemente em oposição com a lei moral quando prevê, em função dos resultados, a eventualidade de provocar um aborto. Um diagnóstico não deve ser o equivalente de uma sentença de morte”.

“Devem ser consideradas lícitas as intervenções sobre o embrião humano quando respeitam a vida e a integridade do embrião e não acarretam para ele riscos desproporcionados, mas visam à sua cura, à melhora de suas condições de saúde ou à sua sobrevivência individual”.

“É imoral produzir embriões humanos destinados a serem explorados como material biológico disponível”.

“Certas tentativas de intervenção sobre o patrimônio cromossômico ou genético não são terapêuticas, mas tendem à produção de seres humanos selecionados segundo o sexo ou outras qualidades preestabelecidas. Essas manipulações são contrárias à dignidade pessoal do ser humano, à sua integridade e à sua identidade” única, não reiterável (DV 1,1-6).

É importante destacar que a Igreja não tem dúvida de que a pílula do dia seguinte é abortiva, uma vez que impede o embrião fazer a nidação no útero materno, sendo abortado.

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A ciência endossa o que a Igreja afirma: a vida humana começa na concepção. Um dos maiores cientistas, falecido em 1994, internacionalmente laureado, o Professor Jérôme Lejeune, geneticista francês, professor de Genética da Universidade de Paris, descobridor da causa da Síndrome de Down (mongolismo) afirmou que:

“No princípio do ser há uma mensagem, essa mensagem contém a vida e essa mensagem é a vida. E se essa mensagem é uma mensagem humana, essa vida é uma vida humana”. “As leis biológicas, após estabelecidas, entram imediatamente em vigor e definem a vida… O mesmo se passa quando o ser humano é concebido, isto é, quando a incorporação veiculada pelo espermatozoide vai se encontrar com a que está no óvulo: uma nova “Constituição” humana se manifesta imediatamente e um novo ser dá inicio à sua existência” (Conferência pronunciada no Auditório Petrônio Portella, Senado Federal, no dia 27 de agosto de 1991 – publicação de 1992 – grifamos).

Dr. Jérôme afirmou ainda: “A embriologia moderna pode afirmar com segurança que o processo evolutivo embriológico é um processo contínuo, que vai desde o momento da concepção até ao momento do nascimento, e prossegue depois deste. Por isso, o feto deve ser considerado geneticamente autônomo, único e irrepetível. Daqui a ignorância daqueles que põem no mesmo plano a extração dum tumor, dum fibroma e o aborto” (Jérôme Lejeune, em “Peut-on le tuer?”).

O embrião não é uma “coisa” sem vida. Não se trata de uma coisa, mas de um ser humano, fruto da fecundação de um óvulo humano com um espermatozoide humano. A “coisa”, a matéria não tem vida, não se reproduz e nem cresce por determinação própria. Negar o contrário é negar um fato cientificamente comprovado.

Portanto, para a Igreja, matar um embrião, seja no ventre da mãe ou o congelamento, é praticar um assassinato de um ser humano indefeso, que possui uma alma imortal criada à imagem e semelhança de Deus. Por isso, todo cristão tem o direito e o dever sagrado de trabalhar para que isso nunca aconteça.

Prof. Felipe Aquino

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.
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