O site ACIDIGITAL informou nesta quinta-feira (23 de maio de 2013) que depois de publicar na mídia a notícia que o Papa Francisco havia realizado um exorcismo sobre um homem possesso, mexicano, de 43 anos no Domingo de Pentecostes, após a missa na Praça de São Pedro; Dino Boffo, Diretor da TV2000 o canal da Conferência Episcopal Italiana, desculpou-se e esclareceu: “o Papa não fez um exorcismo”.
As declarações de Boffo foram feitas logo depois que o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Padre Federico Lombardi se comunicasse com ele e lhe dissesse que o Papa “não tinha a intenção de fazer um exorcismo”.
O porta-voz do Vaticano explicou que “o Papa não teve a intenção de fazer um exorcismo, quis rezar por uma pessoa que sofre como faz com todas as pessoas que sofrem que lhe são apresentadas. Neste sentido é necessário ser preciso e respeitoso da intenção do Santo Padre que neste caso não era a de fazer um exorcismo”.
Assim, Boffo reconheceu que “o Papa não fez um exorcismo, mas quis dar uma bênção particular a este moço que vimos que foi apresentado” e explicou que: “como diretor, não posso não apelar ao pacto de transparência e confiança que há entre nós e os nossos espectadores. Admito que este episódio criou em mim certo desgosto e tristeza, por haver, involuntariamente, determinado a difusão de uma notícia verdadeira, mas somente em parte, porque o Papa não se reconhece na palavra ‘exorcismo’”.
“Não culpo ninguém e assumo a responsabilidade. Além de pedir desculpas por ter confundido a verdade dos fatos e pelas pessoas envolvidas; em particular peço desculpas ao Santo Padre. É claro que não queríamos atribuir-lhe um gesto que não tinha intenção de realizar. Queríamos mostrar o que ele faz pelos pobres, pelos que sofrem”.
Contudo, o diretor de TV2000 disse que “este episódio, para nada clamoroso, que aparece hoje nos jornais não nos deixa com muito boa imagem, mas nos servirá como lição e nunca voltará a acontecer. Isto é algo que sinto que devo fazer com os espectadores porque eles têm o direito de confiar em nós que somos uma televisão católica”.